Manchetes dos jornais de domingo 29-10-2023

Manchetes dos jornais de domingo 29-10-2023

Manchetes dos jornais de domingo 29-10-2023

 

Manchetes dos jornais

 

Valor Econômico – Não circula hoje

 

FOLHA DE S.PAULO – Israel amplia invasão na Faixa de Gaza e vê guerra longa e difícil

 

O ESTADO DE S.PAULO – Israel inicia 'nova fase da guerra' com ofensiva terrestre em Gaza

 

O GLOBO – Milícia disputa com o tráfico 8 quilômetros da orla do Rio

 

CORREIO BRAZILIENSE – “É preciso que a mulher esteja no Poder Judiciário”

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Aumenta temperatura - No front e em discursos, Israel deu neste sábado (28) mais evidências de que aproxima uma incursão em larga escala das tropas israelenses em Gaza. O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, afirmou que seu gabinete aprovou a ampliação da invasão de Gaza "por unanimidade" e que aqueles que acusam o país de cometer crimes de guerra são "hipócritas e mentirosos". A perspectiva de que o conflito se estenderá foi reforçada por Netanyahu. "A guerra dentro da Faixa de Gaza será difícil e longa", disse. "Eles estão determinados a erradicar este mal do mundo, para a nossa existência." O premiê também declarou que a segunda fase do conflito contra o Hamas começou com a entrada de mais forças terrestres no território. Ele evitou responder se o governo de Israel teria parcela de responsabilidade ante possíveis falhas de segurança que permitiram ao Hamas realizar os ataques do dia 7.  Neste sábado (28), panfletos foram lançados na Cidade de Gaza, a mais populosa do território, com o aviso de que a região é agora "um campo de batalha". Os militares instam moradores a "desocuparem imediatamente" toda a área e se deslocarem em direção ao sul da faixa, que faz fronteira com o Egito. Palestinos vivem blecaute de luz, internet e telefonia.

 

Tudo dominado - A guerra por territórios na Zona Oeste do Rio sequestrou 8 quilômetros de praia entre o Posto 12 do Recreio, onde fica o Pontal, e Grumari. No cenário paradisíaco, nenhum serviço escapa do achaque dos bandos, que impõem taxas a flanelinhas, ambulantes de asfalto e areia, quiosques, comércio e seus fornecedores e todas as atividades que tentem se estabelecer. Ainda vendem maconha e cocaína, quase sempre livremente. A área lucrativa detonou uma disputa entre milicianos e facções, e os homicídios explodiram. Há cenas de barbárie: confundido com rival, um homem foi fuzilado em pleno lual e teve o corpo despachado ao mar sobre uma prancha de surfe.     

 

Aos 51 anos, nascida e com sua formação profissional na capital, Daniela Teixeira será a primeira ministra brasiliense no Superior Tribunal de Justiça. “Fico muito feliz de representar nosso quadradinho. Sou apaixonada por ipê, como todo brasiliense. Não vou reclamar da seca em agosto. Estou literalmente em casa”, disse, descontraída. E os desafios da nova juíza serão enormes. Garantista e feminista, ela é a sexta mulher em uma corte com 33 ministros e promete participar das bandeiras abraçadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como a da paridade de gênero. “Metade do Brasil é de mulher, não é razoável ter tribunais de justiça inteiros, como acontece em alguns estados, sem nenhuma mulher”, diz. Daniela afirma que viu resistência durante a sabatina que confirmou o nome dela no Senado: “Foi uma realidade muito cruel, de machismo”. Ao Correio, ela falou sobre temas como desencarceramento, defesa dos direitos individuais e feminicídio.

