Amoêdo declara apoio a Lula no 2º turno e abre crise no partido Novo

Amoêdo declara apoio a Lula no 2º turno e abre crise no partido Novo

Amoêdo declara apoio a Lula no 2º turno e abre crise no partido Novo

Segundo o fundador da sigla, “Bolsonaro apresenta um risco substancialmente maior"

Ana Gabriela Sales[email protected]

 

Reprodução

O fundador do Partido Novo, João Amoêdo, declarou neste sábado voto ao ex-presidente Lula (PT), no segundo turno das eleições, que acontece em 30 de outubro. A ação abriu uma crise na cúpula do partido, que apoia a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). 

“Em relação ao PT e a Lula continuo com as mesmas críticas e enormes restrições (…) No dia 30, farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13. Apertar o botão ‘Confirma’ será uma tarefa dificílima. Mas vou me lembrar do presidente que debochava das vítimas na pandemia, enquanto milhares de famílias choravam a perda de seus entes queridos”, disse por escrito à Folha.

Em resposta, o atual presidente da sigla, Eduardo Ribeiro, criticou a decisão de Amoêdo e a considerou “vergonhosa, constrangedora e incoerente”. “O PT e o Lula representam tudo o que o nosso partido sempre combateu. Essa é a prova final de que o Novo nunca mudou, quem mudou foi o João”, escreveu Ribeiro.

 

O partido Novo também se manifestou contra o apoio de Amoêdo a Lula. “É absolutamente incoerente e lamentável a declaração de voto de João Amoêdo em Lula, que sempre apoiou e financiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história. Seu posicionamento não representa o Partido Novo e vai contra tudo o que sempre defendemos”, disse partido em nota.

O candidato à Presidência da sigla nestas eleições, o empresário Luiz Felipe D’Avila também reagiu à declaração de voto de Amoêdo. “É uma traição aos valores liberais e ao partido”, afirmou. 

O Novo não formalizou apoio a Bolsonaro, mas publicou nota depois do primeiro turno, dizendo ser contra o PT, mas liberou seus filiados a votar no segundo turno de acordo com a “consciência” e “princípios partidários”.

Com informações do G1.