Para Bolsonaro e Tarcísio de Freitas Governar é vender estradas, portos, trens, aeroportos e importar petróleo gasolina, gás e diesel para vender combustível a preço vil aos brasileiros

Para Bolsonaro e Tarcísio de Freitas Governar é vender estradas, portos, trens, aeroportos e importar petróleo gasolina, gás e diesel para vender combustível a preço vil aos brasileiros

Tarcísio de Freitas e o lucrativo Balcão de Negócios dos Leilões da Logística de Transportes no Brasil

Para Bolsonaro e Tarcísio de Freitas Governar é vender estradas, portos, trens, aeroportos e importar petróleo gasolina, gás e diesel para vender combustível a preço vil aos brasileiros

 

Tarcísio de Freitas e o lucrativo Balcão de Negócios dos Leilões da Logística de Transportes no Brasil

 

“Governar é abrir estradas" era o lema da campanha de Washington Luis em 1920, mas para Bolsonaro e seu Ministro Leiloeiro - Tarcísio de Freitas - Governar é vender estradas, portos, aeroportos, trens e importar dos EUA petróleo, gasolina, gás, diesel, até álcool, para vender a preço vil aos brasileiros e engordar com lucros abusivos bancos e cartéis. Tarcísio de Freitas - deixou o cargo de Ministro para se candidatar ao Governo de São Paulo, com os menores investimentos públicos em rodovias, portos e aeroportos das últimas décadas e com a pior gestão no Ministério de Infra Estrutura. Prometeu vender 320 bilhões em concessões, vendeu 90bi nos 3 anos e meio que esteve a frente do ministério, sem conseguir realizar os leilões ilegais que organizou e que prometia para o setor privado, abandonou o martelo de leiloeiro de Bolsonaro para se candidatar a Governador Leiloeiro em São Paulo. Em seu lugar no ministério de Infra Estrutura nomeou o Marcelo Sampaio, para seguir alimentando seus esquemas de apoio para a eleição Tarcísio/Bolsonaro. O novo Ministro Leiloeiro de Bolsonaro em sua página do LinkedIn comemorou sua assunção ao cargo de Ministro: “A passagem de bastão (ou melhor, de martelo) vem acompanhada de responsabilidade, mas também de muita alegria pelo sucesso dessa parceria com o amigo Tarcísio Freitas. Um trabalho reconhecido por todo o Brasil. Um novo ciclo começa, e o nosso comprometimento no MInfra segue o mesmo”, deixando claro que não se trata de fazer obras de infra estrutura novas, que o país tanto precisa, mas de vender a infra estrutura que já existe e prometer, sem entregar as concessões tão sonhadas para alguns cartéis do setor privado, que já não se entusiasmam tanto com as promessas não cumpridas, andam se queixando muito os tais empresários interessados em abocanhar patrimônios ou explorar concessões monopolistas no setor. Apontado como o candidato bancado pelo dono da Cosan e sócio da Shell no Brasil, Ometto nega, e alega as promessas não cumpridas de entrega dos terminais portuários de Santos que ainda se encontram travadas em disputas judiciais. Ometto é um dos maiores empresários do país e dono do Grupo Cosan, responsável pelas empresas Raízen, Moove, Comgás e Rumo. Interessado no maior leilão de arrendamento portuário, com duas áreas destinadas a combustíveis no porto de Santos, que receberão cerca de R$ 1 bilhão em melhorias por parte do setor privado, em 19 de novembro, e a concessão das rodovias BRs 381 e 262, em Minas Gerais e Espírito Santo, marcada para 20 de dezembro com mais R$ 7 bilhões a serem aportados ao longo do contrato. Ometto queixa-se do descumprimento das promessas de Tarcísio de Freitas, já que uma derrota de Bolsonaro pode por a perder seu interesse. Enquanto Bolsonaro alimenta com lucros exorbitantes os acionistas da Petrobras e sufoca caminhoneiros e produtores encarecendo os custos da logística, Ometto esperava abocanhar o terminal portuário de Santos para continuar importando gás e gasolina dos EUA, que se tornam lucrativos no Brasil por conta dos preços abusivos que Bolsonaro garante com du política de preços de paridade internaiconal e seus presidentes na Petrobras, que desgastam a empresa e a preparam para entregar de vez e o nosso petróleo, na privatização da maior e mais importante empresa brasileira de energia. Como bem demonstra o gráfico da evolução dos investimentos em infraestrutura de transportes do boletim da CNT, o candidato bolsonarista ao governo de SP, Tarcísio de Freitas não é, e nem nunca foi, o tocador