Notícias dos jornais de domingo 04-06-2023

Notícias dos jornais de domingo 04-06-2023

Edição de Chico Bruno 

 

Notícias dos jornais de domingo 04-06-2023

Valor Econômico – Não circula hoje.

 

O GLOBO – Biometria facial abre nova era nos pagamentos

 

FOLHA DE S.PAULO – Empresas cortam quem frauda plano de saúde 

 

CORREIO BRAZILIENSE – Mudanças em concursos suscitam dúvida e debate

 

O ESTADO DE S.PAULO –  Vigente em 72 cidades, tarifa zero deve dominar eleições de 2024

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Pague com o rosto - Imagine fazer compras sem celular, cartão ou identidade e pagar apenas com um sorriso para a câmera do caixa. Não é brincadeira mas realidade em algumas lojas do Brasil. Depois dos cartões sem contato e do Pix, os pagamentos digitais evoluem para a biometria facial. A novidade dá os primeiros passos no mundo, mas vai crescer 62% até 2030, segundo o Mastercard, tendo o Brasil como uma das principais frentes. Especialistas projetam que ela deve se popularizar por aqui em pouco tempo.

 

Na rua - O crescimento dos casos de fraude contra planos de saúde, especialmente por meio de pedidos irregulares de reembolso, tem levado grandes empresas a abrirem investigações internas para identificar e demitir funcionários que burlam as regras do benefício. Nos últimos meses, a empresa de infraestrutura CCR demitiu mais de cem profissionais após uma investigação que apontou um custo adicional para a companhia acima de R$ 12 milhões em cinco anos pelo uso indevido do plano com práticas como a divisão do valor de reembolso por procedimentos não realizados, superfaturados ou desnecessários com clínicas de fachada. Situação semelhante aconteceu no Itaú, que demitiu 80 profissionais após detectar má conduta dos trabalhadores em pedidos de reembolso. Os dois casos repercutiram no mercado, estimulando outros empregadores a estudar as demissões como forma de combater as fraudes. Um golpe que preocupa as empresas é praticado por clínicas e consultórios que pedem o login e a senha usados pelo paciente no plano de saúde, ficando com o acesso livre para solicitar reembolsos irregulares. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) levou denúncia ao Ministério Público de São Paulo sobre esquemas envolvendo R$ 40 milhões em reembolsos fraudulentos.

 

Alerta aos concurseiros - O governo federal pretende criar, somente este ano, 8 mil vagas para o funcionalismo público. E tem especial interesse no projeto de lei, em tramitação no Senado, que propõe mudanças na realização dos exames seletivos. Entre outros pontos, o PL 2258/2022 prevê provas on-line, além de avaliações psicológicas. Especialistas, concurseiros e sindicatos de servidores divergem sobre as novidades. “O concurso a distância permite que um candidato faça a prova em sua residência. Você democratiza o acesso aos concursos”, avalia o coordenador de Inteligência Técnica do Centro de Liderança Pública (CLP), Pedro Trippi. Candidato a um cargo na Polícia Rodoviária Federal, Bruno Demetrio discorda. “Muitas pessoas não têm dinheiro para pagar a inscrição que, muitas vezes, não passa de R$ 100. Como alguém nessa condição teria um aparato informático para conseguir fazer uma prova on-line?”, questiona. Vice-presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), Fábio Faiad diz que as provas de habilidade abrem brecha para avaliações subjetivas, com risco de fraude.

 

Tarifa zero - Ao todo , 3,28 milhões de brasilleiros não pagam para usar o sistema de transporte público em 72 cidades que adotaram a tarifa zero no País. A medida ainda está em análise em seis capitais, incluindo São Paulo - o prefeito Ricardo Nunes (MDB) encomendou estudo neste sentido. A tarifa zero, uma das reinvidicações da Jornadas de Junho, há dez anos, ganhou força durante a pandemia, quando o transporte público perdeu passageiros. Políticos e especialistas ouvidos pelo Estadão concordam que o tema deve ganhar destaque nas próximas eleições municipais. O problema é como deixar o sistema economicamente sustentável. Só a capital paulista precisaria de R$ 5,2 bilhões, custo anual do subsídio desembolsado pela prefeitura.

