Manchetes de domingo. Maiores jornais nacionais

Manchetes de domingo. Maiores jornais nacionais

Resumo de domingo - 23 de outubro de 2022 

 

Edição de Chico Bruno  

 

Manchetes de domingo 23-10-2022

 

Valor Econômico – Não circula hoje

 

FOLHA DE S.PAULO – TSE adota tese para intervir em redes

 

O GLOBO – Alcance das fake news na eleição supera o da informação

 

O ESTADO DE S.PAULO – Cinco regiões com potencial de virar voto são alvo de disputa dos candidatos

 

CORREIO BRAZILIENSE – Ataque a Cármen Lúcia gera onda de indignação

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Tese contra fake news - O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) adotou linha mais dura contra as fake news na reta final das eleições e passou a utilizar o combate à "desordem informacional" como uma das teses para ampliar a intervenção nas redes sociais e na propaganda eleitoral.

 

Sob esse tipo de justificativa, os ministros mandaram apagar publicações baseadas em reportagens jornalísticas. Nos casos em que há maior divergência entre os ministros sobre o tema, vem se consolidando um placar de 4 a 3 no plenário da corte a favor da retirada. Internamente, integrantes do tribunal se queixam da omissão da Procuradoria-Geral Eleitoral. A essa altura da campanha presidencial, o órgão apresentou apenas uma representação de impacto relacionada à desinformação —quando pediu multa a Jair Bolsonaro (PL) por ele ter atacado as urnas diante de embaixadores estrangeiros. A Procuradoria não tem acionado o tribunal para contestar o uso da máquina pública na campanha bolsonarista ou sobre a desinformação espalhada na disputa eleitoral. Dentro da nova postura da corte, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, emplacou na quinta-feira (20) uma resolução que aumenta os poderes contra a desinformação e reduz prazos para as plataformas apagarem conteúdos.  A PGR (Procuradoria-Geral da República) pede a derrubada do texto e fala em censura. O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), indeferiu neste sábado (22) pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, contra resolução que ampliou poderes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no combate à desinformação eleitoral. Para o ministro, o direito à liberdade de expressão "pode ceder" quando ela for usada "para erodir a confiança e a legitimidade da lisura político-eleitoral". Ele afirmou ainda que a resolução do TE não se de "censura prévia", como alegou Aras no dia anterior.

Mais mentira, que verdade - Levantamento feito pelo GLOBO a partir a partir das publicações sobre política com maior engajamento no Facebook e no Instagram no segundo turno mostra que fake news tem se mantido no topo do ranking das duas redes, superando o alcance das postagens sem distorções. No grupo dos dez conteúdos mais virais, as mentiras alcançaram 9,8 milhões de interações, enquanto as informações eleitorais verdadeiras somaram 7,6 milhões. As publicações são feitas por aliados relevantes do presidente Bolsonaro e do ex-presidente Lula, mas os bolsonaristas são maioria na lista dos principais disseminadores de fake news.  

 

Vira-vira - Com mais de 20 milhões de eleitores, Triângulo Mineiro, Zona da Mata, Região Metropolitana de Belo Horizonte – todos em MG –, Pampa Gaúcho e Grande SP são áreas em que há a maior possibilidade de mudança de votos e, por isso, viraram o centro da disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) neste 2.º turno. Nos últimos quatro anos, essas regiões foram na contramão de uma cristalização histórica da votação no País. No primeiro turno de 2018, Bolsonaro venceu nelas. Neste ano, Lula foi o mais votado. Para a cientista política Daniela Constanzo, do Instituto de Estudos Avançados da USP, “essa oscilação é o que vai resolver a eleição”.

 

Instintos pervertidos - Ministros do STF, como Alexandre de Moraes – que também preside o TSE –, OAB, entidades de classe e da sociedade civil, além da bancada feminina do Congresso, reagiram ontem duramente às ofensas proferidas pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra a ministra do Supremo Cármen Lúcia. Em vídeo nas redes sociais, o petebista criticou um voto proferido pela magistrada e a chamou de “prostituta”, entre outros termos agressivos. Há pressão para que a Procuradoria-Geral da República entre com pedido de revogação da prisão domiciliar de Jefferson. 

