General apresenta documentos que revelam como agiu a Segurança do DF durante atos golpistas

General apresenta documentos que revelam como agiu a Segurança do DF durante atos golpistas

General apresenta documentos que revelam como agiu a Segurança do DF durante atos golpistas

Em depoimento, Gustavo Henrique Dutra de Menezes apresentou informações que comprometem a gestão de Anderson Torres no comando da Secretaria

 

O dia 08 de janeiro de 2023, por sinal, entrou na história do Brasil de maneira negativa. Isso porque inúmeras pessoas cometeram atos antidemocráticos e violentos em Brasília.

O dia 08 de janeiro de 2023, por sinal, entrou na história do Brasil de maneira negativa. Isso porque inúmeras pessoas cometeram atos antidemocráticos e violentos em Brasília.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Flipar

Em depoimento à Polícia Federal na última quarta-feira, dia 12, o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes apresentou informações que mostram como a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, então chefiada por Anderson Torres, agiu durante os atos golpistas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. As informações foram divulgadas pelo Estadão.

De acordo com documentos entregues por Dutra, à época chefe do Comando Militar do Planalto, a Secretaria de Segurança do Distrito Federal havia enviado uma determinação no dia 6 de janeiro para que os ônibus dos radicais que se dirigiam à Brasília fossem direcionados ao Setor Militar Urbano (SMU), para que ficassem concentrados na frente do QG do Exército. 

Em contrapartida, Dutra ordenou o fechamento do SMU aos manifestantes e autorizou que os ônibus da Polícia do Exército bloqueassem a Avenida do Exército para impedir a chegada dos veículos. 

No entanto, teria sido a segurança do Distrito Federal, comandada por Torres, que sugeriu aos manifestantes que os ônibus ficassem estacionados na região da Granja do Torto, onde muitos veículos foram apreendidos durante a operação do dia 8 de janeiro. Na prática, a medida adotada pela Secretaria de Segurança ajudou os radicais a contornar o bloqueio feito pelo Exército. 

De acordo com os militares do CMP, o acampamento estava lotado de manifestantes de fora de Brasília e permaneceu assim até ser cercado pelo Exército na noite do dia 8. A negociação com os manifestantes foi conduzida pelos homens do general Dutra. Segundo eles, todos os detidos que entraram nos ônibus fornecidos pelo governo do Distrito Federal sabiam que seriam levados para a Polícia Federal.

Segundo o depoimento do general, portanto, a Segurança do DF teria contribuído para a organização do encontro, em vez de agir para manter o cerco ao acampamento golpista e, assim, impedir as ações dos radicais em Brasília.