[4/6 08:20] Celso Tesoureiro Ppl Sp: Resumo de domingo, 04/06/2023 - 2ª parte

 

Condenado no mensalão, Bispo Rodrigues volta à articulação no Rio - Dez anos após seu afastamento da política, quando foi condenado e preso por participação no esquema do mensalão, o ex-deputado federal Carlos Rodrigues, o Bispo Rodrigues, está de volta ao cenário político. Homem forte da Universal do Reino de Deus (Iurd) no início dos anos 2000, ele vai dar as cartas na escolha dos candidatos a vereador da igreja no Estado do Rio pelo Republicanos. Por ele também passará a aprovação da lista dos nomes e das alianças do partido que vão disputar as prefeituras. Na capital, Rodrigues tem a missão de resgatar o desempenho eleitoral da Universal, que no pleito de 2020 elegeu somente três representantes para a Câmara Municipal — outros quatro vereadores do Republicanos não têm ligação com a igreja. No período em que o ex-deputado coordenava as eleições para a Iurd, a bancada carioca da Universal mantinha uma média de cinco cadeiras. Todos eram bispos, pastores ou obreiros. A volta de Rodrigues, que perdeu o título de bispo e renunciou em 2005 ao segundo mandato de deputado federal ao ser envolvido no escândalo do mensalão, faz parte de uma reestruturação do Republicanos, legenda ligada à Universal, no Rio. O comando foi dado ao prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro, o Waguinho. Com a mudança, pela primeira vez na história da Iurd o núcleo político da igreja não terá um nome na presidência estadual em ano eleitoral.

 

O que diz Elio Gaspari - Churrascos, verbas ou mesmo troca de ministros não resolverão as dificuldades do governo com o Congresso. Lula foi eleito com a escassa vantagem de 1,8 ponto percentual e tem uma base parlamentar instável, mas acredita que pode resolver problemas do atacado com soluções do varejo. O Congresso tem uma maioria conservadora pressionada por uma minoria radical, até troglodita. O presidente, contudo, vocaliza uma agenda que o afasta de um equilíbrio. Um exemplo: durante a campanha eleitoral ele disse que “o agronegócio, sabe, que é fascista e direitista. (....) porque os empresários que têm um comércio com o exterior, que exportam para a Europa, para a China, não querem desmatar.” Coisas da campanha. Em maio, quando o ministro da Agricultura foi desconvidado para a abertura do Agrishow de Ribeirão Preto, voltou a crer na ação de “fascistas”. Isso, levando o líder do MST na sua comitiva para a China. Há grandes empresários do agro que o apoiaram. Essa retórica pode agradar ilustrados das cidades, mas para os empresários do campo, tornam-se um fator de isolamento. Quando um parlamentar ligado aos agricultores, reivindica uma verba, ele pode até vir a votar com o governo na terça-feira, mas na quinta atende de novo sua base. As arcas da Viúva não têm dinheiro suficiente para garantir uma base parlamentar alimentada pelo varejo. Num tempo bem mais confortável, o governo de Lula tentou isso com o mensalão e deu no que deu. Também não se vai a lugar algum dizendo que o problema é de coordenação. Trocando-se o ministro Alexandre Padilha pelo ilusionista Issao Imamura, o problema continuará do mesmo tamanho. Coordenar o quê?

 

Na cadeia quem mentir - Relatora da CPI do 8 de janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) afirmou, em entrevista ao GLOBO, que "se tiver falso testemunho na CPI, pedido de prisão será feito". Segundo a congressista, será adotada linha dura contra quem "avacalhar os trabalhos da comissão". Para ela, "é muito cedo" associar a articulação do 8 de janeiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mas, se houver necessidade, ele será convocado.

 

Já começa a disputa por nova vaga no STF - A indicação do advogado Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF), concretizada na quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acelerou a corrida pela segunda escolha que ele fará para a Corte. A próxima vaga de ministro será aberta com a aposentadoria de Rosa Weber, que completará 75 anos em 2 de outubro. Até lá, as movimentações vão ser intensas, uma vez que nenhum nome aparece como franco favorito. Uma ala do governo, por exemplo, defende uma mulher negra, para ampliar a diversidade no alto escalão do Judiciário. Hoje, há apenas brancos no STF, como Zanin, e serão nove homens caso o Senado aprove a escolha — ou seja, se um representante masculino herdar a vaga de Rosa, restará Cármen Lúcia na Corte. Um integrante do primeiro escalão, por sua vez, pontua que Lula costuma lembrar que os ministros, ao vestirem a toga, esquecem quem os indicou, sinalizando o peso do fator pessoal. Já se posicionam na fila os presidentes do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão e Benedito Gonçalves. A advogada Vera Lúcia Santana e a desembargadora Simone Schreiber também se apresentam como candidatas.

