“Vamos tomar nosso quintal de volta”, diz secretário de Defesa dos EUA sobre América Latina

“Vamos tomar nosso quintal de volta”, diz secretário de Defesa dos EUA sobre América Latina
Publicado por
Diario do Centro do Mundo
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou na quinta-feira que o governo do ex-presidente Barack Obama é o responsável pela influência da China na América do Sul e Central, incluindo o Canal do Panamá.
“O governo Obama tirou os olhos do jogo e deixou a China simplesmente tomar conta de toda a América do Sul e Central, com sua influência econômica e cultural, fechando acordos com governos locais para obras ruins, vigilância e endividamento. O presidente [Donald] Trump disse: ‘Isso acabou, vamos retomar o nosso quintal’”, declarou Hegseth em entrevista à Fox News.
“A China não construiu esse canal. A China não opera esse canal. E a China não vai transformar esse canal em arma. Juntos, vamos retomar o canal da influência chinesa”, acrescentou.
O secretário afirmou ainda que participou da conferência de países da América Central e do Sul no Panamá para demonstrar o compromisso dos EUA em investir de formas que atendam aos interesses americanos em sua região de influência.
Donald Trump, anunciou o envio de tropas ao Panamá. A declaração foi feita durante uma reunião de gabinete transmitida ao vivo pela Casa Branca. “Deslocamos muitas tropas para o Panamá e ocupamos algumas áreas que antes eram nossas e tínhamos perdido. Mas agora, nós temos de volta. E acredito que está sob controle”, disse o republicano.
Hegseth também esteve presente na reunião e afirmou que a medida faz parte de um memorando assinado com o Ministério da Segurança do Panamá durante sua visita ao país nesta semana. “Eles querem os comunistas chineses fora. E com nossas tropas atuando junto das forças locais, temos a chance de expulsá-los completamente”, declarou Hegseth.
A administração Trump alega que o controle chinês sobre portos e outras infraestruturas pode servir para fins de espionagem. Sob pressão dos Estados Unidos, o Panamá já havia anunciado sua saída da Nova Rota da Seda, iniciativa chinesa de investimentos globais.
O aumento da presença americana na América Latina ocorre em meio a esforços de governos da região para se aproximarem diante dos tarifaços impostos por Trump. Ainda assim, há divisões. A Cúpula da Celac, realizada nos últimos dias em Honduras, terminou sem consenso. Argentina, Paraguai e Nicarágua não assinaram a declaração final.