Manchetes dos jornais de domingo 12-11-2023

Manchetes dos jornais de domingo 12-11-2023

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais de domingo 12-11-2023

 

Valor Econômico – Não circula hoje

 

FOLHA DE S.PAULO – Trabalho feminino invisível vale ao menos 8,5% do PIB

 

O ESTADO DE S.PAULO – Na elite da era espacial, a Índia ainda sofre com a falta de banheiros 

 

O GLOBO – Dor e esperança

 

CORREIO BRAZILIENSE – "O grande desafio das mulheres negras é superar a pobreza”

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Tarefas domésticas - A economia do cuidado: uma série de tarefas domésticas e de esforços com dependentes (crianças, idosos, doentes ou pessoas com deficiência) que precisa ser realizada para que todos produzam e cumpram seu papel na sociedade. Mas existe um fator de discriminação nessa economia do cuidado: 65% do trabalho é feito por mulheres. Se fosse computado, esse esforço acrescentaria ao menos 8,5% ao PIB (Produto Interno Bruto) do país, segundo pesquisadores do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). No total, incluindo as tarefas executadas por homens, a economia do cuidado representa 13% do PIB. O assunto ganhou relevância no domingo passado (5), quando o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) propôs como tema da redação "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil".

 

Contrastes indianos - O pouso na face oculta da Lua, realizado em agosto pela missão Chandrayaan-3 colocou a Índia na elite da corrida espacial e a inseriu num mercado que deve movimentar US$ 1 trilhão em 2040. Mas no país de 1,4 bilhões de habitantes, que tem 90 mil startups e mais de 100 empresas unicórnio - aquelas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão antes de abrir capital em bolsa de valores - grande parte das pessoas mora em favelas, não tem acesso a banheiros e faz suas necessidades a céu aberto. Em 2014, o governo lançou plano para erradicar a prática, mas ela não foi extinta. Nas cidades de Agra, Nova Délhi, Faridabad e Hiderabad, o Estadão viu fezes humanas em calçadas e testemunhou pessoas urinando na beira da estrada. 

 

Drama - Os brasileiros que estão na Faixa de Gaza e aguardam ser resgatados sofrem com a falta de água potável e comida. O grupo é formado por 24 cidadãos do país e 10 palestinos que são naturalizados ou vão iniciar o processo de nacionalização. Eles estão próximos da fronteira de Rafah, aguardando autorização para deixar o território palestino, mas uma série de decisões do governo de Israel tem impedido a operação de retirada. Nesta sexta-feira, a saída da Faixa de Gaza foi novamente frustrada, desta vez, quando o grupo estava a poucos metros de entrar no Egito. Diplomatas da Embaixada do Brasil no Cairo aguardavam do lado egípcio, onde o transporte seria feito até uma aeronave da Força Aérea Brasileira que está na região há semanas. O brasileiro Hasan Rabee publicou uma foto, nas redes sociais, em frente ao posto de contenção que divide a passagem dos dois países. Autoridades israelenses alegam que duas pessoas foram presas ao tentarem atravessar a divisa em uma ambulância. As suspeitas, de acordo com o governo de Israel, é de que seriam integrantes do Hamas. Não existe nova previsão para a saída de brasileiros. Mais da metade dos cidadãos do país que aguardam repatriação é de crianças. Hasan também publicou, horas antes de ser impedido de fazer a travessia, um vídeo se despedindo da sua mãe e de dois irmãos que não foram autorizados a sair. Ele afirmou que os parentes ficam em Gaza sem estrutura para se manter, mas que estão na expectativa de serem incluídos em nova lista — de acordo com ele, é uma das promessas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Desafio da cor - Primeira mulher negra em uma alta Corte do país, a ministra-substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edilene Lôbo aponta a educação como um dos principais motivos para sua chegada ao cargo e defende mais políticas públicas voltadas a cidadãos pretos. “Precisamos trabalhar a distribuição da riqueza e o acesso à educação para as pessoas negras em qualidade, em quantidade. Por isso que cotas nas universidades revelam um programa de inclusão tão importante”, ressalta. A magistrada mineira reconhece que o processo de escolha para vagas nas Cortes Superiores “é cheio de percalços”, mas enfatiza que há muitas mulheres negras preparadas para assumir esses postos.

