Márcio França tentou boicotar o acordo entre PT e o PSB.

Ele ficou insatisfeito ao perceber que não seria o candidato de Lula para o governo de SP. Com isso, chegou a se articular para tentar evitar que a coligação fosse confirmada. Acontece que o tiro parece ter sido pela culatra e, com os dois nomes cada vez mais próximos, ele perdeu espaço na sigla.

Segundo apurou o DCM com pessoas ligadas a França, ele já percebeu que não será o candidato do grupo. Desde então, o político teria passado a discretamente tentar minar o acordo. O ex-vice de Alckmin no governo de SP chegou a plantar notícias de uma proximidade entre o PSB e o PDT. Ao menos três pessoas da legenda confirmaram que nunca houve conversas. “Tudo não passou de uma tentativa do França de mostrar força dentro da legenda e pressionar o PT”.

Acontece que o acordo parece cada vez mais próximo e só uma reviravolta tira Alckmin de ser vice de Lula. Diante disso, o PSB nacional passou a olhar França como um impedimento e ele foi perdendo espaço. “Ele está obstinado em ser candidato”, afirmou uma pessoa do partido.

E não se trata de uma notícia só de bastidor. No último dia 29, uma notícia foi ‘vazada’ sobre o assunto. Ela dava conta de que o PSB começava a se aproximar do PDT. Isso porque supostamente a cúpula da sigla não havia gostado do acordo de Lula com Alckmin. Rapidamente o filho de Márcio, Caio França, compartilhou a notícia no twitter. Não satisfeito, ele ainda publicou uma foto lendo o livro de Ciro Gomes (veja no final da reportagem)

Márcio França pode ser deputado

Para o PSB nacional, abrir mão de São Paulo pode ser estratégico em favor de outros estados. Pesquisas internas estão mostrando que França não tem a mesma força de Haddad. E tanto a legenda dele quanto o PT entendem que este é o momento-chave para tirar o PSDB do comando do estado. Neste cenário, a sigla pode até indicar o vice, mas não seria ele.

Já houve a sugestão para que ele se lance como deputado e ser uma espécie de puxador de votos. Oficialmente, França descarta a possibilidade, mas entre isso e não ter mandato, a chance de aceitar é grande.