Deputado que propôs cassar Glauber Braga por agressão já agrediu escritor na Câmara

Deputado que propôs cassar Glauber Braga por agressão já agrediu escritor na Câmara

Deputado que propôs cassar Glauber Braga por agressão já agrediu escritor na Câmara

Sobrinho de ACM, Paulo Magalhães deu soco e pontapés em autor de livro contra o tio

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O deputado Paulo Magalhães é contido por colegas após agredir escritor na Câmara, em 2001
O deputado Paulo Magalhães é contido por colegas após agredir escritor na Câmara, em 2001 — Foto: Gustavo Miranda/4-5-2001

 

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) está ameaçado de perder o mandato por agredir um militante do MBL que xingou sua mãe de “corrupta” e “safada”.

Ele deu empurrões e pontapés em Gabriel Costenaro, que costuma aparecer em eventos da esquerda de celular em punho para causar tumulto e viralizar nas redes sociais.

No ano passado, Costenaro usou essa tática para se projetar como candidato a vereador do Rio pelo Partido Novo. Ele teve pouco mais de 12 mil votos e não conseguiu se eleger.

Nesta quarta, em reunião tumultuada do Conselho de Ética da Câmara, o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) apresentou relatório a favor da cassação de Glauber.

Ele sustentou que o deputado do PSOL quebrou o decoro parlamentar ao expulsar o militante do MBL da Câmara com empurrões e pontapés.

É certo que nenhum parlamentar deve recorrer à violência, ainda que tenha sido provocado. Mas esta não foi a primeira vez em que a Câmara viu cenas de pugilato.

Em 2001, outro deputado precisou ser contido após dar um soco e trocar pontapés com um jornalista e escritor na Câmara. Curiosamente, o agressor se chamava... Paulo Magalhães.

O congressista partiu para cima do conterrâneo Maneca Muniz. O escritor estava em Brasília para lançar um livro com denúncias contra seu tio famoso, o então senador Antonio Carlos Magalhães.

O caso levou Magalhães, o sobrinho, à primeira página do GLOBO de 5 de abril de 2001. A manchete informava: “Socos e pontapés na Camara. Deputado baiano agride jornalista para defender ACM”.

Apesar da repercussão do episódio, nada aconteceu a Paulo Magalhães. Hoje o deputado exerce o sétimo mandato consecutivo e é titular do Conselho de Ética.

Moral da história: Na Câmara, pontapé nos outros é refresco.

 

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