Rejeição a Bolsonaro sobe em todos os setores. Lula e Ciro ganham dele, diz pesquisa

Já vinha mal ao não dar atenção adequada à pandemia. Agora o desastre na economia, com inflação em disparada e apagão à vista, derruba ainda mais o governo, aponta Quaest Consultoria

Rejeição a Bolsonaro sobe em todos os setores. Lula e Ciro ganham dele, diz pesquisa

Rejeição a Bolsonaro sobe em todos os setores. Lula e Ciro ganham dele, diz pesquisa

 Por   Publicado em 1 de setembro de 2021

Jair Bolsonaro (Foto: reprodução)

Já vinha mal ao não dar atenção adequada à pandemia. Agora o desastre na economia, com inflação em disparada e apagão à vista, derruba ainda mais o governo, aponta Quaest Consultoria

Se Bolsonaro já vinha mal nas pesquisas por sua desastrosa atuação na pandemia da Covid-19, a economia em frangalhos, com a explosão da inflação, manutenção de altas taxas de desemprego e o apagão elétrico que se aproxima fez piorar ainda mais a rejeição da população ao seu governo.

Isto é o que mostra a pesquisa feita Quaest Consultoria e encomendada pela Genial Investimentos, divulgada nesta quarta-feira (1). Veja a íntegra aqui!

 

A avaliação negativa de Bolsonaro subiu de 44% em agosto para 48% em setembro. Já os que acham positiva a atual administração caiu de 26% para 24%. A data da coleta da pesquisa é entre os dias 26 e 29 de agosto.

 

A pesquisa mostra também que o desgaste de Jair Bolsonaro já o coloca como derrotado nas eleições de 2022 para Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT) e praticamente empata com o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Na pesquisa espontânea, 58% dos entrevistados dizem que estão indecisos, 23% votariam em Lula e 15% em Bolsonaro. O terceiro é Ciro Gomes com 1% dos entrevistados.

A avaliação do desempenho do governo Bolsonaro piorou nas regiões Sudeste (42% para 47%), Nordeste (53% para 59%) e Sul (36% para 39%) e manteve-se praticamente inalterada no Centro Oeste (41% para 40%) e no Norte (42% para 40%). Bolsonaro piorou também sua situação entre ambos os sexos. A avaliação negativa cresceu entre as mulheres (48% para 51%) e entre os homens (40% par 44%).

QUEDA GERAL

Em todas as faixas etárias houve piora da avaliação de Bolsonaro. Entre 16 e 24 anos a avaliação negativa foi de 49% para 52%. Entre 25 e 34 anos, a reprovação foi de 44% para 49%. Entre 45 e 49 anos a reprovação de Bolsonaro foi de 45% para 48% e a rejeição a Bolsonaro na população com mais de 60 anos subiu de 43% para 45%. Na juventude a avaliação positiva ficou em 19%. Em todas as outras a avaliação positiva ficou abaixo de 25% com exceção apenas dos maiores de 60 anos com 27% achando positiva a administração Bolsonaro.

Nas faixas educacionais também predomina a rejeição a Bolsonaro em todas elas. Até o ensino fundamental a reprovação subiu de 44% para 47%. Nos de ensino médio completo ou incompleto, a avaliação negativa subiu de 44% para 48%. Naqueles com ensino superior incompleto ou mais, a rejeição subiu de 46% para 51%.

Entre os que ganham até dois salários mínimos, a rejeição manteve-se praticamente inalterada entre agosto e setembro, 49% para 48%. Ela subiu de 41% para 46% entre os que ganham ente 2 e 5 salários mínimos e 36% para 49% entre os que ganham mais de 5 salários mínimos. Onde mais caiu a avaliação positiva de Bolsonaro foi entre os que ganham mais de 5 salários, de 41% para 29%. Nas demais faixas praticamente não se alterou.

A avaliação negativa de Bolsonaro cresceu entre os evangélicos, católicos e nos que não têm religião. Na católica, de 46% para 50%, na evangélica de 32% para 35% e nos sem religião, de 52% para 57%. Em outras religiões caiu de 58% para 56%. A avaliação positiva caiu entre os católicos, de 25%para 21% e entre os evangélicos de 36% para 32%.

A avaliação da população sobre a condição da economia mostra bem que Bolsonaro vem sofrendo muito desgaste neste quesito. Em agosto, 62% achavam que a economia do país tinha piorado. Agora 68% acham que piorou. Na mesma época, 16% achavam que tinha melhorado. Agora somente 13% acham que melhorou.

A pesquisa mostra também que a preocupação da população com a economia já rivaliza com a preocupação com a pandemia de Covid-19. 28% acham que o principal problema é a pandemia e 27% acham que é a economia. Em agosto os preocupados com a pandemia eram 36% e, com a economia, eram 16% da população. Quando se desagrega a análise sobre a economia, são 28% preocupados com ela, no geral, e mais 21% preocupados com o desemprego, que é um consequência da crise econômica.

74% dos entrevistados dizem que pretendem se vacinar enquanto apenas 22% seguem a orientação de Bolsonaro e não aprovam a vacinação contra a Covid-19.

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