de obras públicas, muito menos fiscal dos abusos e da corrupção no setor, é tocador de leilões de má qualidade de privatização da infra estrutura de transportes, facilitador dos negócios para as empreiteiras e fundos financeiros que expropriaram e querem controlar a logística de transportes no Brasil. Seu maior negócio a frente do Ministério foi expandir e garantir mais 35 anos de concessão para a CCR na exploração de pedágios com lucros gigantescos. Em discurso em novembro de 2021 o Leiloeiro Tarcísio de Freitas anunciava que desde 2019, o primeiro ano da atual gestão do MInfra, já ocorreram 79 leilões de infraestrutura que transferiram à iniciativa privada ativos do setor de transportes. Claro que o relato do Leiloeiro Tarcísio não diz quanto vale o ativo transferido ao setor privado, muito menos o que será arrecadado pelo concessionário nos 30 ou 35 anos em que este ativo público, construído com orçamento público ficará cobrando aviltantes pedágios a serviço do lucro privado. Registra apenas o Leiloeiro Tarcísio o que será “investido” ao longo de três décadas pelo concessionário: Ao todo são mais de R$ 90 bilhões, somando os investimentos contratados, ou seja, algo em torno de 3 bilhões por ano, e alardeia a perspectiva de abertura de 1,2 milhão de novos postos de trabalho ao longo dos “próximos” anos. Na pior gestão em infraestrutura, a promessa do Leiloeiro Tarcísio era de vender: 34 aeroportos, 33 arrendamentos portuários, 99 autorizações para terminais privados, seis ferrovias e seis rodovias. Leilões de mais de 21 mil quilômetros de rodovias federais; desestatização da Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa) e do Porto de Itajaí (SC); de 16 terminais aéreos, incluindo Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), além das novas licitações dos aeroportos de Viracopos (SP) e de Natal (RN), entre outros. Também estavam previstos projetos rodoviários, como o das BRs 116, 493 e 465, entre Rio de Janeiro e Governador Valadares (MG), e das rodovias integradas do Paraná. Entre os principais ativos na carteira do MInfra estão os 16 aeroportos que vão a leilão na sétima rodada, prevista para 2022. São três blocos que preveem investimentos de quase R$ 8,5 bilhões. O Bloco RJ-MG tem Santos Dumont e Jacarepaguá (RJ), e Uberlândia, Montes Claros e Uberaba (MG); Bloco SP-MS-PA é formado por Congonhas e Campo de Marte (SP), Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã (MS), e Santarém, Marabá, Carajás e Altamira (PA); enquanto Belém (PA) e Macapá (AP) estão no Bloco Norte 2. “O Governo Federal já leiloou 34 aeroportos. Até o fim de 2022, a previsão é fazer a concessão de mais 16 aeroportos. Ou seja, em três anos, nós teremos feito 50 leilões de aeroportos”, afirmou Tarcísio. “Este é o governo que mais assinou contratos de adesão para terminais privados”, acrescentou o ministro. Desde 2019, 99 contratos de arrendamento de terminais de uso privado (TUPs) foram firmados. Ainda neste ano deve ser lançado o primeiro edital de desestatização portuária, da Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa), com previsão de R$ 783 milhões em investimentos privados e em fase final de avaliação pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A expectativa é que o leilão ocorra no primeiro semestre de 2022. O ROADSHOW DO LEILOEIRO TARCÍSIO O maior programa de concessões do mundo foi apresentado a investidores na Europa e no Oriente Médio Durante 10 dias antes de deixar o MINFRA, o ministro da Infraestrutura reuniu-se com operadores e fundos soberanos (estatais) em encontros marcados para Paris, Milão, Madri, Abu Dhabi e Dubai. ”Chegou a vez do roadshow promovido pelo Ministério da Infraestrutura sobre o maior e mais sofisticado programa de concessões de infraestrutura de transportes que passou pela Europa e pelo Oriente Médio”. No início de outubro de 2021, Tarcísio Freitas esteve durante cinco dias em Nova Iorque, reunido com investidores, executivos de instituições e fundos financeiros para fazer um balanço do programa de concessões do MInfra. Na Europa, o objetivo foi conversar com os principais operadores de infra do mundo, entre empresas que já atuam no Brasil e empresas que estão interessadas em conhecer o portfólio de concessões do governo federal. O período coincidiu com o intervalo de leilões