[12/11 09:25] Celso Tesoureiro Ppl Sp: Resumo de domingo - 12/11/2023 - 2ª PARTE 

 

O portal de oportunidade se estreita - Quem acompanha de perto a movimentação do governo federal no Congresso e nos municípios vê muitas nuvens escuras à frente para o Planalto dissipar. Primeiramente, quem foi auscultar o sentimento das bancadas a respeito da Medida Provisória 1185 descobriu que a maioria dos parlamentares sequer tem ideia do que se trata e não quer saber de rever ou cobrar imposto de quem recebe benefícios fiscais. A medida, na prática, inclui na base de cálculo de tributos federais os benefícios recebidos de ICMS, e permite que o imposto resultante seja usado como crédito fiscal, para compensar outros débitos ou ressarcimento em dinheiro. O governo tentará explicar essa possibilidade de usar como crédito para pagamento de tributos, mas a vida não será fácil. Para completar, temas como ampliação de emendas impositivas, fatiamento da reforma tributária e, de quebra, os primeiros acordes rumo às eleições de 2024, indicam que a janela de aprovação de propostas que oneram o contribuinte está se fechando. Para completar, o discurso de que é necessário ajudar o governo para proteger a democracia também perde força. O governo, porém, conta com a experiência de Lula e do vice Geraldo Alckmin para segurar as pontas e evitar grandes solavancos políticos. Até aqui, Lula aprovou tudo o que quis. E pretende continuar assim.

 

PL em chamas - Não é só em São Paulo que o PL enfrenta problemas. A direita gaúcha calcula que haverá uma debandada de pré-candidatos do PL de Jair Bolsonaro rumo ao PP e ao Republicanos, partido do senador Hamilton Mourão. Os bolsonaristas não engolem o presidente do partido no Sul, Giovani Cherini, oriundo do PDT. No caso de São Paulo, embora Ricardo Salles já tenha em mãos uma carta para deixar a legenda e converse com pequenos partidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu que ele espere um pouquinho. Quem tem tempo, não precisa ter pressa.

 

Datena vice de Tabata - Atualmente no PDT, o apresentador José Luiz Datena deve se filiar ao PSB. O convite foi feito pela deputada federal Tabata Amaral (SP), de quem ele poderá ser vice na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024. Como mostrou o Painel, o projeto do PDT de lançar Datena na disputa municipal em 2024 esfriou nos últimos meses, e o partido abriu conversas para apoiar Guilherme Boulos (PSOL). Na semana passada, Datena disse à coluna que a tendência era a de não ser cabeça de chapa, mas vice. No começo de outubro, Tabata e Datena se reuniram para discutir a possibilidade de lançá-lo como vice na chapa municipal, como mostrou reportagem do colunista Leonardo Sakamoto, do UOL. O lançamento de uma chapa pura do PSB, com Tabata e Datena, tem boas chances de se confirmar, já que cresce a possibilidade de que o partido não consiga o apoio de outras siglas na disputa. Uma das esperanças era o PDT, que hoje conversa com Boulos. Há ainda expectativa em relação ao PSDB, cuja bancada de vereadores defende apoio ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Datena também já foi filiado a PT (de 1992 a 2015), PP, PRP, DEM, MDB, PSL, PSD, União Brasil e PSC.

 

Número de passageiros dobra após tarifa zero - A adesão à tarifa zero no transporte público de São Caetano do Sul (Grande SP) fez o número de passageiros dobrar na cidade. Em uma semana de operação, a cidade do ABC paulista viu o número de passageiros por dia passar de 25 mil para 50 mil. A cidade afirma que, apesar do aumento, não há relatos de superlotação. Na prática, o que mudou foi o perfil dos passageiros: pessoas que faziam curtas distâncias a pé passaram a usar o sistema de ônibus. "Essa adesão superou a expectativa inicial, que era um aumento de 50%. Isso mostra que a população tem aderido e aprovado o programa. O número de passageiros aumentou, assim como a frota dos ônibus para suprir a demanda. O serviço continua sendo de qualidade, inclusive com a implantação do Wi-Fi em todos os ônibus", afirmou o prefeito José Auricchio (PSDB). O passe livre começou a vigorar no dia 1º de novembro. São Caetano do Sul é hoje uma das 85 cidades com passe livre no país.

 

Itamaraty promove mulheres em proporção maior - A última rodada de promoções na carreira diplomática, anunciadas na sexta-feira (10), contemplou em maior proporção as mulheres. Segundo dados do Itamaraty, diplomatas do sexo feminino responderam por 40% das promoções a ministro de primeira classe, topo da carreira e onde se situam os embaixadores. A proporção geral de mulheres no Itamaraty é de 23% atualmente. Das cinco vagas que foram abertas para ministro de primeira classe, duas (40%) foram ocupadas por mulheres, que foram escolhidas a partir de um grupo de sete elegíveis. Ou seja, uma taxa de sucesso de 28,5%. No caso dos homens, que ficaram com três vagas, havia 36 candidatos. Ou seja, uma taxa de sucesso de 8%. Houve 59 promoções na atual rodada do Itamaraty, 17 delas para mulheres (28,8%). Na anterior, como mostrou o Painel, diplomatas do sexo feminino responderam por 37,5% das promoções para a primeira classe, 31,25% das promoções para a segunda classe, 36,4% para o conselho e 32% para a primeira-secretaria. A intenção do Ministério das Relações Exteriores é gradualmente aumentar a diversidade por meio de promoções nos escalões superiores.

