Lula dá sinais de fadiga e PT busca caminhos para a PEC do Estouro

Lula dá sinais de fadiga e PT busca caminhos para a PEC do Estouro

Lula dá sinais de fadiga e PT busca caminhos para a PEC do Estouro

Pressão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e aliados trava montagem de ministério

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito, e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito, e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos DeputadosRonaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo e Adriano Machado/Reuters

Da CNN

 

 

Conforme aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente eleito mostra fadiga com os pedidos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em troca de apoio para votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estouro. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.

Lira ofereceu a Lula o apoio de 150 deputados de diversos partidos. O presidente da Câmara havia pedido ao petista o comando do Ministério da Saúde, o que foi negado por ele e confirmado por membros da transição.

Ainda se falava no Ministério das Minas e Energia, bem como espaços no Banco do Brasil e na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Entretanto, depois do assunto vir à tona, dirigentes partidários se irritaram por Lira dizer ter pedaços de bancadas sem avisar. Com isso, ameaçaram não votar a PEC do Estouro.

O PT do Senado, que não é próximo a Lira, avisou a Lula que a lista de demandas dele não tem fim, e que na Casa Alta do Congresso Nacional a votação da medida foi resolvida em dois dias e com mais de 60 votos.

Na Câmara, pelo contrário, há uma demora e ela é justificada por falta de vontade política. Conforme um integrante da legenda, isso está beirando a “chantagem”.

Lula, por sua vez, está ficando irritado. O PT da Câmara, que é próximo do presidente da Casa, está indo para ou tudo ou nada na votação. E, caso haja um revés, será buscado um plano B, com uma medida provisória.

Um deputado de partido de centro, que faz parte da equipe de transição, questionou Lula sobre a terceirização a Lira sobre a busca para os votos. E deu a solução de que os parlamentares aliados podem buscar apoio sozinhos.

Outro deputado do PT disse que é muito perigoso afrontar Lira e que o revide dele pode ser pior. O presidente da Câmara ganhou uma estatura muito grande com o poder do orçamento secreto, abastecendo quem é próximo dele com bilhões de reais a partir de emendas e tendo força nas votações.

Diante do cansaço e pressa de Lula, deputados da transição começaram a entender que precisam de alternativas caso Lira siga esticando a corda. A ala do Senado, por outro lado, pretende medir forças com ele.

(*Publicado por Douglas Porto)