Manchetes de domingo, 25 de setembro de 2022

Manchetes de domingo, 25 de setembro de 2022

Manchetes de domingo, 25 de setembro de 2022

Resumo de domingo, 25 de setembro de 2022 

 

Edição de Chico Bruno  

 

Manchetes de domingo, 25 de setembro de 2022 

 

Valor Econômico – Não circula hoje

 

FOLHA DE S.PAULO – Otimismo com economia é o maior no governo Bolsonaro

 

O GLOBO – Força eleitoral de Bolsonaro diminui em 15 estados e no DF

 

O ESTADO DE S.PAULO – Corrupção, orçamento secreto e ataques a Lula e Bolsonaro marcam debate

 

CORREIO BRAZILIENSE – Lula ausente e Bolsonaro são alvos em debate vazio 

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Sensação de otimismo - O percentual de eleitores que acham que a situação econômica do país melhorou nos últimos meses igualou o melhor momento do governo de Jair Bolsonaro (PL), e as expectativas positivas para os próximos meses são as mais elevadas desde o início do mandato do presidente, segundo pesquisa Datafolha. O levantamento, realizado entre os dias 20 e 22, também aponta o maior índice dos que consideram que a situação pessoal melhorou desde o início da série, em 2015. A situação econômica do país ficou mais favorável nos últimos meses para 3 em cada 10 eleitores (28%), mesmo índice aferido antes da pandemia, em dezembro de 2019, e a sensação de melhora também vem aumentando ao longo do segundo semestre. Em agosto, 25% viam a trajetória da economia brasileira de forma positiva, e 15% pensavam assim em junho. Essa percepção otimista, às vésperas das eleições, é maior entre os homens (35%), aqueles com mais anos de estudo (35%) e os mais ricos —com renda familiar acima de dez salários mínimos (46%).

 

Queda em relação a 2018 - Levantamento d0 GLOBO comparando os votos computados para Jair Bolsonaro no primeiro turno em 2018 com os índices dos votos válidos medidos pelas últimas pesquisas do Ipec mostra uma queda no desempenho do presidente em pelo menos 15 estados e no Distrito Federal. A desidratação é puxada, principalmente, pelo Sudeste, região que concentra os três maiores colégios eleitorais e será foco das campanhas na reta final. O Rio onde começou sua carreira política, é o lugar em que o candidato do PL  perdeu mais adesão. Há quatro anos, Bolsonaro teve 60% dos votos no estado, já no primeiro turno. Hoje ele tem 36% das intenções de voto na pesquisa estimulada e, 40% dos válidos.   

 

Debate com pouca audiência - A uma semana do primeiro turno da eleição, os candidatos à Presidência da República protagonizaram um espetáculo de baixa qualidade no debate promovido pelo Estadão e a Rádio Eldorado, em parceria com SBT, CNN Brasil, Veja e NovaBrasil FM. A nota mais lamentável coube a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não compareceu ao confronto de ideias contra Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União), Felipe D’Ávila (Novo) e Padre Kelmon (PTB). Durante mais de duas horas, os presidenciáveis atacaram duramente a ausência de Lula, criticaram o governo Bolsonaro e pouco contribuíram para promover um debate qualificado.

 

