“O que faço que é contrário à democracia?”, diz presidente sobre carta

O documento atingiu mais de um milhão de assinaturas

“O que faço que é contrário à democracia?”, diz presidente sobre carta

“O que faço que é contrário à democracia?”, diz presidente sobre carta

O documento atingiu mais de um milhão de assinaturas

 Da Redação

 

O presidente participou de gravações para material de campanha na manhã desta sexta-feira, 12

O presidente participou de gravações para material de campanha na manhã desta sexta-feira, 12 - 

 

Durante agenda em Brasília, para gravar programa de campanha, nesta sexta-feira, 12, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi questionado sobre a Carta pela Democracia, lida na Universidade de São Paulo (USP), na quinta-feira, 11. O documento obteve mais de 1 milhão de assinaturas. Em prol da democracia e das eleições, intelectuais, economistas, empresários e sindicalistas assinaram o texto.

“Tem que atacar o meu governo e tem que atacar onde eu estou errando. O que eu estou fazendo que é contrário à democracia? É por aí, pô! O que eu estou fazendo? Nada! Estão preocupados com minha popularidade?”, questionou Bolsonaro em entrevista ao Metrópoles.

Já a CNN Brasil, o chefe do Executivo desdenhou do documento dizendo que ele foi assinado por artistas que não têm mais acesso a mais incentivos da Lei nº 8.313/1991, a Lei Rouanet.

“Movimento de poucos artistas que não recebem mais a Lei Rouanet, de alguns sindicalistas que não têm mais o imposto sindical. Carta à democracia? Alguém está fazendo algum ato antidemocrático no Brasil? Alguém está desrespeitando a Constituição do Brasil? Alguém está pregando o golpe no Brasil? Isso aí é política”, afirmou.

O documento

A "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito" atingiu nesta quinta-feira, 11, um milhão de assinaturas. Lida por juristas na faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o documento foi aberto ao público no dia 26 de julho.

O documento é inspirado na carta pela democracia escrita em 1977 pelo professor Goffredo Telles Junior.

O documento ganhou repercussão e recebeu apoio de personalidades como das atrizes Fernanda Montenegro, Marieta Severo e Marisa Orth, os cantores Alceu Valença e Milton Nascimento e as cantoras Anitta, Linn da Quebrada e Luísa Sonza.