[29/10 08:53] Celso Tesoureiro Ppl Sp: RESUMO DE DOMINGO - 29/10/2023 - 2ª parte

 

Brasil no semipresidencialismo - Enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o seu grupo avançam sobre o governo Lula, ditando inclusive a velocidade das votações e boa parte dos programas governamentais via emendas ao Orçamento da União, há um movimento no Congresso em defesa do semipresidencialismo de direitos. O “de fato” já estamos vivendo, conforme avaliação dos aliados de Lira e preocupação dos mais afeitos a Lula. É um jogo que começou ainda no governo da presidente Dilma Rousseff e que tem crescido em número adeptos. Esta semana, por exemplo, durante uma exposição na Câmara, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu o semipresidencialismo. O decano do STF, Gilmar Mendes, defende há tempos. Quem acompanha de perto a mobilização, diz que, se Gilmar e Barroso estão do mesmo lado do campo, é sinal que a discussão está amadurecendo. Falta Lira dizer se irá pautar o semipresidencialismo, que precisaria de emenda constitucional para tornar de direito o que, na visão de muitos, ocorre de fato.

 

Derrota no Senado acende alerta no Planalto - Repercute ainda no governo a derrota imposta ao Palácio do Planalto na última quarta-feira na votação, no Senado, da indicação de Igor Albuquerque Roque para a chefia da Defensoria Pública da União (DPU). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o indicou, reconheceu em entrevista que tem responsabilidade sobre esse revés. O resultado pegou os governistas de surpresa, até porque o nome do defensor público foi aprovado na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com folga, no placar favorável de 20 a 1, há pouco mais de três meses. Os bolsonaristas votaram em peso contra o nome de Roque no plenário, sob o argumento de que o defensor teria alguma responsabilidade num seminário organizado pela DPU que discutiu a saúde da mulher, no qual o aborto foi mencionado como uma questão de política pública. Não houve brado ali em defesa da extensão das permissões da interrupção de uma gravidez a não ser as previstas em lei, que são os casos de estupro, de risco à saúde da gestante e de diagnóstico de anencefalia. Durante sua fala na sabatina, Igor Roque nem tocou nesse assunto. Ao contrário, fez uma referência a um tema que agrada a seguidores de Jair Bolsonaro. Ele defendeu o direito à ampla defesa dos “patriotas” que participaram dos atos de vandalismo do 8 de janeiro. “Destaco a atuação da DPU com os presos nos atos antidemocráticos em janeiro. Todos têm direito a uma defesa independentemente do pensamento ideológico. A despeito da gravidade desses atos contra o Estado Democrático de Direito, a DPU entende que esse mesmo Estado deve se fazer presente na defesa das garantias e direitos fundamentais, sem qualquer tipo de discriminação”, afirmou Igor Roque, que disse não haver incoerência nesse papel dos defensores públicos que defendem esses bolsonaristas. 

 

Governo atento à votação da PEC do STF - Após o susto com a rejeição ao nome de Igor Roque para a chefia da Defensoria Pública da União (DPU), o governo irá acompanhar e monitorar de perto a tramitação da emenda constitucional que tira poderes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A PEC do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) limita decisões monocráticas e pedido de vistas dos integrantes da Corte. A previsão é que o texto seja votado no plenário em 8 de novembro, após decorridas as cinco sessões de prazo necessárias para ir a voto. O governo não acredita que a oposição tenha voto suficiente para aprovar uma mudança desse tamanho no funcionamento do tribunal. Para ser aprovada, uma PEC necessita ser aprovada em dois turnos, com pelo menos 49 votos favoráveis. As decisões monocráticas são aquelas tomadas por um único ministro e que podem suspender a eficácia de uma lei e derrubar até mesmo um ato de um presidente da República, do Senado ou da Câmara. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) não acredita na aprovação da emenda e disse que o governo vai aguardar sua tramitação e conferir a disposição do plenário.