Pesquisa que aponta Bolsonaro na liderança destoa das demais - Uma pesquisa usada por bolsonaristas indica um resultado que contraria a tendência de todos os outros principais levantamentos realizados no Brasil. Nesta sexta-feira, 23, a Brasmarket publicou uma amostra que exibe o presidente Jair Bolsonaro (PL) na liderança, com 43% das intenções de voto ante 28% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Todas as demais pesquisas recentes indicam que o ex-presidente Lula está na frente na disputa para o Palácio do Planalto tanto no primeiro como no segundo turno. Algumas delas indicam a possibilidade do petista em arrematar a eleição ainda no dia 2 de outubro. É o caso das pesquisas Datafolha, Ipec, Ipespe e Quaest. Levantamentos realizados pelas empresas e institutos indicam uma liderança do petista na pesquisa estimulada que varia de 44% a 47%. Bolsonaro tem de 31% a 35% das intenções de voto. Em todas elas, o ex-presidente tem uma vantagem de pelo menos oito pontos porcentuais ante o candidato à reeleição. O agregador de pesquisas do Estadão também revela cenário diferente. Ele usa 14 institutos de pesquisa que acompanhavam a corrida eleitoral desde o ano passado e nenhum deles aponta liderança de Bolsonaro. Todos mostram a vitória de Lula no primeiro e no segundo turno. Até esta sexta-feira, a Media Estadão Dados aponta que Lula tem 51% dos votos válidos ante 36% para o incumbente. Uma primeira pesquisa da empresa divulgada há 15 dias foi patrocinada pela Associação dos Supermercados do Rio, na qual Bolsonaro aparecia na liderança, mas em nota, a Abras nacional afirmou que “não tem nenhuma ligação com a pesquisa divulgada pelo instituto Brasmarket”.

 

Mensagens incitam invasões ao Congresso e STF - Paranaenses relataram neste sábado, 24, o recebimento de mensagens de texto pelo celular incitando simpatizantes do presidente e candidato, Jair Bolsonaro (PL), a invadir o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) no caso dele não conseguir a reeleição no primeiro turno. “Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senão, vamos à rua para protestar! Vamos invadir o Congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nós!!”, diziam as mensagens de SMS disparadas de um número de telefone antes usado para comunicações de serviços digitais do Departamento de Trânsito do Paraná, o Detran, e pelo sistema chamado Paraná Inteligência Artificial, o PIA. A Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) confirmou o disparo das mensagens, mas declarou que o serviço foi feito a partir de uma empresa terceirizada. Segundo a companhia, a questão já está sendo apurada internamente e serão tomadas “todas as medidas para encontrar os responsáveis”. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou as mensagens. “No Paraná, estão mandando informações mentirosas por mensagem para as pessoas. Como fizeram com o Haddad em 2018″, disse o petista. “Eu não vou fazer o jogo rasteiro deles”, disse durante comício em Itaquera, na zona leste de São Paulo.

 

Padre Kelmon ofusca ausência de Lula - Antes do início, a marca do debate deste sábado era a ausência de Lula. No final, a principal novidade foi a presença caricata de Padre Kelmon, e os memes gerados pelas várias cotoveladas e direitos de resposta entre os candidatos. A campanha de Lula já está aproveitando nas redes a pergunta-charada de Soraya (“o que é, o que é”) tripudiando de Bolsonaro. Lula não ganhou estando fora, deixando o púlpito vazio, mas arriscou muito menos do que se estivesse diretamente envolvido nas discussões, e exposto à dobradinha entre Bolsonaro e Kelmon. Simone e Ciro, mais uma vez, aproveitaram a oportunidade para chamar a atenção. Suas candidaturas podem ganhar mais um sopro nos últimos dias antes do primeiro turno, o que pode dificultar as análises sobre as chances cada vez maiores, mas ainda improváveis, de Lula ganhar em primeiro turno. 

 

Cálculos políticos - Até o último minuto, alguns lulistas não se conformavam com a ausência do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, no debate do SBT, CNN, Estadão e outras empresas de comunicação. Afinal, muitos avaliam que a ausência nesses confrontos foi determinante para levar a eleição a um segundo turno, em 2006. Na época, Lula rejeitou os debates, porque não queria ser exposto a ter que responder sobre o mensalão — e sabia que seria o principal alvo dos candidatos. Desta vez, faltando uma semana para o pleito, não seria diferente e não foi. Os petistas que apoiaram a ausência no debate, porém, acreditam que, agora, está diferente daquele clima de 2006. A avaliação é de que se Lula derrapasse no encontro com os adversários, poderia quebrar o clima de “Diretas Já” que os petistas pretendem criar como uma onda daqui até o próximo domingo, a fim de fechar o jogo no primeiro turno.

