Líder de Bolsonaro vira investigado na CPI
Ricardo Barros, o cacique do “Centrão” que é líder do laranjal de Jair Bolsonaro na Câmara Federal, aproveitou da sua condição privilegiada de "convidado" para atacar a CPI do Genocídio na semana passada.
Líder de Bolsonaro vira investigado na CPI
Por Altamiro Borges
Ricardo Barros, o cacique do “Centrão” que é líder do laranjal de Jair Bolsonaro na Câmara Federal, aproveitou da sua condição privilegiada de "convidado" para atacar a CPI do Genocídio na semana passada.
Agora, porém, o valentão foi incluído na lista dos investigados pela comissão de inquérito e não poderá mentir e espernear tão descaradamente.
"Nós estamos agregando o deputado Ricardo Barros aos nomes já investigados em função dos óbvios indícios de sua participação nessa rede criminosa que tentava vender vacina através de atravessadores", justificou o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Nessa condição, o político velhaco – que já foi prefeito de Maringá (PR) e ministro da Saúde na gestão do traíra Michel Temer –, poderá ter seus sigilos quebrados e ser novamente convocado para depor.
Conforme relembra o site Congresso em Foco, “o deputado Ricardo Barros foi citado em alguns depoimentos da CPI como mediador das irregularidades entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde. Ele compareceu a Comissão como convidado para depor, mas após acusar os senadores de afastarem os vendedores de vacina do país, teve a audiência encerrada. Os senadores defenderam levar Ricardo Barros à Comissão novamente como convocado, mas alguns já descartam um novo depoimento” de imediato.
O silêncio do advogado da Precisa
Outro que passou à condição de investigado foi o advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira. Em seu depoimento nesta quarta-feira (18), o sinistro representante da empresa “optou por ficar em silêncio na maioria dos questionamentos feitos pelos senadores da CPI da Covid. Após a sessão, ele se tornou investigado formal da comissão... No caso do advogado da Precisa, Renan Calheiros elencou vários fatores, como o ‘silêncio constrangedor’, os indícios de participação na negociação da vacina Covaxin e suas óbvias ligações com outros investigados”, relata o site UOL.
“Silveira evitou responder a maior parte das perguntas invocando seu direito ao silêncio, amparado por habeas corpus do Supremo Tribunal Federal... Ao se negar a responder às perguntas, ele sempre dizia ‘com todo respeito, permanecerei em silêncio’. Omar Aziz [presidente da CPI] então rebateu: ‘Eu prefiro que o senhor me desrespeite e me responda. Mas acaba com esse ‘com todo respeito’ porque isso é falta de respeito”.