Exame: rejeição à gestão de Bolsonaro volta a subir e vai a 53%. Aprovação fica em 23%

De julho para outubro, rejeição cresceu seis pontos percentuais. Para Maurício Moura, fundador do IDEIA, este patamar é muito ruim um potencial candidato à reeleição

Exame: rejeição à gestão de Bolsonaro volta a subir e vai a 53%. Aprovação fica em 23%

Exame: rejeição à gestão de Bolsonaro volta a subir e vai a 53%. Aprovação fica em 23%

 Por 

Rejeição a Bolsonaro em alta (Foto: reprodução)

De julho para outubro, rejeição cresceu seis pontos percentuais. Para Maurício Moura, fundador do IDEIA, este patamar é muito ruim um potencial candidato à reeleição

O número de brasileiros que avalia a gestão de Jair Bolsonaro como ruim ou péssima voltou a subir. Foram seis pontos percentuais, de 47%, em 22 de julho, para 53%, segundo dados da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA. Quem considera o trabalho do presidente ótimo ou bom caiu de 28% para 23%, e regular varou de 22% para 21%. O recorde de desaprovação foi registrado em 8 de julho, quando 57% avaliaram o governo negativamente.

Para Maurício Moura, fundador do IDEIA, esse patamar é muito perigoso para um potencial candidato à reeleição. A um ano do primeiro turno das eleições, a conversão de avaliação negativa em positiva tende a ser muito mais difícil. Na série histórica, a parcela da população que o avalia como regular – mais propensa a mudar de opinião – vem caindo desde o começo do ano.

“Aprovação de Jair Bolsonaro, apesar de bastante resiliente na casa de 25%, no histórico é bastante inferior aos pares dele que conseguiram a reeleição no Brasil pós-redemocratização, como Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Bolsonaro tem duas variáveis bastante preocupantes para uma possível reeleição: forte rejeição refletida no avaliação ruim, e baixa aprovação”, explica Moura.

 

Segundo Exame, em maio deste ano o Bolsonaro chegou a perder apoio dos evangélicos, sua base mais fiel, mas recuperou nesta última pesquisa EXAME/IDEIA. Segundo a sondagem, aqueles que o avaliam como ótimo ou bom somam 39%, e os que afirmam que o governo é péssimo ou ruim são 33%. Apesar disso, ainda está longe dos 45% de apoio que chegou a ter.

Ao analisar por região, o presidente continua com o apoio do Norte (35% avaliam como ótimo ou bom), e no Centro-Oeste (27% avaliam como ótimo ou bom). A maior reprovação está no Nordeste, com 55% que o avaliam como ruim ou péssimo.

A pesquisa EXAME/IDEIA ouviu 1.295 pessoas entre os dias 18 a 21 de outubro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A sondagem é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.