 

Após derrubar censura, Mendonça nega pedido para investigar Bolsonaro - O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, neste sábado, 24, pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus familiares para apurar possível lavagem de dinheiro na compra de imóveis com dinheiro vivo. Os dados sobre transações imobiliárias da família Bolsonaro foram publicados em reportagem publicada pelo UOL. Na sexta, Mendonça, indicado à Suprema Corte pelo atual presidente, havia derrubado a decisão que determinou que a publicação fosse retirada do ar. Ao negar o pedido para abertura de investigação contra Bolsonaro e familiares, o ministro afirmou que a solicitação não apresentou “meios de prova minimamente aceitáveis”. O requerimento foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) com base estritamente na reportagem do UOL. A matéria trouxe uma série de informações sobre compras de imóveis por parte de familiares do presidente e levantou o debate sobre a prática de movimentar grandes quantias em espécie. Para André Mendonça, abrir uma investigação somente a partir da reportagem seria “medida temerária” e poderia levar à “indevida substituição da autoridade policial e do membro do Ministério Público pelos veículos de imprensa”.

 

Bolsonaro atropela lei com farra de distribuição de bens e serviços - De graça ou em troca de mandioca, ovos ou peixes, o governo Jair Bolsonaro (PL) distribuiu milhares de equipamentos, máquinas, veículos e serviços no ano das eleições, violando a lei eleitoral e a Constituição, ao desequilibrar a disputa entre os candidatos pelo país. A Folha analisou dezenas de documentos de doações e encontrou desde casos mais flagrantes de violação à legislação até situações em que as bondades com o dinheiro público acabam beneficiando indiretamente pessoas previamente escolhidas e indicadas com nome e CPF. Só na Bahia, em 2022, a estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) entregou mais de 5.000 caixas d’água a entidades e associações apadrinhadas por políticos autores de emendas parlamentares. Especialistas ouvidos pela reportagem afirmaram que as entregas ilegais e inconstitucionais podem desestabilizar o jogo eleitoral, e os políticos favorecidos, ter a candidatura ou o mandato cassados. A legislação impede a distribuição gratuita de bens e de serviços nos anos eleitorais, exceto nas situações de emergência ou de programas sociais em andamento. A realização das doações está turbinada por bilhões de reais recebidos pela Codevasf por meio de emendas de relator no governo Bolsonaro, repartidas por critérios políticos e que permitem a congressistas mais influentes abastecer seus redutos eleitorais. Só neste ano, os empenhos em equipamentos pela estatal já beiram R$ 300 milhões, mais do que todo o valor empenhado de 2010 a 2018, antes da era Bolsonaro. Em 2021, o total foi de R$ 942 milhões. Ao analisar as distribuições, a Folha encontrou situações em que as doações foram gratuitas e por isso descumpriram a lei eleitoral. Nesses casos também chamam a atenção o fato de a Codevasf ter se voltado a entidades assistenciais, apesar de sua vocação histórica ser a de desenvolver projetos de irrigação no semiárido brasileiro.

 

Bolsonaro usa nova gafe de Lula para atacá-lo - O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou uma nova gafe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para atacá-lo em discurso na manhã deste sábado em Campinas (SP). "Sou caipira, sou capiau do interior, mas não sou ignorante como esse ladrão", disse o presidente em comício no centro da cidade, diante de milhares de apoiadores. Na última quinta-feira, Lula se referiu a Bolsonaro, seu principal adversário na corrida eleitoral, como "ignorante" e associou esse termo ao "capiau do interior de São Paulo", em mais um deslize do petista na campanha eleitoral. As declarações de Lula foram dadas em sabatina com o apresentador Ratinho, no SBT, num momento em que Lula criticava o atraso do governo Bolsonaro na compra de vacinas da Covid-19. Antes do evento, locutores reforçaram bastante as críticas a Lula pela fala.