 

Ameaça autocrática - Nunca foi tão avassaladora a maioria de brasileiros que consideram a democracia a melhor forma de governo, de 79% segundo o Datafolha. Nunca na Nova República um presidente ameaçou a estabilidade constitucional como o atual mandatário. Jair Bolsonaro (PL) valeu-se do cargo para constranger e ameaçar Poderes independentes, insultar autoridades e propagar uma farsa contra o sistema eleitoral diante de brasileiros e estrangeiros. Promoveu tratamentos ineficazes de uma doença letal, retardou a aquisição de vacinas, debochou de famílias enlutadas, protegeu os filhos de investigações e atiçou militares contra o poder civil. Conclamou arruaceiros a cercarem as seções de votação no próximo domingo (30)... O que acabaste de ler são os primeiros quatro parágrafos do editorial 'Ameaça autocrática', publicado na primeira página da Folha de São Paulo alertando e se posicionando sobre a situção do país.

 

Basta de estupidez - As inadmissíveis ofensas do sr. Roberto Jefferson dirigidas à ministra Cármen Lúcia constituem prova incontestável de dois crimes gravíssimos. Em primeiro lugar, representa ataque intolerável à Justiça Eleitoral. Discordâncias em relação às decisões do TSE devem ser manifestadas pelos meios legais. E, quando o tema se revela transitado em julgado, aplica-se a norma civilizatória: decisão judicial não se discute. Cumpre-se. A segunda violação refere-se à dignidade da mulher. São inaceitáveis os termos usados pelo sr. Jefferson, próprios de delinquente. Causam repulsa os ataques dirigidos à ministra, reconhecida pela seriedade no exercício da magistratura e pelo compromisso com a Lei Maior. Covarde, ele atacou apenas a magistrada, mesmo com outros ministros se posicionando da mesma forma. A sociedade não pode se omitir ante manifestação desqualificada, machista, misógina e ultrajante. Basta de selvageria. Basta de violência. Basta de estupidez. É hora de tomar uma atitude por um Brasil melhor, que ponha em seu devido lugar gente do nível de Roberto Jefferson. Você acabou de ler o editorial de primeira página do Correio Braziliense, escrito pela jornalista Ana Dubeux, condenando o ataque despropositado desferido contra uma ministra do STF e do TSE.

 

Ciro quebra silêncio no segundo turno para defender Cármen Lúcia - O ex-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, quebrou o silêncio que tem mantido durante o segundo turno para defender a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cármen Lúcia dos ataques que a magistrada recebeu do ex-deputado federal Roberto Jefferson. O ex-parlamentar, que está em prisão domiciliar e proibido de usar as redes sociais, gravou um vídeo xingando a ministra. Cármen Lúcia tem sido alvo de ataques por seu voto a favor da decisão do TSE de punir a emissora Jovem Pan por entender que não há isonomia no tratamento que a empresa dá aos dois candidatos à presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pelo Twitter, Ciro prestou solidariedade à magistrada e pediu que os ataques sejam investigados e seus autores, punidos. Essa foi a segunda vez que o pedetista se manifesta desde que anunciou que seguiria o partido no apoio a Lula, de quem já foi aliado e a quem deferiu duros ataques durante esta eleição. "Minha solidariedade à ministra Carmen Lúcia, do STF, vítima de ataques absurdos e criminosos. Que as instituições brasileiras apurem e punam seus autores", escreveu Ciro.

 

Lula ganha direito de resposta e Bolsonaro perde quase 1 h de TV - Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concederam ontem direito de resposta a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) na TV. Por unanimidade, os sete integrantes da Corte julgaram parcialmente procedente o pedido do petista. Com isso, o candidato à reeleição perderá quase uma hora do seu tempo de propaganda na reta final do segundo turno. “Desprovejo o recurso inominado e mantenho o exercício do direito de resposta, que será divulgado por 116 vezes, no mesmíssimo bloco, horário e na mesma emissora de televisão indicada na petição inicial para cada uma das reproduções do conteúdo tido como ilícito, o que corresponde à perda de 24 inserções (cada inserção alcança cinco veiculações)”, escreveu a ministra Maria Claudia Bucchianeri. Referendaram a decisão o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e os ministros Ricardo Lewandowski, Sergio Banhos, Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia e Raul Araújo. O material da campanha de Bolsonaro alvo do processo associava o petista à criminalidade ao usar dados da votação em presídios para afirmar que encarcerados preferem Lula. Inicialmente, a ministra concedera 164 veiculações de 30 segundos cada. Ao todo, eram 82 minutos. Bucchianeri corrigiu um erro de cálculo nas inserções e tirou de pauta duas ações a pedido da campanha de Bolsonaro. Por isso, o número caiu de 164 veiculações para 116.

