Manchetes dos jornais de domingo – 08/06/2025

Resumo de domingo – 08/06/2025
Edição de Chico Bruno
Manchetes dos jornais de domingo – 08/06/2025
CORREIO BRAZILIENSE – Empreender para inovar, acolher e mudar vidas
O ESTADO DE S. PAULO – IA já muda o cotidiano e traz ao Brasil oportunidades e desafios
FOLHA DE S. PAULO – Torcedor tem mais chance de ver bets do que bola no Brasileiro
O GLOBO – No trabalho, pós-graduação é o novo motor de salários mais altos
Valor Econômico – Não circula hoje
Destaques de primeiras páginas e fatos mais importantes do dia
A moda é empreender - Há novos significados para o empreendedorismo no Brasil. Num século em que a preocupação com o meio ambiente e com questões sociais ganhou protagonismo, existem negócios que, além de gerar renda, são capazes de abrir caminho para uma vida sustentável e contribuem para uma sociedade mais justa. Nesta edição, o Correio mostra importantes iniciativas socioambientais, às vésperas da COP30. Revela também pessoas que descobriram no sistema prisional uma forma de ganhar dinheiro, mas que também confortam e orientam famílias de detentos. E contamos o progresso de refugiados, expulsos de seus países, que se reinventaram para sobreviver.
Muda rápido - A inteligência artificial (IA) está infiltrada nas engrenagens invisíveis que movem decisões públicas e privadas no Brasil — do processamento de exames médicos ao combate a fraudes bancárias. E isso é só o começo. Com o boom dos últimos anos, a tecnologia promete reconfigurar profundamente os bastidores da vida cotidiana no País: diagnósticos médicos, decisões judiciais, concessões de crédito, operações de venda e locação de imóveis — diferentes processos serão permeados, em diferentes graus, por sistemas automatizados. A promessa é de ganhos expressivos de produtividade, eficiência máxima, redução de custos, eliminação de gargalos e uma suposta "democratização" de bens e serviços — expressão recorrente no discurso dos entusiastas da IA. Mas, claro, há algumas “pedras” pelo caminho. O Estadão ouviu especialistas na área para entender como a IA pode mudar o futuro do País. O resultado é esta reportagem especial em sete partes que ancora este Tecnologia em Transformação, o quarto capítulo da série de especiais temáticos que o jornal publicará até o fim de 2025, dentro das celebrações de seus 150 anos. Veja também: o “hub” de conteúdo, onde estão reunidas todas as notícias relacionadas ao aniversário do jornal, e os especiais República em transformação - em que discutimos saídas para a polarização política no País - e Economia em transformação, que aborda caminhos para o Brasil deixar de ser uma nação de renda média. Um estudo da PwC aponta que a IA pode adicionar até 13 pontos porcentuais ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil até 2035, desde que sua implementação ocorra de forma responsável e com ampla confiança da sociedade e do mercado. Em um cenário global, o impacto potencial chega a 15 pontos, comparável à transformação econômica vivida na era da industrialização. No Brasil, só em 2025, estima-se que US$ 130 bilhões (cerca de R$ 715 bilhões) em receitas poderão mudar de mãos entre empresas como reflexo das mudanças tecnológicas.
Bets nas transmissões do Brasileiro - A chance de ver uma propaganda de apostas nas camisetas dos jogadores, nas placas ao redor do gramado ou em inserções na TV é de 70% em um jogo do Campeonato Brasileiro, mais alta do que a possibilidade de ver a bola rolando. Em média, 55% do tempo das transmissões mostram a bola, segundo levantamento do site 365scores (não relacionado à 365 bets) feito no ano passado. Nas primeiras rodadas de 2025, esse valor se manteve. Para chegar a essa conclusão, a Folha analisou 22 transmissões de jogos do Brasileiro de 2025 em diferentes canais –Amazon Prime, Record, CazéTV, Sportv, Premiere, Record e Globo. "É simples, se a pessoa tem vontade de beber o dia inteiro e recebe a informação a toda hora no seu cérebro de que aquela bebida é gostosa e que vai matar a sede, ela vai beber. No caso das apostas é muito pior, porque o celular está na mão. A pessoa vai jogar", diz Antonio Geraldo da Silva, psiquiatra que preside a Associação Brasileira de Psiquiatria. O Senado aprovou um projeto de lei que limita a propaganda de bets em estádios, estabelece horários de veiculação e proíbe a participação de atletas, artistas e influenciadores. O texto busca preservar crianças e pessoas com propensão ao vício. O texto está na Câmara dos Deputados.