 

Lula ataca Bolsonaro em Itaquera - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário na corrida eleitoral, em comício na noite deste sábado (24) em Itaquera. No mesmo momento, a 51 km de onde Lula discursava, os seus adversários nas eleições participavam de debate presidencial no SBT. Na sexta (23), o ex-presidente confirmou sua ausência no evento e alegou dificuldades de agenda e necessidade de preparação. Em sua fala, Lula criticou as declarações de Bolsonaro de que o petista é ladrão e afirmou que, se ganhar as eleições, irá acabar com os decretos de sigilo de 100 anos do chefe do Executivo. "Todo dia ele fala: 'Eu não sou ladrão'. Ele vai ver se é ladrão ou não quando eu tomar posse e acabar com esse sigilo. Qualquer coisinha, ele faz um decreto de sigilo de 100 anos. Vou acabar no primeiro dia com isso, para [a gente] ver o que está escondido", disse. No debate presidencial deste sábado, Bolsonaro voltou a atacar Lula e afirmou: "Eu falo alguns palavrões, mas não sou ladrão". No comício em Itaquera, o ex-presidente disse ainda que Bolsonaro precisa "lavar a boca" ao falar do PT e citou o caso da compra de imóveis em dinheiro vivo pela família do presidente.

 

Comida é principal destino de dinheiro do Auxílio Brasil - A tentativa de assegurar a alimentação da família faz com que 76% dos beneficiários do Auxílio Brasil utilizem o benefício para, principalmente, colocar comida dentro de casa, de acordo com pesquisa Datafolha dos dias 20 a 22 de setembro. Apesar dos esforços do governo para baixar os preços dos combustíveis, isso não teve impacto direto sobre os gastos dos beneficiários, de acordo com a pesquisa. Os níveis recordes de endividamento das famílias também fazem com que 11% utilizem o auxílio para pagar dívidas, em primeiro lugar. Em seguida, são mencionadas a compra de remédios (6%) e a aquisição de gás de cozinha (2%); outros gastos são citados por 5%. No levantamento, 24% dos entrevistados disseram que alguém da casa recebe o Auxílio Brasil, e 7% afirmaram receber o Vale-Gás federal. O eleitorado petista segue resistente entre os beneficiários do programa: 59% dizem que irão votar no ex-presidente Lula, 26%, em Bolsonaro, 5%, em Ciro Gomes (PDT), e 3%, em Simone Tebet (MDB).

 

Motociata com Bolsonaro teve 2.346 máquinas -  A motociata deste sábado (24) em Campinas (SP) com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) reuniu cerca de 2.346 motos, segundo sistema de monitoramento da concessionária Rota das Bandeiras. O Sistema de Análise de Tráfego registrou a passagem dos veículos na rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), em Campinas, interior de São Paulo. A Polícia Militar deslocou 285 policiais e 102 viaturas para acompanhar a motociata. O encontro marca o último fim de semana de campanha. O primeiro turno das eleições será no próximo domingo, 2 de outubro.

 