 

Casagrande discorda de colegas e diz que Reforma Tributária é avanço - O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), diz que não assinou nota do Cosud (Consórcio de Integração dos Estados do Sul e Sudeste do Brasil) contra a Reforma Tributária por ver avanços no texto com relação ao sistema atual. "O Senado piorou o que veio da Câmara, mas o resultado ainda é muito melhor do que o que temos hoje", disse. O consórcio reúne os estados do Sul e do Sudeste. Único governador das duas regiões alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele afirma que não se importa em ser uma voz solitária no grupo e prevê que isso ocorrerá mais vezes. "Venho sendo franco com eles [demais membros do Cosud] nas discussões internas, mas o mais importante são os temas que nos unem e nos agregam", afirma. 

 

Leite ao anunciar ser gay gerou rebuliço no PSDB - Eduardo Leite caminhava em São Paulo com o namorado, Thalis Bolzan, na mesma época em que seu primeiro mandato como governador do Rio Grande do Sul (2019-2022) se aproximava da segunda metade. Ainda era início de relacionamento, mas um prazo se impunha, como o político gosta de recordar. O filiado ao PSDB tinha se colocado a meta de não deixar o cargo sem antes revelar sua homossexualidade, um passo até então considerado por muitos perigoso, mas ao mesmo tempo corajoso. Leite recomendou a Thalis que tratasse de deixar os parentes cientes de sua orientação sexual (o pai ainda não sabia), porque era questão de tempo até ele próprio "sair do armário", como se diz popularmente, e tornar pública a relação. Nada disso era mais segredo para a família do governador. 

 

Checagem sem garantia - O sistema colaborativo de verificação de informações da rede social X (antiga Twitter), batizada de comunidade, abre uma nova frente de preocupação para as próximas eleições em diversos países e vai desafiar a Justiça Eleitoral brasileira. Lançado por aqui em março, o recurso permite que um conjunto de usuários comuns, previamente cadastrados e aprovados pela rede, insiram e avaliem textos em postagens de terceiros com o objetivo de "contextualizar" conteúdos. A prática, no entanto, permitiu nos últimos meses a disseminação de desinformação e mensagens preconceituosas. As notas já foram usadas em postagens envolvendo o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e a deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) para rebater opiniões e dar mais visibilidade a determinados cargos políticos. Em agosto, uma postagem do deputado federal Carlos Zarattini (PT-MG) com críticas a Zema, por exemplo, recebeu uma nota em defesa do mandatário. O petista havia classificado como ataque ao Nordeste uma declaração do governador em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" em que Zema comparou a região a "vaquinhas que produzem pouco". O texto aprovado pelos usuários diz que o governador "não fez nenhum ataque". 

 

Derrotar tucanor no ABC e elege Boulos, foco de Lula em 2024 - Embora ainda não tenha traçado toda a estratégia de atuação na disputa municipal do ano que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já definiu que mergulhará de cabeça em pelo menos duas campanhas: São Paulo e São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Segundo dirigentes petistas, a expectativa é que o presidente se envolva diretamente em locais onde o enfrentamento ao bolsonarismo é claro. Esse é um dos elementos que fará Lula se engajar na campanha do pré-candidato do PSOL em São Paulo, o deputado Guilherme Boulos, que terá o apoio do PT. Uma das principais estratégias do parlamentar é vincular o atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), a Jair Bolsonaro. Nunes busca uma aliança com o ex-presidente, e os dois já se encontraram antes. Há também a possibilidade de o ex-ministro Ricardo Salles ser o candidato de Bolsonaro. No segundo turno da eleição presidencial, Lula venceu Bolsonaro na capital paulista por 53,54% a 46,46% dos votos válidos. Uma vitória de um candidato ligado ao governo federal na maior cidade do país teria impacto na disputa política travada com o grupo do ex-presidente. Diante desse cenário, a expectativa é que Lula participe de eventos e faça gravações para propaganda eleitoral da campanha de Boulos. O PSOL e o PT de São Paulo trabalham para definir uma agenda na cidade neste ano com a presença do presidente e do pré-candidato. No dia 25 de outubro, Boulos se reuniu com Lula no Palácio do Planalto e divulgou o encontro nas redes sociais. O presidente replicou o Post.

