Movimento de ‘gigantes’ da economia afeta campanha de Bolsonaro

Reação robusta de entidades que vinham se mantendo distantes preocupa núcleo político do governo

Movimento de ‘gigantes’ da economia afeta campanha de Bolsonaro

Movimento de ‘gigantes’ da economia afeta campanha de Bolsonaro

Reação robusta de entidades que vinham se mantendo distantes preocupa núcleo político do governo

FÁBIO ZAMBELI

SÃO PAULO

Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro. Crédito: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrentou uma resistência organizada e muito expressiva de setores importantes da economia ao discurso de questionamento das urnas eletrônicas. Duas das principais entidades empresariais do país, a Federação das Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que reúne a nata da indústria paulista, e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que agrega os principais bancos, preparam manifestos em defesa da democracia e em apoio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Essa reação robusta de entidades que vinham se mantendo distantes da corrida presidencial preocupou e muito o núcleo político do governo, que vem ensaiando uma tentativa de armistício com a Justiça Eleitoral. Ministros, mais uma vez, buscam baixar a tensão entre os Poderes na medida em que cresce a convocação de Bolsonaro para as manifestações previstas para o 7 de Setembro –que devem ter um forte apelo contra o Judiciário.

Enquanto isso, o presidente segue na tentativa de se recuperar nas pesquisas, agora com novo corte no preço dos combustíveis, mais uma vez autorizado pela nova gestão da Petrobras, bastante alinhada ao Planalto. O governo trabalha ainda para acelerar os primeiros pagamentos do Auxílio Brasil de R$ 600. O calendário foi antecipado em 10 dias para que os efeitos apareçam mais rapidamente na campanha à reeleição.

 

Na campanha do ex-presidente Lula (PT), que permanece à frente nas pesquisas, novidades no campo da economia: o petista começou a apresentar com mais detalhes o seu plano para um eventual governo. Acenou ao mercado prometendo um novo marco fiscal para substituir o teto de gastos, sinalizou que pretende abraçar uma reforma tributária, caso eleito, e admitiu que pode ter um técnico no Ministério da Economia, desde que tenha perfil político e saiba dialogar com o Congresso.

terceira via, que vive sob permanente ameaça, agora tem nome e sobrenome: a senadora Simone Tebet (MDB) superou os entraves no seu partido e foi homologada pelos convencionais. Ela será a candidata do bloco que também conta com o PSDB e o Cidadania. Tebet, pontuando mal nas pesquisas, terá agora a árdua missão de decolar numa campanha marcada pela polarização.