 

Jefferson aguarda liberação para exame após tombo - Preso desde outubro do ano passado, o ex-deputado Roberto Jefferson aguarda autorização judicial para fazer exames fora da prisão, após desmaiar na cela e cair nesta sexta-feira. Segundo o laudo médico enviado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio ao Supremo Tribunal Federal, Jefferson tem quadro depressivo, não tem se alimentado e perdeu 16,5 kg em sete meses. A orientação é que ele passe por avaliação tomográfica do crânio, devido a possível traumatismo craniano. O laudo foi enviado pela Seap-RJ também nesta sexta-feira, após ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes para que o órgão informasse o estado de saúde de Roberto Jefferson. Antes, a defesa do ex-deputado havia alegado “risco de vida” e “gravíssimo estado de saúde”, em pedido de transferência para o Hospital Samaritano em Botafogo, na Zona Sul do Rio, para realizar exames e para acompanhamento médico. Atualmente, Jefferson está no Complexo de Gericinó, em Bangu, e tem sido atendido no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho. Segundo o documento, o ex-deputado foi encaminhado ao hospital penitenciário na última terça-feira “em decorrência de queda importante do estado geral”, e informou “apatia, insônia, distúrbio depressivo e inapetência (falta de apetite) e dificuldade de ingestão alimentar”. No mesmo dia, foi atendido e encaminhado para consulta psiquiátrica no Hospital Penal Psiquiátrico Roberto Medeiros, também no Complexo de Gericinó, onde foi constatado quadro de depressão.

 

O risco que Lula corre - A guerra fria entre o Poder Executivo e a tropa de centro liderada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está servindo de fertilizante para que os partidos comecem a pensar seriamente em tirar da gaveta a proposta do semipresidencialismo. A proposta estava no plano de muitos, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse reeleito. Porém, com Bolsonaro derrotado, a democracia sob ataque e Lula prometendo um governo de coalizão, tudo foi deixado de lado. Passados seis meses, com as dificuldades de relacionamento entre governo e Congresso, há quem esteja disposto a recolocar o tema na roda.  Em entrevista para a “Confraria do Brito” que vai ao ar hoje à noite pelo canal MyNews, no YouTube, o ex-presidente Michel Temer (MDB) chegou a mencionar que o presidencialismo está “esfarrapado” e ideal seria já implementar o sistema semipresidencialista para 2026. Mas, ao mesmo tempo, Temer diz que, para não ferir direitos do atual presidente da República, o melhor será discutir para o médio prazo, ou seja 2030. O fato de Temer falar de forma direta, na verdade, põe à luz do sol um plano que está na cabeça de muitos deputados aliados de Arthur Lira. Quanto mais o governo cutucar Lira, mais o grupo liderado pelo presidente da Câmara trabalhará esse tema. Ou Lula conquista a base de Lira, o que é uma jogada arriscada, ou busca logo um acordo. 

 

Lula em Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, confirmou por meio das redes sociais a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Paris. “Parceiros de todo o mundo, salvem as datas de 22 e 23 de junho em Paris. O mundo precisa de uma economia verde que não deixe ninguém para trás. Juntos podemos criar um novo pacto financeiro”, escreveu, ontem, o líder francês. “Que bom tê-lo conosco, querido presidente Lula. Até daqui 19 dias!”, emendou. Em resposta, o petista agradeceu o convite e destacou o retorno da diplomacia brasileira. “O Brasil tem se reintegrado ao mundo, dialogando e construindo parcerias, em busca das melhores oportunidades para o nosso país, e um mundo com mais cooperação e desenvolvimento sustentável. Obrigado pelo convite, amigo”, disse. O presidente participará de um encontro de cúpula sobre um novo pacto financeiro mundial, onde deverá ter uma reunião bilateral com o francês.

