Entrevista: Izalci quer frente ampla com Leila e Reguffe

Senador tucano lança pré-candidatura na quarta-feira (15) e fala de seus projetos para o GDF. Ele vê Ibaneis “desgastado”

Entrevista: Izalci quer frente ampla com Leila e Reguffe

Entrevista: Izalci quer frente ampla com Leila e Reguffe

mm Por , 09/12/2021 às 19:43, Atualizado em 09/12/2021 às 19:43

Senador tucano lança pré-candidatura na quarta-feira (15) e fala de seus projetos para o GDF. Ele vê Ibaneis “desgastado”

 

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Senador Izalci Lucas (PSDB) é pré-candidato ao GDF. Foto: Reprodução

O senador Izalci Lucas (PSDB) se lança oficialmente pré-candidato ao GDF na quarta-feira (15). O presidente do tucanato candango é o terceiro a se colocar nessa condição. Antes dele, Leandro Grass (Rede) e Rafael Parente (PSB) também o fizeram.

O parlamentar, que foi vice-líder de Bolsonaro, sonha montar uma frente partidária e gostaria de contar com a companhia dos colegas de Senado Reguffe (Podemos) e Leila Barros (Cidadania). 

Na pesquisa realizada em outubro pela Conectar Pesquisas e Inteligência, Izalci é bem conhecido ou conhecido mais ou menos por 58% dos eleitores do DF, mas aparece com apenas 2% das intenções de votos espontâneos e 4% dos votos estimulados.

Diante desse cenário, o tucano diz, nesta entrevista exclusiva à coluna do Brasília, por Chico Sant’Anna, que sua hora chegou e que está preparado para governar. A campanha se desenvolverá em um novo ninho. O PSDB deixa o Setor de Diversões Sul e se instala no Setor Hoteleiro Sul, onde funcionava a universidade corporativa da Caixa Econômica. “O partido precisa de mais espaço”, diz Izalci.

Reguffe, Izalci e Leila formam a chapa dos sonhos do tucano. Foto: Valdemir Barreto/ Agência Senado

Como o senhor vê o cenário político do DF? – Eu vejo o governo Ibaneis bastante desgastado. Abandonou a população. Temos gente passando fome no DF, sem atendimento médico, sem consultas, sem exames. Tem muita roubalheira na Saúde, na Educação, na área Social. Tem muita incompetência do governo. O cenário é de desalento, sem emprego, sem perspectiva. A gente tem uma Brasília virtual, que aparece na propaganda da TV. O resto está cada vez pior.

O deslanchar de sua candidatura depende do governador Doria deslanchar também? – Não. São realidades diferentes. A nossa candidatura no DF depende exclusivamente do eleitor brasiliense e da nossa situação aqui. Eu venho me preparando já há alguns anos. Já fui tudo que eu tinha direito na política: deputado distrital, secretário do GDF por dois mandatos, deputado federal e hoje sou senador da República. Minha candidatura independe da nacional.

O senhor foi vice-líder de Bolsonaro. Isso ajuda ou atrapalha sua caminhada ao Buriti? – O que é bom para o Brasil eu apoio. Como vice-líder, tentei ajudar o máximo que pude. Agora assumi a liderança do PSDB, mas se tiver matéria a favor do Brasil, voto independentemente de qualquer coisa.

Inelegibilidade

Em que pé estão alguns processos que pediam a sua inelegibilidade? – Não há nenhum processo tramitando que comprometa a minha candidatura. O que havia na Justiça eram inquéritos que foram apurados, e o último foi arquivado, pois estava prescrito. 

Não há um excesso de candidatos no espectro de centro direita no DF? – Eu acho que essa coisa de direita, esquerda, centro… não pesam. O importante é existir pessoas com capacidade de planejar, de fazer uma Brasília melhor; que tenha conhecimento, experiência. Eu quero construir uma frente ampla para mudar o DF, pra tirar esses governos incompetentes que há anos veem destruindo a nossa cidade. Quero comigo pessoas que tenham responsabilidade e compromisso com a cidade, independentemente da questão partidária.

Que parceiros o senhor está focando para uma eventual coligação majoritária? – Estamos trabalhando com diversos partidos, pessoas. Como eu disse, nós queremos fazer uma frente, uma coligação forte para nos apoiar. Estamos conversando com muitos parceiros. Lógico que precisamos de partidos maiores, homens e mulheres comprometidos. Pessoas de bem que queiram o melhor para Brasília.

Vice-governador

Quem será seu vice-governador? Se ainda não tem um nome, qual seria o perfil ideal desse candidato? – Vice ainda não existe. Estamos conversando. O ideal seria uma mulher que tenha experiência, capacidade de gestão, capacidade política. Uma mulher seria bom, mas não obrigatoriamente. Estamos buscando nomes que realmente queiram somar, que tenham compromisso de melhorar esta cidade, principalmente para as pessoas mais necessitadas. Governo não foi feito para os grandes, para os magnatas. A gente precisa deixar eles trabalharem, induzirem o desenvolvimento, mas quem precisa realmente do governo são as pessoas com menor renda, que estão passando por dificuldades.

O PSDB fará federação com algum partido, nacionalmente? – Há algumas especulações, mas não vi nenhuma discussão sobre federação de partidos, nada definitivo. 

Ibaneis e Reguffe estão na frente? – Tenho mantido conversas com o Reguffe e com a Leila Barros. Somos colegas no Senado. São duas pessoas de bem, que têm compromisso com a cidade, que não colocam seus projetos pessoais acima do DF. A tendência é caminharmos juntos. Estou fazendo o possível para que tenhamos uma frente ampla e que os dois estejam envolvidos nela. Vejo neles pessoas competentes, de bem, compromissadas. Estamos conversando muito.