 

Falta de peças se agrava e fila por carro novo pode chegar a 6 meses - A escassez de componentes, em especial de semicondutores, já não é tão problemática como no início do ano, mas segue causando descompasso entre produção e demanda na indústria automobilística brasileira. Mesmo em um mercado afetado por alta de preços, juros elevados e restrição dos bancos na concessão de financiamento, há filas de espera de seis meses ou mais para alguns modelos ou versões de carros. A falta envolve tipos variados de automóveis e comerciais leves, mas, segundo lojistas, afeta principalmente as versões de entrada, que são as mais baratas de cada modelo. Como não há chips para todos, várias montadoras preferem priorizar a produção de modelos mais sofisticados, que dão maior retorno na venda. “Tem demanda reprimida”, afirma o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite. Segundo ele, para alguns modelos de maior volume de vendas há fila de seis meses. “Mas há casos de espera de até nove meses”, afirma.

 

Mesmo eleita pelo DF, Damares pede para ocupar imóvel funcional em Brasília - A senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), solicitou ao Senado um apartamento funcional para morar quando assumir o mandato, em janeiro. Por meio de ofício, ela pediu para ocupar o imóvel atualmente cedido ao senador Telmário Mota (Pros-RR), também bolsonarista, que não se reelegeu. Nenhum dos senadores que representam o DF utiliza atualmente o benefício, que é oferecido aos parlamentares que são de fora da capital e precisam se instalar em Brasília para trabalhar. Após ser questionada, na sexta (21), Damares enviou outro ofício ao Senado pedindo para abrir mão do apartamento. Ela afirma que foi orientada a ocupar o imóvel por razões de segurança, mas que “não quer”. Damares também indicou preferência por ocupar o gabinete do senador Flávio Arns (Podemos-PR) no Senado, alegando ser o mais próximo das comissões.

 

Quem não teve lado, perdeu - Até onde a vista alcança, os políticos saíram das urnas e caminham para a reta final deste segundo turno com uma certeza: quem não se posicionar, terá problemas mais à frente. Deputados que não conseguiram conquistar uma vaga para a Câmara atribuem a ausência de posicionamento claro em relação aos polos da campanha presidencial como um ponto que pesou na hora de o eleitor escolher em quem votaria. “Em todos os lugares que eu ia, me perguntavam quem eu apoiava para a Presidência da República”, diz o candidato André Kubistchek, do PSD, cujo partido optou pela neutralidade na eleição presidencial. Na outra ponta, a dos vitoriosos, a sensação foi a mesma. No Maranhão, por exemplo, o MDB elegeu Roseana Sarney deputada federal, mas todos os demais candidatos não conseguiram chegar. O MDB lá ficou com Simone Tebet e estava fora da polarização. Agora, caberá a esses partidos de centro encontrar um meio de atrair eleitores para o meio-termo em 2026.

 

Citadas por Bolsonaro passaram a semana sem ir à escola - As meninas venezuelanas associadas por Jair Bolsonaro (PL) à prostituição passaram a última semana sem sair de casa, evitando até ir à escola, para serem preservadas do assédio ao qual foram submetidas após as declarações dadas pelo presidente a um podcast. O relato é do deputado distrital Leandro Grass (PV-DF), que tem mantido contato com pessoas ligadas às meninas e representantes de órgãos públicos que acompanham o caso. Ele foi o primeiro a protocolar um pedido de investigação no Ministério Público a respeito da fala do presidente. Segundo Grass, somente agora as garotas começaram a retomar a rotina, porque tem havido um esforço muito grande de lideranças locais e grupos de apoio não só para preservá-las, como também a família, e evitar que sejam ainda mais assediadas, principalmente por políticos.

 

Bolsonaro volta a ameaçar frear Judiciário - O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), criticou um decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que concedeu direito de resposta para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Jovem Pan. Sem citar a corte, o candidato à reeleição afirmou que a emissora foi alvo de censura e que isso não vai acontecer se ele vencer as eleições. "Tenho certeza, se Deus quiser, após o dia 30 de outubro, com a nossa reeleição, a questão da liberdade se acalmará em nosso país. Haverá maior independência entre os Poderes", disse, citando a Jovem Pan. "Tenho certeza que, após as eleições, nenhum outro órgão de imprensa será atingido com censura." Na segunda (17), os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concederam três direitos de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Jovem Pan. Os ministros aprovaram por 4 votos a 3 os recursos apresentados pela campanha de Lula para permitir que o petista rebata afirmações de que ele mente, não foi "inocentado" e que irá perseguir cristãos. Não foi a primeira vez que o TSE concedeu direito de resposta a Lula contra a Jovem Pan.