Restabelecido mandato do vereador - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso restabeleceu em decisão proferida na noite de sexta-feira (23) o mandato do vereador Renato Freitas (PT), de Curitiba. O parlamentar havia sido cassado sob acusação de quebra de decoro após participar de uma manifestação que invadiu a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, em fevereiro. O ato protestava contra os assassinatos do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe e de Durval Teófilo Filho. A manifestação suscitou denúncias de interrupção da missa e desrespeito ao sagrado, o que o vereador sempre negou, e levou a um processo de investigação na Câmara Municipal. O vereador teve seu mandato cassado em 22 de junho, por 25 votos favoráveis, cinco contrários e duas abstenções, e foi substituído pela suplente Ana Julia Ribeiro (PT). A decisão, porém, foi suspensa pela Justiça por desrespeito ao processo legal de tramitação e ele reassumiu o posto. Pouco tempo depois, no dia 5 de agosto, a Câmara votou novamente pela perda do mandato. Por 23 votos a 7, Freitas foi cassado pela segunda vez. Na decisão desta sexta (23), o ministro Barroso afirmou que a Câmara Municipal de Curitiba não seguiu os 90 dias corridos para análise do caso, conforme o Decreto-Lei nº 201/1967. Ao contrário, adotou um regimento municipal que estabelece o prazo prorrogável de 90 dias úteis, usurpando uma competência legislativa da União, a quem cabe definir as normas de processo e julgamento dos crimes de responsabilidade. Com a sentença, Freitas poderá também manter sua candidatura ao cargo de deputado estadual pelo Paraná. Procurada, a Câmara de Curitiba não respondeu até a publicação desta reportagem. Na decisão, o ministro disse também que a questão ultrapassa a discussão dos limites éticos da conduta de Freitas. Para Barroso, o caso envolve o "debate sobre o grau de proteção conferido ao exercício do direito à liberdade de expressão por parlamentar negro voltado justamente à defesa da igualdade racial e da superação da violência e da discriminação que sistematicamente afligem a população negra no Brasil".

 

Escada para Bolsonaro - A uma semana da eleição, o debate de ontem ainda conseguiu trazer uma novidade da disputa. Durante o programa, as buscas por “Quem é o padre Kelmon” dispararam na internet. A substituição do ex-deputado Roberto Jefferson como candidato do PTB fez seu primeiro debate na televisão, numa estreia em que chamou a atenção para o papel de linha auxiliar do presidente Jair Bolsonaro. Apesar de usar o apelido religioso, Kelmon não é de fato um padre. Como mostrou o blog da colunista Malu Gaspar em agosto, o baiano Kelmon Luís da Silva Souza, 45, diz ser ortodoxo, mas nunca foi sacerdote das igrejas da Comunhão Ortodoxa no Brasil. Ainda assim, celebra missas e batizados na Bahia e ganhou notoriedade em grupos conservadores por seu discurso belicoso anti-esquerda. Kelmon apareceu vestido no debate, com batina e crucifixo. Ele manteve a linha de ataques à esquerda, somando a ela uma defesa do governo Bolsonaro, em um discurso inusitado para um candidato da oposição. Sua primeira intervenção foi com o presidente, que lhe perguntou sobre a perseguição religiosa na Nicarágua, país que vive sob um regime autoritário de esquerda. Foi no terceiro bloco que a parceria com Bolsonaro se tornou mais explícita. Kelmon chegou a reclamar dos demais concorrentes, afirmando que estava ocorrendo um “massacre” contra o presidente e que o debate havia se transformado em uma disputa de cinco contra um. O presidente da República não fez algo de bom para o Brasil? Você só vê o mal. A posição de Kelmon agradou aos aliados presidenciais. No Twitter, o ex-secretário de Cultura Mário Frias disse que os dois “juntos” foram a melhor coisa do debate.

 

Lewandowski suspende ações da Lava Jato contra Paes - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira ações criminais e procedimentos investigatórios da Lava-Jato contra o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo e o deputado federal Pedro Paulo Carvalho (PSD) -RJ). O magistrado aplicou aos casos dos três políticos os efeitos da decisão que declarou a impossibilidade de servir de prova aos elementos obtidos no acordo de leniência com a Odebrecht. A medida estende-se à que foi tomada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo criminal da sede do Instituto Lula. Para conceder as prorrogações, Lewandowski constatou que as provas utilizadas para fundamentar o recebimento das denúncias foram obtidas nos sistemas Drousys e My Web Day B, utilizados no acordo de leniência celebrado pela Odebrecht. O ministro ressaltou que a situação fática apresentada nos pedidos é exatamente a mesma de Lula.