 

Visita ao Papa - O presidente Lula deve aproveitar a ida à França, na que será sua 11ª viagem internacional desde que tomou posse em janeiro, para visitar o Papa Francisco no Vaticano. No último dia 31, o mandatário falou ao telefone com o religioso e abordou temas como a guerra na Ucrânia, a defesa da Floresta Amazônica, a mudança climática e o combate à fome. O petista convidou o papa a visitar o Brasil e agradeceu o apoio do pontífice na busca por uma solução pacífica para o conflito entre Rússia e Ucrânia e pelos esforços do argentino no combate à pobreza.

 

Para muitos, fazer o errado é o certo - Alvo de cobranças e críticas da base governista, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (2) que, em Brasília, para muitos, fazer o errado é o certo. Em um evento na Bahia, o ministro forte do presidente Lula (PT) disse também que a capital federal é uma ilha da fantasia, uma bolha ilusória. "Brasília é difícil. É difícil porque lá fazer o certo, para muitos, está errado. E fazer o errado, para muitos, é que é o certo na cabeça deles", discursou, durante inauguração em Itaberaba. O ex-governador da Bahia disse ainda que a transferência da capital do Brasil para "longe da vida das pessoas", na sua opinião, fez muito mal ao país.

 

Ao relatar uma reunião ocorrida na véspera, o ministro contou ter dito aos participantes que teria sido melhor manter a sede dos Poderes no Rio de Janeiro, ou levar para São Paulo, Minas Gerais ou mesmo de volta para a Bahia, para que as pessoas se deparassem com a fome, a miséria e o desemprego antes de entrar na Câmara e no Senado. "Vocês podem ter certeza. Brasília não vai me mudar e eu vou lutar com todas as minhas forças para mudar Brasília e mudar aquele jeito de encarar o que é coisa pública. Eu chamo aquilo de Ilha da Fantasia", disse. O desabafo ocorre ao fim de uma semana em que os deputados ameaçaram derrubar toda a estrutura desenhada para o governo Lula, o que exigiu a autorização de emendas e nomeações, a cargo de sua pasta. 

 

Zema diz que foi mal-interpretado - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse neste sábado (3) ter sido mal-interpretado ao afirmar que os estados do Sudeste e do Sul do país são diferentes porque neles há mais pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial. "Talvez por não utilizar as palavras adequadas, fui mal interpretado. As pessoas recebem o auxílio por não terem emprego. O auxílio é importante em momento de pandemia, recessão", afirmou o governador, no segundo dia de reunião do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste), que reúne em Belo Horizonte representantes dos sete estados das duas regiões. A declaração de Zema exaltando Sul e Sudeste foi dada na abertura do encontro, na sexta (2), e foi alvo de críticas de oposicionistas, que apontaram teor preconceituoso com outras regiões. A declaração de Zema exaltando Sul e Sudeste foi dada na abertura do encontro, na sexta (2), e foi alvo de críticas de oposicionistas, que apontaram teor preconceituoso com outras regiões. Neste sábado, ele disse que quem analisar sua fala "vai ver que aquilo que eu quis dizer, e se fui mal-interpretado eu peço desculpa, é que nós, governadores do Sul e Sudeste, acreditamos, temos convicção, de que o melhor programa social é a geração de empregos".

 

A corrida de ministros por votos no Congresso - Tal qual o período eleitoral, os ministros do Palácio do Planalto correram para pedir votos no dia da análise da MP da Reestruturação, na semana passada. O deputado Afonso Motta (PDT-RS) ironizou a situação durante conversa com outros parlamentares, no cafezinho da Câmara. “Nunca me ligaram antes, é a primeira vez.” Os outros riram.

 

Briga no União pode reduzir número de mulheres - A articulação para mudar ministros indicados pelo União Brasil pode reduzir ainda mais o número de mulheres no primeiro escalão do governo. A cúpula do partido alega ter dificuldade para encontrar uma substituta para a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, que quer deixar a legenda. O favorito para assumir uma vaga na Esplanada pelo União é o deputado Celso Sabino (PA). O União considera que a maior parte das suas deputadas não é alinhada ao governo. É o caso de Yandra Moura, filha de André Moura, ex-líder do governo Michel Temer. Outros nomes seriam inviáveis, como Danielle Cunha, filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e Rosângela Moro, mulher do senador Sergio Moro. A cúpula do União Brasil diz que, mesmo se mudar os ministros, como Lula sugeriu em conversa com Elmar Nascimento (BA), ainda deve manter postura “independente”. A diferença é que promete entregar mais votos em plenário.