programados na Super Infra, temporada de grandes concessões promovida pelo MInfra. “É sempre importante conhecer, apresentar e ouvir as demandas do mercado. Em cinco dias nos Estados Unidos, foi possível nos reunirmos com mais de 40 grupos de investidores diferentes, e não será diferente nessa passagem pela Europa e pelo Oriente Médio. A gente percebe o grande interesse pelo pacote de infraestrutura brasileiro”, avaliou o ministro. Desde 2019 até aqui, quase R$ 90 bilhões já foram contratados para o incremento da logística nacional com as concessões de 34 aeroportos, seis rodovias, seis ferrovias – entre concessões, renovações e investimento cruzado –, 31 arrendamentos, além de autorizações para 99 terminais de uso privado. O grande negócio de outubro a dezembro de 2021, o Governo Federal, através do MInfra, realizou a Super Infra, uma temporada de leilões que pretendia atrair cerca de R$ 23,5 bilhões em investimentos privados ao setor de transportes. Vencido pelo grupo CCR, o mesmo grupo que já administrava a rodovia desde 1999, o primeiro certame garantiu quase R$ 15 bilhões em investimentos na rodovia Dutra/Rio-Santos, em 29 de outubro para os próximos 30 anos, ou seja uma média de meio bi por ano. O lucro atribuído aos controladores da CCR somou R$ 695,6 milhões em 2021, um salto em relação aos R$ 191 milhões registrados no ano anterior, que foi bastante impactado pela pandemia. Para termos idéia do que significa o negócio bilionário de abocanhar as rodovias construídas com orçamento público e administradas pelo setor privado vamos ver os resultados da administradora da rodovia Dutra que liga RJ a SP e que permitiu que a CCR se transformasse em uma das maiores operadoras de rodovias pedagiadas, aeroportos e linhas de trem. CCR: impostos aumentam e lucro da companhia quintuplica no 1º trimestre de 2022 Assim foi noticiado o boletim da CCR, empresa prestadora de serviços de concessões rodoviárias, divulgou seu balanço financeiro referente ao primeiro trimestre deste ano. O lucro líquido da companhia quintuplicou no período, somando R$ 3,45 bilhões. O resultado foi 401% maior que os R$ 688,9 milhões anotados nos três primeiros meses de 2021. Segundo a CCR, os números foram impulsionados pela maior coleta de impostos no período. Ao considerar o lucro líquido ajustado na mesma base comparativa, ou seja, levando em conta o início de operações nas linhas 8 e 9 da CPTM, começo da arrecadação da ViaCosteira e o fim do contrato de concessão da RodoNorte, a empresa apresentou um prejuízo de R$ 89,3 milhões ante R$ 204,2 milhões de lucro no primeiro trimestre do ano passado. Impulso da AutoBan - Sistema Anhanguera Bandeirantes em SP A receita líquida da CCR somou R$ 8,01 bilhões entre janeiro e março de 2022, uma alta de 133,1% na comparação com igual período de 2021. O destaque ficou com o sistema rodoviário AutoBan, que teve uma receita de R$ 5,3 bilhões e impulsionou os resultados da companhia. Na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado, o tráfego de veículos consolidado registrou avanço de 5,6%. Enquanto isso, o número de passageiros transportados nos aeroportos apresentou alta de 92,4% na mesma base. E total de passageiros transportados nos negócios de mobilidade teve crescimento de 92,8%. No primeiro trimestre, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado atingiu R$ 6,9 bilhões, um resultado 176% maior que os R$ 2,5 bilhões anotados no mesmo período de 2021. Ou seja, o resultado cresceu duas vezes mais do que o número de passageiros transportados nos aeroportos e quase trinta vezes mais do que o número de veículos que passaram pelas estradas pedagiadas do grupo. O Ebitda total foi impulsionado pela alta de 477,6% no Ebitda de rodovias, que foi responsável pela fatia de R$ 6,4 bilhões. A margem Ebitda avançou 13,4 pontos percentuais no comparativo anual, a 86,2%. Esse é o negócio bilionário que Bolsonaro e Tarcísio alimentam e pretendem expandir se eleitos em 2022. Seguir vendendo o que foi duramente construído por mais de um século por gerações de brasileiros com dinheiro público. Deles só se pode esperar mais custos para a produção nacional, mais importação, dependência dos monopólios e cartéis em detrimento do progresso e desenvolvimento da Nação.

Miguel Manso Engenheiro Eletrônico formado pela EESC- USP