 

Descaso com fiscal mina esforços de Haddad - A equipe econômica avalia os estragos da fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o não cumprimento da meta fiscal no próximo ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vem tentando negociar no Congresso maior celeridade na aprovação de medidas consideradas cruciais para equilibrar o Orçamento, foi pego de surpresa com o recente posicionamento do chefe do Executivo. Em café com jornalistas no Palácio do Planalto, na última sexta-feira, o petista declarou que a meta fiscal não precisa ser de deficit zero e que esse resultado dificilmente será atingido, uma vez que ele não quer realizar cortes em investimentos e obras em 2024. A posição de Lula contraria o que prega o chefe da Fazenda. Na avaliação de analistas, esse descompasso pode enfraquecer a credibilidade do ministro nas negociações com o Legislativo. “Caso não seja contornada por Haddad, a fala de Lula deve ter como efeito a retirada de incentivo para que os parlamentares aprovem uma agenda que já sofre resistências, como pontuou o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o deputado Danilo Forte (União-CE)”, destacou a análise da XP Investimentos. 

 

Gleisi diz que Lula "protegeu" Haddad - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, disse neste sábado (28/10) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “protegeu” o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao reconhecer  que a meta da equipe econômica de zerar o déficit fiscal em 2024 não será atingida. “O presidente Lula protegeu o ministro Fernando Haddad ao trazer para si a responsabilidade da política fiscal e reconhecer que o resultado primário zero será impossível para o ano que vem. Ao contrário do que falam alguns da mídia de que foi uma desautorização”, disse em publicação no X, antigo Twitter. A parlamentar elogiou o ministro em seu empenho ao tentar manter seu compromisso com a estabilidade fiscal, mas disse que “nem tudo depende dele e da equipe econômica”. “Quanto mais realistas as metas, menos complicadas ficam as negociações políticas. Sem drama, menos, a vida continua com a perspectiva de todos poderem melhorar”, finalizou.

 

Alckmin diz que Tabata é a verdadeira mudança - O vice-presidente, Geraldo Alckmin, disse em evento do PSB neste sábado (28) que a candidatura da deputada federal Tabata Amaral à prefeitura de São Paulo no ano que vem é "a verdadeira mudança". "Ela é a novidade, ela é a mudança, a verdadeira mudança", discursou Alckmin no evento, que ocorreu na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ao seu lado estava outro integrante do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Micro e Pequena Empresa, Márcio França. A defesa enfática de Alckmin ajuda a consolidar a candidatura da deputada, o que deve colocar o vice em campo adversário ao de Lula e do PT, que defendem Guilherme Boulos (PSOL). Segundo o vice, Tabata representa "mudar com a sensibilidade e a garra das mulheres, com honestidade, experiência, história de vida". Ele citou pontos da biografia da parlamentar que devem ser ativos dela na campanha, como o fato de ter nascido na periferia e de ter estudado com bolsa na prestigiada Universidade de Harvard, nos EUA. "Ela não nasceu em berço esplêndido. É da Vila Missionária [periferia da capital]", disse Alckmin". O vice-presidente afirmou ainda que o PSB representa "a mudança para a melhorar a vida da população de São Paulo". E finalizou com um brado: "Tabata e São Paulo!".

 

Lira amplia espaços no governo - A indicação de um aliado, Carlos Antônio Vieira, para a presidência da Caixa Econômica Federal ampliou o leque de influência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre cargos do poder executivo que tratam de interesses locais para pautas centrais do governo Lula. O valor sob a alçada de indicados por ele na administração federal ultrapassa R$ 25 bilhões. Para efeito de comparação, o orçamento secreto, usado para destinar recursos da União a parlamentares de forma desigual e sobre o qual o deputado tinha forte influência, previa R$ 19,4 bilhões neste ano, antes de sua extinção. Especialistas veem a ascendência sobre recursos e bancadas na Câmara como evidência de um protagonismo sem precedentes de Lira, na comparação com antecessores à frente da Casa. Além da Caixa, o deputado federal, em seu terceiro mandato, mantém apadrinhados no Ministério do Esporte, em uma unidade regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), a cargo da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), no Departamento Nacional de Obras contra Secas (Denocs), além do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e no Porto de Maceió. O avanço em novos espaços, além da manutenção de apadrinhados indicados nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), vem ocorrendo apesar das críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última campanha eleitoral, ao poder de seu neoaliado. Na ocasião, ao comentar uma proposta de adoção do semipresidencialismo, o petista acusou Lira de querer "tirar o poder do presidente para que ele fique na Câmara dos Deputados", e ironizou se referindo ao parlamentar como "imperador do Japão".