Com cara de velho – A ampla oferta de pessoas com nível superior completo no país, que saltou de 6% para 20% da população em 25 anos, e as rápidas transformações tecnológicas tornaram a especialização um trunfo dos trabalhadores na hora da contratação e da remuneração. Segundo pesquisa do Insper, o percentual de graduados e pós-graduados está aumentando, e os que estudam mais já ganham mais, em média, o dobro. As empresas que poder ser escolas ou multinacionais, confirmam a preferência por esses profissionais.
O ultimato de Motta - O aumento desastrado das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva em maio foi o estopim para que os presidentes da Câmara e do Senado cobrassem do Executivo uma solução permanente para o descontrole de gastos. O plano de trabalho pode sair hoje em uma reunião entre o presidente da Casa Baixa, Hugo Motta (Republicanos-PB), o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. As autoridades se reúnem no fim do dia na Residência Oficial da Câmara, em Brasília. A ideia do encontro de hoje é construir um acordo para bancar reformas estruturais, já que, em véspera de ano eleitoral, o Legislativo já avisou que não vai mais pagar a conta — em sentido político — da gastança do governo, que enfrenta uma crise de popularidade e aposta na expansão de programas so ciais para melhorar sua imagem.
Está “tudo acertado”, garante Lula - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em Nice, que está “tudo acertado” quanto ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), tema central das negociações fiscais do momento. “Você pode estar certo de que vai acontecer exatamente o que nós acertamos, sem brigas, sem conflito, apenas fazendo aquilo o que tem que ser feito, conversar, encontrar uma solução e resolver”, afirmou a jornalistas ao ser questionado se o governo tem uma proposta alternativa para evitar a derrubada da alta do tributo no Congresso. O petista citou a reunião no Palácio da Alvorada esta semana para discutir o IOF, com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Re publicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de Gabriel Galípolo, do Banco Central, e Rui Costa, da Casa Civil. “Foi uma belíssima reunião. Está tudo acertado”, disse Lula ontem na França.
Uma mensagem de Galípolo - Palestrante do Fórum Esfera no Guarujá, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, dá a perceber que não renunciará à independência do BC para auxiliar o governo: “O Banco Central vai defender a nossa moeda. (A independência) é um ativo importante”.
O tempo para o vício - A indefinição de Lula a respeito do parceiro de chapa para 2026 leva os potenciais nomes do MDB para essa composição a cuidarem da própria vida, deixando um projeto presidencial em segundo plano. O ministro dos Transportes, Renan Filho, por exemplo, divide seu tempo entre os compromissos da pasta e Alagoas, estado que já governou e onde é tido como nome forte para concorrer a um terceiro mandato de governador. Inclusive, construir pontes com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, em nome de uma aliança. O que se diz nas hostes do prefeito é que essa parceria tem tudo para se consolidar até o ano eleitoral.
Ficou para depois - Outro nome citado como possível candidato a vice de Lula no MDB, o governador do Pará, Helder Barbalho, segue com o foco ajustado na organização da COP30 e da base em seu estado, voltado a uma candidatura de senador pelo seu estado.
De grão, em grão... - Com Renan Filho e Helder mais preocupados com seus respectivos estados, a tendência a preços de hoje é de Lula repetir a chapa com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Essa definição, porém, só será fechada no ano que vem.
Acredite se quiser - A justificativa oficial para o atraso da palestra de Hugo Motta (Republicanos-PB), que abriria o segundo dia do Fórum Esfera, no Guarujá, foi a de que ele e o governador do Pará, Helder Barbalho, estavam discutindo uma federação entre os dois partidos, junto ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas e o fundador da Esfera, o empresário João Camargo. Na véspera de uma reunião importante como esta de hoje que vai tratar das alternativas ao IOF, o encontro foi muito além da federação.
