China está perto de aplicar quase 1 TRILHÃO para começar a bancar diretamente gastos dos consumidores e o Brasil está no centro dessa revolução

China está perto de aplicar quase 1 TRILHÃO para começar a bancar diretamente gastos dos consumidores e o Brasil está no centro dessa revolução

China está perto de aplicar quase 1 TRILHÃO para começar a bancar diretamente gastos dos consumidores e o Brasil está no centro dessa revolução

Escrito porAlisson Ficher

 

China está perto de aplicar quase 1 TRILHÃO para começar a bancar diretamente gastos dos consumidores e o Brasil está no centro dessa revolução
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A China pode estar prestes a realizar um dos maiores estímulos ao consumo já vistos, com 1 trilhão de yuans injetados diretamente nos bolsos dos consumidores. Essa proposta ousada, apoiada pelo renomado economista Li Daokui, pode mudar os rumos da economia global, e o Brasil está no centro dessa revolução.

Imagine uma economia gigante à beira de um novo experimento econômico que pode mudar os rumos globais do consumo. É isso que está acontecendo na China, onde uma proposta econômica que parecia impensável começa a ganhar força nos altos círculos de poder. A ideia? Injetar trilhões diretamente no bolso dos consumidores, estimulando o consumo de maneira inédita. Mas essa história vai muito além dos números.

Será que o governo de Pequim está pronto para bancar o consumo de seus cidadãos? E quais são as implicações para o mercado global? Prepare-se para descobrir como a China pode revolucionar o consumo mundial com uma proposta que vem sendo discutida há mais de um ano.

Segundo especialistas, governo chinês prepara estímulo de 1 trilhão de yuans ao consumo. A proposta defendida pelo renomado economista Li Daokui, professor da Universidade Tsinghua, ganhou destaque nas últimas semanas.

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Segundo ele, o governo chinês estuda bancar diretamente um quinto dos gastos dos consumidores durante a Golden Week, o feriado de uma semana que ocorre em outubro.

Esse período é considerado um dos mais importantes para o comércio no país, e o impacto de um estímulo financeiro desse porte pode ser gigantesco. O valor estimado é de 1 trilhão de yuans, o equivalente a quase R$ 800 bilhões.

Li Daokui é uma figura influente no cenário econômico chinês e já vinha defendendo essa ideia há um ano.

Agora, com o apoio crescente de colegas economistas e a repercussão nos veículos oficiais do Partido Comunista, como o China Daily e o Diário do Povo, a proposta parece estar cada vez mais próxima da realidade.

Otimismo crescente e os detalhes do estímulo ao consumo

A proposta de Li é simples: durante a Golden Week, o governo subsidiaria 20% das compras feitas pelos consumidores.

Ou seja, se um chinês gastar 1.000 yuans, 200 seriam pagos pelo governo. Conforme o economista, essa medida rápida e direta ajudaria a estimular o consumo, que é crucial para a retomada do crescimento econômico.

Ele acredita que a China precisa quebrar o ciclo vicioso de baixa demanda que tem arrastado a economia para uma desaceleração preocupante.

“A realidade é o melhor argumento”, defende Li Daokui

Historicamente, a China sempre focou seus estímulos econômicos no lado da oferta, mas essa visão está começando a mudar.

“Sempre acreditamos que a economia deveria ser estimulada pela oferta, e não pelo consumo”, afirma Li, ressaltando que a crise atual exige uma nova abordagem.

“A realidade é o melhor argumento”, argumenta o economista, enfatizando que a falta de consumo é o principal entrave ao crescimento da economia chinesa hoje.

Ele também defende a remoção de barreiras ao consumo de bens, como motocicletas, que são raras em cidades como Pequim. Segundo ele, muitas dessas restrições são antiquadas e freiam o desenvolvimento do mercado interno.

China olha para o Brasil como referência em consumo

Ao analisar o cenário internacional, Li Daokui destaca o Brasil como exemplo de uma economia impulsionada pelo consumo.

Ele elogia o comportamento dos brasileiros, que gastam com mais confiança, diferentemente dos chineses, que são mais cautelosos em relação ao futuro, preocupados com aposentadoria e saúde.

“Nós realmente admiramos os consumidores brasileiros”, diz Li, sugerindo que a China deve incentivar uma mentalidade mais voltada ao consumo para romper com o ciclo de poupança excessiva e falta de demanda.

Essa comparação com o Brasil, feita por Li após uma viagem ao país, também levanta um ponto interessante sobre a urbanização.

Segundo o economista, a taxa de urbanização no Brasil é superior a 80%, enquanto na China, cerca de 50% das pessoas que trabalham nas cidades não vivem nelas de fato.

Ele defende políticas que facilitem a migração definitiva para os centros urbanos, o que impulsionaria ainda mais o consumo.

Impactos do protecionismo e a relação comercial com o Brasil

Outro ponto levantado por Li Daokui é o crescente protecionismo contra produtos chineses nos Estados Unidos, Europa e Brasil. Apesar das barreiras comerciais, ele acredita que a demanda por produtos chineses ainda é alta, especialmente nos EUA, cuja economia está aquecida.

Contudo, ele alerta que, em um ou dois anos, a desaceleração nas economias ocidentais pode criar desafios para a China, reforçando a necessidade de estimular o consumo interno.

Sobre o Brasil, Li destaca a importância de Pequim e Brasília negociarem para reduzir as medidas protecionistas.

Além disso, ele vê com otimismo a possibilidade de mais fábricas chinesas serem instaladas no país, o que beneficiaria ambas as economias.

Li também acredita que o Brasil poderá se integrar à Iniciativa Cinturão e Rota, um ambicioso projeto chinês de infraestrutura internacional. “É um acordo ganha-ganha”, ressalta ele.

O futuro da China depende do consumo interno?

À medida que o protecionismo global e as tensões comerciais aumentam, a China parece se preparar para um novo capítulo em sua economia.

Com a proposta de Li Daokui ganhando força, o governo chinês pode estar prestes a dar um passo decisivo em direção ao estímulo direto ao consumo.

No entanto, ainda há dúvidas sobre o impacto de longo prazo dessa medida e se ela será suficiente para conter a desaceleração econômica que se avizinha.