A privatização da Copel na contra mão da reindustrialização
A privatização da Copel na contra mão da reindustrialização
Requião critica severamente a privatização da COPEL, sem um sinal contrario de Lula
BETO ALMEIDA
Até mesmo governador Itamar Franco, arrependido das privatizações que fizera quando presidente, mobilizou Tropas da PM mineira , que ocupou o pátio de Furnas, opondo-se à Privataria de FHC, que , dessa forma, foi impedido de privatizar aquela estatal de energía. Assim, surpreende que o Presidente Lula nao tenha feito uma declaração ou um gesto público sequer para impedir a privatização da Copel. É que sequer tenha cogitado usar sua prerrogativa presidencial para REVOGAR o Decreto de Bolsonaro que legalizou a privatização da estatal paranaense de energia, conhecida por sua eficiência como alavanca de desenvolvimento do Paraná. É surprendente porque foi amplamente informado que o Presidente Lula revogou 230 decretos de Bolsonaro, menos este da privatização da Copel. Consumada na última quinta, dia 10/8, a privatização da Copel leva consido, numa só tacada, outra estatal, a Compagas, pertencente à estatal de energia, agora de propriedade de fundos de capital estrangeiros. Numa única operação , o povo do Paraná e o Brasíl perderam duas ferramentas de desenvolvimento, essenciais neste momento crucial em que o Brasíl busca entrar na trilha da reindustrialização. A privatização da Copel, como a
da Eletrobrás, significa duro golpe ao modelo energético brasileiro, reconhecido mundialmente por sua característica renovável, e que foi elogiado, com justiça, pelo Presidente Lula em recente Fórum Internacional ocorrido na França, convocado pelo Presidente Macron, que reestatizou o sistema energético francês, seguindo tendência internacional, pois também a
Alemanha, Portugal e o México reestatizaram seus respetivos sistemas de elétricos nacionais. Enquanto se
registra essa tendência pela reestatização de sistemas elétricos e outros, seja em
razão dos fracassos trazidos pela privatização e por agudas questões de soberania nacional, o Brasíl segue o curso contrário aos sinais que vem do mundo, e
se desfaz de ferramentas de desenvolvimento e industrialização, mesmo quando reconhece a inegável prioridade da reindustrialização do País.