2026 sem “neve” - O prefeito de Recife, João Campos, contornou num dos intervalos do Fórum Esfera, que não planeja repetir o feito do carnaval do ano passado, quando entrou na onda do “nevado” e descoloriu o cabelo. Agora, o presidente do PSB, ele garante que “neve só natural”, ou seja, se vierem alguns fios brancos, será de preocupação.
Conferência dos oceanos - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar da Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3) em Mônaco. O evento tem o objetivo de selar o comprometimento de líderes mundiais na preservação dos oceanos. A França quer tornar o UNOC3 na COP dos oceanos com o slogan de Sobrinha em Belém.
Estamos todos bem - O pessoal da JBS nunca esteve tão leve. Resolvido o problema da Eldorado Celulose com a Paper Excellence, a equipe de Wesley Batista era só alegria no Guarujá.
A cesta de Haddad e seus conselheiros - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, preparou um cardápio variado de medidas para apresentar na reunião de hoje com os líderes partidários a fim de compensar a arrecadação do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para isso, o chefe da pasta consultou vários segmentos, inclusive, agentes financeiros, entre eles, o CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, conforme o próprio Maluhy contou ao participar do fórum Esfera, no Guarujá (SP). No encontro com Haddad, ainda estaria o presidente da Febraban, Isaac Sidney, e o presidente do BTG Pactual, André Esteves, “num diálogo construtivo e aberto”. Fernando Haddad escolheu essas três regras do mercado financeiro que “insistir num imposto regulatório para arrecadar, é um erro”, palavras de Isaac Sidney no fórum Esfera. Mas o que eles não contaram foi a cesta de medidas que o ministro preparou. Estão no radar da Fazenda, no lado da receita, corte de benefícios tributários, taxação de apostas e criptoativos. No lado da despesa, o governo voltará a propor medidas relacionadas ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e ao Fundo de Desenvolvimento da Educação (Fundeb). Resta saber se os congressistas aceitarão. Aliás, no geral, tem muita gente desconfiada de que o ministro perdeu o controle sobre as propostas e tenta se agarrar como pode para equilibrar as contas. Afinal, o tempo para adotar medidas impopulares antes da eleição acabou.
Prisão definitiva para Zambelli - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, ontem, que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) comece a cumprir, de forma definitiva, os 10 anos de prisão pelos ataques ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na mesma decisão, o magistrado também ordenou que a Câmara dos Deputados declare a perda do mandato da parlamentar e solicitou o pedido de extradição oficial ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Barroso defende STF O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, voltou a refutar às afirmações de que a Suprema Corte se mete em todos os assuntos do país. Durante participação, on em, no Fórum Esfera, no Guarujá (SP), o magistrado explicou a um grupo de empresários que a diferença do sistema Judiciário brasileiro em relação aos dos demais países é que ele é pautado por uma Constituição mais ampla do que as cartas magnas de outras nações. Segundo Barroso, em função de a Constituição Federal ser mais ampla, ficou a cargo do STF cuidar de uma gama enorme de temas que em outros países se restringiriam à esfera política, mas que aqui acabam indo parar nas mesas dos ministros do Supremo.
Aplicação só no Brasil - O ministro Alexandre de Moraes (STF) emitiu uma ordem judicial para bloqueio do perfil do bolsonarista Allan dos Santos no Rumble apenas no Brasil, não nos EUA —como indicam advogados americanos e autoridades do governo Trump. Segundo a Folha apurou, o bloqueio requerido por Moraes se aplica apenas ao território nacional. Também foi assim no caso das ordens de bloqueio de perfis e remoção de conteúdo que o ministro encaminhou ao X, no caso de Allan dos Santos e outras contas, no ano passado. O X bloqueou os perfis apenas no Brasil, e as contas continuaram no ar em território americano, ainda que, como no caso do Rumble, a jurisdição não estivesse especificada nas decisões.