 

Frigorífico faz evento pró-Bolsonaro em intervalo de almoço - Funcionários de um frigorífico de Minas Gerais foram pressionados a vestir uma camiseta com o slogan e o número do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a participar de uma conversa sobre o segundo turno das eleições. O evento foi na quinta-feira (20), durante o intervalo de almoço dos trabalhadores. O caso se soma à onda de denúncias de assédio eleitoral recebida pelo Ministério Público do Trabalho neste ano, que se agravou após o primeiro turno. Segundo balanço da entidade divulgado nesta sexta, foram recebidas 1.112 denúncias em todo o país —sendo 295 delas, de Minas Gerais, que lidera o ranking. A ação ocorreu em Betim (município da região metropolitana de Belo Horizonte) nas empresas Serradão e Frigobet, que são do mesmo grupo. A conversa contou com a participação do deputado federal bolsonarista Mauro Lopes (PP-MG). Um empregado afirmou à Folha que o frigorífico também prometeu doar um pernil para cada funcionário que levar o comprovante de votação na segunda-feira seguinte ao segundo turno (31) caso Bolsonaro seja reeleito. O homem preferiu não se identificar por medo de perder o emprego.

 

'Ganhando ou perdendo não vou a Brasília'-  Tite chegou acompanhado de Cléber Xavier, seu auxiliar técnico, para mais um dos muitos compromissos na sede da CBF, no Rio. Ao longo de cerca de 1 hora de conversa com O GLOBO, mesmo diante do presumível cansaço, pareceu leve. A poucas semanas da luta pelo hexa no Catar-2022, o treinador se esforça para carregar somente o peso que é capaz de suportar. É assim que lida, por exemplo, com o Mundial realizado semanas depois de uma eleição que divide o país: a camisa amarela se tornou símbolo do espectro mais à direita da política e jogadores importantes, como Neymar — que ontem participou de live com o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) — se engajam abertamente. Técnico e CBF tentam blindar a seleção desse debate, reforçam que os jogadores têm liberdade para se posicionar e que isso não mexe com o ambiente, mas sabem que a polarização afeta a forma como a torcida se relaciona com a seleção. Dentro de campo, Tite comemora o bom momento e conta que a definição dos 26 convocados será apenas na véspera do próximo dia 7, quando divulga a lista final. Sobre o conhecido beija-mão ao presidente de plantão em anos de Taça do Mundo, afirmou Tite: - Eu não vou [Brasília], nem ganhando nem perdendo. A seleção pode ir e eu não vou. É uma questão pessoal. E ela não depende de quem vai ganhar a eleição. Eu falei isso (pela 1ª vez) quando era o Michel Temer presidente. Não me sinto confortável, não é o meu chão. 

 

‘Bispo ou papa comunistas? Tenha a santa paciência’ - À frente da maior arquidiocese do Brasil, o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, está preocupado com a polarização. Mesmo sem tomar partido, tem sido criticado nas redes sociais por propor o diálogo. Semana passada, quis explicar a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que o atacavam que as vestes vermelhas de sua foto no Twitter são próprias de cardeais, e não do comunismo. Ao escrever sobre os ataques, que diz virem de “vários lados” do espectro político, afirmou que parecemos “reviver os tempos da ascensão do fascismo”. Nesta entrevista, Dom Odilo diz que a liberdade de culto no Brasil não está ameaçada, mas critica interrupções de missas recentes. Para ele, é descabido criticar padres que falem em proteger o meio ambiente e combater a fome. Sobre a CNBB ser tachada de ‘comunista’ pela extrema-direita, Dom Odilo afirma: - É um discurso fora de época. Quem acusa um bispo ou o Papa de comunistas ou não sabe quem são o bispo e o papa ou não sabe o que é comunismo. Tenha a santa paciência!

 

‘Proibição de pesquisas eleitorais vai contra a democracia’ - Quando o assunto é pesquisa eleitoral na América Latina, nos EUA e na Europa, Kathleen Frankovic, ex-presidente da Associação Americana para Pesquisa de Opinião Pública (AAPOR) e consultora da YouGov América, é referência obrigatória. Ela estuda o tema há décadas e acompanha a evolução de regulações sobre pesquisas em muitos países. Em entrevista ao GLOBO, a especialista avalia que o projeto de lei do deputado Ricardo Barros (PP-PR) para limitar a divulgação de pesquisas eleitorais no Brasil — que tramita sob regime de urgência na Câmara — parece mais interessado em proteger políticos e partidos, não o eleitor. Na defesa do trabalho dos institutos, ela questiona expectativas de resultados deles que considera exageradas e alerta: “Políticos que se queixam das pesquisas não querem que as pessoas participem delas”.