 

Lula nunca ligou para apoiador que quase levou tiro de Zambelli - Um ano depois de virar protagonista de um episódio que na avaliação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) definiu o resultado da eleição presidencial de 2022, o jornalista Luan Araújo avalia que o momento foi provocado pelo afloramento do debate político no País e diz que mudou sua forma de pensar e seu comportamento. Numa eleição em que muitas famílias e amizades romperam, Luan se viu diante de uma deputada armada correndo atrás dele pelas ruas de São Paulo. Era Carla Zambelli (PL), uma das principais apoiadoras de Bolsonaro, até então. E, de repente, ele ouviu um tiro. “O som do tiro foi o mais assustador. Eu pensei mesmo que minha vida ia acabar ali”. A cena, que ocorreu no dia 29 de outubro, véspera do segundo turno, foi filmada e correu o mundo. “Se não houvesse as imagens, possivelmente eu estaria preso ou morto”, diz considerando que muitos não acreditariam na sua versão. Ao longo de todo o ano, Luan evitou conceder entrevistas, mas aceitou conversar com a Coluna do Estadão. O jornalista garante que hoje não agiria da mesma forma e relevaria as provocações. Se encontrasse Carla Zambelli, não tem dúvidas: “Não falaria nada, passaria reto. Não vale a pena”. Luan diz que nunca recebeu um telefonema de Lula ou do PT depois do episódio. Considera que o petista está fazendo um governo para defender sua biografia. "Sou um jornalista. Hoje com 33 anos. Moro na periferia de São Paulo, na Zona Leste, Cidade Tiradentes. Moro até hoje com a minha mãe, sou só eu e ela basicamente. O meu pai faleceu de câncer quando eu tinha 11 anos. Eu sempre gostei de pesquisar, de ler, de apurar, essas coisas todas. Sou fã de futebol, sou torcedor do Corinthians. Um negro periférico, filho de uma mãe que me criou sozinha", diz Luan.

 

 

'Novo hoje aceita ficha suja, e vai se tornar irrelevante' - Fora da política partidária desde a saída do partido Novo no fim de 2022 por declarar voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, o empresário João Amoêdo diz que a vontade pela militância partidária não acabou, mas admite desânimo de recomeçar todo o processo para construção de uma legenda. Sem filiação partidária, ele afirmou em entrevista ao Estadão que deve permanecer distante das eleições municipais do ano que vem. Sobre seu antigo partido, que ajudou a fundar, o ex-candidato à presidência em 2018 afirma que o Novo caminha para se tornar insignificante. Também faz duras críticas à decisão da sigla de pagar R$ 41 mil de salário para o ex-deputado Deltan Dallagnol, que recentemente se filiou ao Novo depois de ter o mandato cassado na Câmara dos Deputados. “Me parece que é um gasto desnecessário, mas vai muito na linha do que está o partido hoje, que é buscar ter alguma relevância, mas sem ter muitas entregas”, disse. O único Estado governado pelo Novo é Minas Gerais, com Romeu Zema. Para Amoêdo, o chefe do Poder Executivo mineiro não pode mais culpar a gestão de Fernando Pimentel (PT), seu antecessor, pelo desastre nas contas públicas. “Cinco anos depois, os desafios são outros, e a régua tem que ser um pouco maior. Ele deve pensar na privatização, não conseguiu ainda privatizar nada, não conseguiu fazer o ajuste da dívida”, afirmou. A três anos da disputa pela Presidência da República, o empresário disse que não consegue definir nomes para a próxima eleição geral. Para ele, faltam lideranças “razoáveis” para o eleitor não passar mais uma vez pela polarização dos últimos pleitos nacionais.