 

Invasões do MST são 'instrumentos legítimos de pressão' - Interlocutor do Planalto com o movimento diz que relação com os sem-terra é boa, apesar de críticas à política do governo, diz que marco temporal é pacificado no STF e que até Haddad sabe que déficit zero em 2024 é impossível. Responsável pelo diálogo do governo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse ver as invasões de propriedades privadas como um "instrumento legítimo de pressão", mas desnecessário diante do canal direto aberto com a atual gestão para negociar. Em entrevista ao GLOBO, Teixeira rebate críticas de que o governo não tem agido para coibir invasões do MST como as realizadas no início do ano. Entre março e abril, o assessor de Luiz Inácio Lula da Silva foi pressionado pelo Congresso e teve que liderar uma série de conversas para contornar o mal-estar político. Em reação, deputados montaram comissão parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a movimentação na Câmara, mas o colegiado, apesar de algum desgaste para o Planalto, terminou sem que o relatório final fosse votado.

 

Alvos petistas do mensalão voltam aos palcos políticos - Dezoito anos após o primeiro grande escândalo de corrupção que atingiu o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, petistas condenados pelo mensalão estão de volta ao cenário político e, seja assessorando nomes ligados ao Executivo ou em articulações eleitorais, intensificaram suas ações nos bastidores. Embora sem o mesmo prestígio de antes, nomes como o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e os ex-deputados José Genoino e João Paulo Cunha continuam influentes fora dos holofotes. A medida coincide com o fim do período de inelegibilidade da maioria dos punidos pelo mensalão. Da lista do PT, apenas Dirceu ainda ficará impedido de concorrer em 2024 por causa de uma condenação posterior, na Lava Jato. O único a indicar sua intenção de concorrer, no entanto, é Delúbio, mas apenas em 2026, quando não descarta tentar uma vaga de deputado estadual ou federal. 

 

Lembrada ao STF, juíza está à frente da ouvidoria da corte - Assumir o inédito cargo de ouvidora do Supremo Tribunal Federal (STF) não é o primeiro teste da carreira da juíza Flávia Carvalho, 49 anos. Quando trabalhava em um banco, ainda na fase em que utilizei o diploma de Comunicação Social, um episódio de assédio foi a faísca para a virada na minha carreira, que teve como consequências a graduação em Direito e o universo dos concursos públicos. Já exercendo a magistratura, precisou manter a calma quando entraram em seu gabinete no interior de São Paulo e escolheram um escrivão branco como interlocutor, na certeza de que o poder de decisão estava lá —a magistrada, no entanto, era Flávia, negra. Ela costumava ouvir antes de decidir, e agora será cobrada a dar respostas a uma das principais demandas do novo presidente da corte, Luís Roberto Barroso, que criou a Defensoria do Povo: dar mais transparência aos serviços prestados pelo STF e ter um canal mais claro com a sociedade. "As pessoas não vão ficar sem resposta", diz Flávia a interlocutores desde que foi nomeada para o cargo, em 28 de setembro. 

 

Bancada negra nasce governista e com baixas à direita - Criada em 1º de novembro para fortalecer o debate sobre igualdade racial no Brasil, a Bancada Negra da Câmara reunirá integrantes de diferentes correntes políticas e tem conquistado apoiadores até entre bolsonaristas, embora também conte baixas na direita. O colegiado também garantirá a participação de um segundo parlamentar autodeclarado negro na reunião de líderes da Casa, que atualmente conta com apenas um representante presente, o líder do PSD, Antonio Brito, entre os 21 deputados. A nova bancada conta com 118 integrantes, abrigando automaticamente todos os parlamentares que em sua autodeclaração racial de registro de candidatura se declararam pretos ou pardos. Do total, 77% dos integrantes estão na base do governo Lula, enquanto 17% são contrários, com 21 deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as pautas apontadas pelo grupo como prioritárias estão a alteração da lei que trata do reconhecimento facial, para evitar prisões com base apenas na identificação fotográfica em álbuns de delegacias; o projeto de lei que pretende obrigar as empresas a contratar pessoas negras e não negras na mesma proporção dos dados do IBGE e do Ipea; e a alteração das regras de distribuição proporcional de recursos para candidatos mulheres e negros, para evitar que cotistas sejam escalados para vice ou suplentes para o dinheiro de campanha. — Nossa bancada também terá participação, com direito a voto, no Colégio de Líderes da Câmara e poderá usar o espaço para tentar delinear projetos de lei relacionados à nossa causa — explica Antônio Brito, relator do projeto que criou a bancada. Com o novo membro da bancada no Colégio de Líderes, esse grupo passará a ter dois deputados autodeclarados negros. Na atual composição do colegiado — formado pelos líderes de maioria, minoria, partidos, blocos parlamentares e governo, além da representante da bancada feminina —, apenas Antônio Brito, que representa o PSD, se declarou negro. Há apenas mais um integrante da bancada do Novo preto que já participa do colegiado, o líder do governo José Guimarães (PT-CE), mas porque se considera pardo. O colegiado, que deve ser comandado por Damião Feliciano (União-PB), autor do projeto que criou a abancada junto com a deputada Talíria Petrone (P SOL - RJ), só anunciará oficialmente seu líder no dia 20, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra. O grupo quer que a data seja feriado nacional.

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