Manifestação contra Bolsonaro em Brasília destaca inflação e desemprego

Seis centrais sindicais e sete partidos de oposição se reuniram para protestar contra o presidente e o governador do DF, Ibaneis Rocha

Manifestação contra Bolsonaro em Brasília destaca inflação e desemprego

1º DE MAIO

Manifestação contra Bolsonaro em Brasília destaca inflação e desemprego

Seis centrais sindicais e sete partidos de oposição se reuniram para protestar contra o presidente e o governador do DF, Ibaneis Rocha

Por LUCYENNE LANDIM | O TEMPO BRASÍLIA

 

Manifestação contra o governo aconteceu na Asa Norte, em Brasília, neste domingo

Manifestação contra o governo aconteceu na Asa Norte, em Brasília, neste domingo

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Foto: Lucyenne Landim

Uma manifestação contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi realizada em Brasília (DF), na manhã deste domingo (1º). O ato aconteceu no Eixão Norte, via expressa localizada a cerca de 6 quilômetros do Congresso Nacional, onde estavam concentrados apoiadores de Bolsonaro. Também houve um ato a favor do presidente na Esplanada dos Ministérios, com a participação do chefe do Executivo.

No caso do ato oposicionista, seis centrais sindicais e sete partidos (PSB, PCdoB, PSOL, PV, PCB, PSTU e UP ) se reuniram para pedir a saída de Bolsonaro e do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB). De acordo com a organização, entre 600 e mil pessoas compareceram.

O grupo apresentou como pauta o fim da inflação, mais empregos e renda e a revogação de normas, como o teto de gastos públicos e a reforma trabalhista. Também houve a defesa pelo fortalecimento da democracia e dos direitos sociais e pela valorização do salário mínimo, aposentadoria digna e de servidores.

De acordo com o movimento, o aumento do preço dos combustíveis, do gás de cozinha e das tarifas de água, energia e do transporte público piorou a condição de vida dos brasileiros. O grupo cita, ainda, que a alta dos preços dos alimentos e a taxa de desemprego têm transformado o cotidiano das pessoas em uma luta incansável contra a fome e pela sobrevivência.

O presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Flauzino Antunes, destacou que o ato no Dia do Trabalhador simboliza a necessidade de uma reflexão sobre a “luta diária em relação ao capital, aos direitos, aos empregos, à democracia e à vida”.

“Coisas óbvias que a gente tem que ressaltar para que o povo brasileiro se atente contra o governo do genocida que está no Palácio do Planalto, porque ele negou a ciência, negou a doença [Covid-19], negou os direitos trabalhistas e os empregos, e quer acabar com a democracia. Precisamos ser a voz da resistência contra o genocida do Bolsonaro”, declarou.

“Há falta de investimento na educação e na ciência. Os servidores não estão sendo valorizados, [Bolsonaro] acabou com a reforma agrária, acabou com os empregos, e ainda fala que a culpa é nossa. É absurdo o que o Bolsonaro faz com os trabalhadores”, acrescentou Antunes.

O presidente do PCdoB no Distrito Federal, João Goulart Filho, destacou que o Brasil precisa se libertar de um governo que impõe o regime popular, relembrando a ditadura que teve início em 1964 e amplamente defendida por Bolsonaro.

“Nós temos perdido muitos daqueles direitos que tínhamos anteriormente à reforma trabalhista. Temos que ter muita esperteza, tirar o Bolsonaro, que está fazendo novamente a filosofia militar para dentro de nossa pátria. A filosofia dos canhões, das armas, da tortura e da morte. Vamos lutar por um país novo”, frisou Goulart.

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