China na ONU: apreensão de reservas cambiais de outros países é “violação de soberania”

Para Zhang Jun  as sanções unilaterais “minam a base da estabilidade econômica mundial e trazem novas incertezas e riscos para as relações internacionais” (China-Daily)

China na ONU: apreensão de reservas cambiais de outros países é “violação de soberania”

China na ONU: apreensão de reservas cambiais de outros países é “violação de soberania”

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Para Zhang Jun  as sanções unilaterais “minam a base da estabilidade econômica mundial e trazem novas incertezas e riscos para as relações internacionais” (China-Daily)

Embaixador Zhang Jun adverte contra transformar em arma a interdependência econômica

“O congelamento arbitrário de reservas cambiais de outros países constitui uma violação da soberania e equivale a armar a interdependência econômica”, afirmou o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, em reunião do Conselho de Segurança que discutiu a Ucrânia na terça-feira (19). O representante chinês advertiu que isso ameaça a estabilidade econômica mundial.

Cerca de metade das reservas cambiais da Rússia, no valor de mais de US$ 300 bilhões foram congeladas pelos Estados Unidos e outros países ocidentais em represália à operação militar russa para proteger a população russófona do Donbass da limpeza étnica, desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia, barrar a expansão da Otan até às fronteiras russas e manter o status de país neutro e sem armas nucleares estabelecido nos Memorandos de Budapeste.

 

O ilegal congelamento de reservas também foi aplicado por Washington contra o Afeganistão (US$ 9 bilhões) e, antes disso, a Grã Bretanha se apossou do ouro da Venezuela (35 toneladas).

 “Tais práticas minam a base da estabilidade econômica mundial e trazem novas incertezas e riscos para as relações internacionais”, disse o enviado, chamando a coibi-las com urgência.

Zhang também pediu “eliminação do impacto negativo das sanções”, dizendo que penalidades econômicas ilimitadas e em todas as dimensões acarretam “sérios efeitos colaterais, com os países em desenvolvimento sofrendo o impacto”. O enviado também criticou restrições desnecessárias à exportação.