UMA VISÃO TRABALHISTA DE DESENVOLVIMENTO PARA O DISTRITO FEDERAL

UMA VISÃO TRABALHISTA DE DESENVOLVIMENTO PARA O DISTRITO FEDERAL

UMA VISÃO TRABALHISTA DE DESENVOLVIMENTO PARA O DISTRITO FEDERAL

 

Por

Salin Siddartha

Estender a toda população os benefícios civilizatórios hoje reservados às oligarquias é uma questão de lealdade histórica à ética na política. Uma melhor distribuição social da riqueza, que aproxime mais as classes sociais contraditoriamente situadas no antagonismo das relações de trabalho, que melhore o nível de satisfação das camadas populares, fazendo com que a riqueza se distribua de maneira mais equitativa, seria uma atitude desenvolvimentista sob a ótica das forças produtivas para reforçar a democracia no Distrito Federal.

O estímulo à regulamentação do trabalho (que se encontra em condições cada vez mais precárias para o trabalhador), bem como um maior investimento em ciência e tecnologia ajustariam, a uma correta proposta trabalhista, um projeto de desenvolvimento para o DF. É vital à segurança do cidadão que o investimento no setor público e no setor privado atinja a sociedade brasiliense no seu todo, eleve o seu padrão de vida e crie um número crescente de empregos requerido pelo aumento e ativação da população local.

O Distrito Federal precisa de um planejamento educacional que veja o cidadão como protagonista de sua época na transformação das estruturas sociais vigentes. É importantíssimo zelar pela educação e cultura para desenvolver a Capital da República, num enfoque que encare a escola em tempo integral como formadora de cidadania, a partir de sua adequação à realidade local integrada à visão nacional e a uma decente governança mundial.

É no campo da educação e da cultura que se pode aproximar a população da ciência, da arte e da técnica e colocá-la em condições evolutivas. A educação deve voltar-se não só para os jovens, mas também para a formação e aprimoramento dos trabalhadores da cidade e do campo, dos pais e das mães, e para a recuperação de presidiários. Nesse aspecto, é na escola pública que está a maior possibilidade de democratização interna do ensino, pois é lá que as diversas classes sociais podem entrar em contato e formar-se uma consciência comum para encarar o destino da cidade e da Nação.

Assim, uma visão trabalhista muito pode contribuir na construção de espaços de esperança em união que agregue desde a esquerda até as forças políticas da própria direita, para preservar e fortalecer condições que possam assegurar a continuidade da democracia representativa em compasso com formas cada vez mais crescentes de democracia direta e participativa, legitimando a liberdade e apostando no desenvolvimento sustentável.

Cruzeiro-DF, 9 de novembro de 2020

SALIN SIDDARTHA