Tarcísio procura Bolsonaro para conter mal-estar - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez um movimento que foi descrito por aliados como uma reaproximação com Jair Bolsonaro (PL) após o ex-presidente ter demonstrado resistências em indicá-lo como sucessor na direita para concorrer ao Palácio do Planalto em 2026. Um dos pontos considerados centrais nesse processo foi uma ida do governador ao gabinete que Bolsonaro ocupa na sede do PL, em Brasília, há cerca de duas semanas. Na conversa, Tarcísio reiterou seu apoio e solidariedade ao ex-presidente, num momento em que ele enfrenta o processo pela trama golpista de 2022. Os dois combinaram que devem se falar com maior frequência para evitar futuros ruídos. A discussão não foi resolutiva sobre o futuro do bolsonarismo, mas, segundo interlocutores de ambos, manteve a porta aberta para que o ex-presidente declare apoio ao governador, se assim preferir, no próximo ano.
Alicerce abalado - Pesquisa da Genial/Quaest revela que nomes da direita estão ganhando apoio entre eleitores de baixa renda, tradicionalmente alinhados com Lula. Apesar de ainda liderar nas intenções de voto, o apoio ao petista vem diminuindo, especialmente em simulações de segundo turno para 2026. O governador Tarcísio de Freitas se destaca, reduzindo a diferença para Lula entre os mais pobres. A direita avança mobilizando a religião, enquanto o PT enfrenta dificuldades para renovar sua base.
Cara a Cara com Moraes - Jair Bolsonaro enfrentará Alexandre de Moraes em interrogatório no STF sobre suposta trama golpista. O ex-presidente, junto a outros réus, será ouvido entre 9 e 13 de outubro. Bolsonaro afirmou que não pretende "lacrar" e se apresentará com "a verdade ao nosso lado". O evento será transmitido e Bolsonaro convocou apoiadores para acompanhá-lo. Este encontro é parte crucial no julgamento da tentativa de golpe pós-eleitoral.
Disputa pela fé - Dados do Censo 2022 do IBGE mostram o desafio de Lula com evangélicos, grupo que desaprova mais seu governo. Em 14 estados com alta presença evangélica, Lula venceu em apenas três. No Norte, onde há maior proporção de evangélicos, Lula teve dificuldades. Pesquisa indica que 66% dos evangélicos desaprovam sua gestão, destacando uma mudança social e política no Brasil nos últimos anos.
O ‘xerife’ de Lula – Visto com antipatia por membros do governo pelo jeito ríspido, chamado de “xerife” e “grão-vizir”, o ministro Rui Costa que é a chave para a máquina andar, diz que sua função é resguardar o presidente. “Se alguém tem que ser mais duro, sou eu. Ele (Lula) tem que estar sempre alegre sorrindo e feliz”, resume Costa.
Lira articula ida ao Senado - Arthur Lira, ex-presidente da Câmara, busca apoio para uma candidatura ao Senado em Alagoas, enfrentando resistência local. Tentando manter sua influência política, Lira enfrenta o prefeito de Maceió, JHC, que se aproxima de Renan Calheiros, rival de Lira. Essa aliança ameaça a candidatura de Lira, enquanto ele tenta manter relevância no cenário político alagoano e nacional.
Caso Zambelli é ‘pá de cal’ em estratégia de penas menores - A fuga da deputada Carla Zambelli (PL-SP), após ser condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é vista como a “pá de cal” na tentativa das defesas dos envolvidos no inquérito do golpe de amenizar o clima com a Corte. A estratégia montada por advogados dos réus considerava a possibilidade de redução de penas. No entanto, segundo apurou a Coluna do Estadão, essa esperança já não existe e o clima está “péssimo”. A avaliação é de que o Supremo ficará ainda mais na defensiva daqui para frente, como resultado do caso Zambelli, e não aceitará nenhum alívio nas eventuais condenações de figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros militares e civis investigados por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Não é a primeira vez que Zambelli leva a culpa pelo destino de aliados. Em 2022, Bolsonaro atribuiu à deputada sua derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O capitão avaliou que perdeu votos por causa da polêmica gerada pela parlamentar na véspera do segundo turno, quando ela correu com arma em punho atrás de um homem em São Paulo
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