Após fuga em presídio de Mossoró, Lewandowski vive primeira crise na Justiça

Após fuga em presídio de Mossoró, Lewandowski vive primeira crise na Justiça
 

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Após fuga em presídio de Mossoró, Lewandowski vive primeira crise na Justiça

Na quarta-feira (14), houve a fuga de dois detentos da penitenciária federal de segurança máxima, o que levou a oposição a mirar críticas à política de segurança pública do governo Lula

Por Gabriela Oliva 

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Duas semanas após assumir o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ex-magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF), sucedendo Flávio Dino, se vê diante de sua primeira crise à frente da pasta. Na quarta-feira (14), ocorreu a fuga de dois detentos da penitenciária federal de segurança máxima localizada no Rio Grande do Norte. Eles foram incluídos na lista vermelha da Interpol.

Apesar de ter ordenado o afastamento da atual direção da penitenciária, nomeado o ex-diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR) Carlos Luis Vieira Pires para liderar a unidade e determinado a revisão dos protocolos de segurança em todas as cinco penitenciárias federais, a crise já está instalada.

A oposição ao governo Lula está pronta para capitalizar politicamente esse episódio em seus discursos, planejando explorar ainda mais o tema nas eleições municipais de 2024 para questionar a política de segurança da atual gestão. Essa foi a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal.

Parlamentares estão buscando convocar Lewandowski para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados sobre o ocorrido. Na tarde desta quinta-feira (15), o Secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, concedeu uma entrevista coletiva em Mossoró, onde afirmou: “Não daremos chance para outro evento como esse acontecer”.

Com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Egito, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou por meio de uma rede social que governo está “envidando todos os esforços” para capturar os fugitivos.

Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 34 anos, conhecidos como “Tatu” e “Deisinho”, respectivamente, e têm ligações com o Comando Vermelho, uma facção liderada por Fernandinho Beira-Mar.