Por que a Lava Jato agiu nas sombras para tirar Requião do Senado?

Os deltanistas, que não chegaram a criar o desejado partido, ensaiaram lançar Deltan candidato ao Senado para impedir a eleição de Requião.

Por que a Lava Jato agiu nas sombras para tirar Requião do Senado?


DE: JORGE BAHIA



Os revoltosos deltanistas do bunker curitibano da Lava Jato que peitam a Procuradoria Geral da República,
com a qual recusam compartilhar “os seus dados”, são os que tentaram criar um proto-partido político financiado com R$ 2,5 bi do dinheiro “da operação” derivado de um butim criado por eles nos EUA (elementar meu caro Watson!) com “parte” (80%!) das multas do incrível acordo bilionário que a Petrobras, embora vítima de corrupção, fez com acionistas estadunidenses da empresa. Só gorou porque o STF (Alexandre de Moraes) interceptou o bote dos vaidosos e gulosos pop-stars da “Liga da Justiça” curitibana.

Os deltanistas, que não chegaram a criar o desejado partido, ensaiaram lançar Deltan candidato ao Senado para impedir a eleição de Requião.

O lavajatismo não teve peito de lançar Deltan candidato para tirar “o inimigo Requião” do Senado. Deltan não desceu para o play. A Lava Jato preferiu atuar malandra e sorrateiramente na campanha eleitoral de 2018. Às vésperas das eleições, os guerreiros lavajatistas plantaram dúvidas na opinião pública quanto à honestidade de Requião ao produzir a “notícia” de que o esquema de corrupção do criminoso pedágio que Jaime Lerner legou ao Estado teria atingido “os três últimos governos”; logo, também a gestão de Requião.

Requião lutou como um leão no governo. Indeferiu os pedidos de aumento do pedágio, que as concessionárias invariavelmente conseguiam afinal na Justiça. Moveu dezenas de ações contra as pedageiras. Lutou, enfim. Mas prevaleceu no Judiciário a regra da “pacta sunt servanda”, ainda que os contratos fossem criminosos para a economia popular.

A Lava Jato não apontou um único fato que legitimasse o anátema a Requião. Não indicou um único ato de corrupção do governo Requião, notório combatente contra a exploração das pedageiras. Mas o descarado consórcio incestuoso entre a Lava Jato e a mídia era a lei naqueles tempos bicudos. A imprensa era o departamento de comunicação social da Lava Jato. A Lava Jato não precisava fundamentar nada. O que Moro e Deltan falassem estava falado. E virava manchete na imprensa, o que mostra que as fake news não são uma invenção do ativismo bolsonarista nas redes sociais, que apenas embruteceu o esquema picareta de uma mídia associada ao tsunami udenista do lavajatismo. Não foi apenas a indústria nacional e centenas de milhares de empregos o que a Lava Jato destruiu. Acabou também com o que ainda havia de imprensa nacional.

A Lava-Jato, que passou o pano em Álvaro Dias, jamais investigado , tinha um objetivo claro: colocar Requião no mesmo pântano em que chafurdava Beto Richa para, com isso, derrotá-lo e favorecer o candidato de Dias ao Senado, Oriovisto Guimarães, milionário dono do conglomerado empresarial Positivo. À perfídia da fake-news lavajatista na grande imprensa somou-se imediatamente o criminoso esquema de fake news no Whats App montado contra Requião nas semanas que antecederam o pleito para tirar o velho nacionalista do parlamento. E conseguiram. As milhões de mensagens fake nas redes sociais fizeram Requião despencar do primeiro lugar nas pesquisas dias antes das eleições para o terceiro lugar quando as urnas abriram . Bem, as urnas eletrônicas são assunto para um outro artigo. O fato é que Requião ficou fora. E faz falta a sua inteligência excepcional e a sua voz tonitruante na Tribuna do Senado nestes tempos trevosos.

Bem, isso foi o que a Lava Jato fez para tirar Requião do Senado. Mas, por que? Afinal, por que tanto ódio da Lava Jato a Requião? Assista este discurso do valente paranaense na Tribuna do Senado, em 30 de setembro de 2015, e a resposta brotará límpida como água da fonte: Requião cobra retomada do caso Banestado, escândalo-matriz da corrupção no Brasil.

E falar de caso Banestado para a Lava-Jato é como falar de corda em casa de enforcado, né, Moro?