Após escândalos do leite condensado, filé mignon e picanha, Exército gasta R$ 79 mil com "cardápio especial" regado a camarão
Serviço contratado pelo 2º Grupamento de Engenharia prevê cardápio com "camarão, carpaccio de filé mignon, rosbife ao molho mustard e brandade de bacalhau"
Após escândalos do leite condensado, filé mignon e picanha, Exército gasta R$ 79 mil com "cardápio especial" regado a camarão
Serviço contratado pelo 2º Grupamento de Engenharia prevê cardápio com "camarão, carpaccio de filé mignon, rosbife ao molho mustard e brandade de bacalhau"
(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Pixabay)
247 - O 2º Grupamento de Engenharia do Exército, localizado em Porto Velho (RO), contratou uma empresa para executar serviços continuados de manutenção de bens imóveis, com a justificativa de que a contratação é destinada à manipulação de alimentos. Os itens listados, porém, incluem serviços de buffet para até 740 pessoas, no valor de R$ 79 mil e um cardápio que inclui jantar com “camarão, carpaccio de filé mignon, rosbife ao molho mustard e brandade de bacalhau". A informação é da coluna Radar, da revista Veja.
Além do cardápio especial, a contratação prevê o fornecimento de bebidas como chope, whisky e outros destilados, e até mesmo “um pacote de gelo de coco para cada 15 pessoas”. A revelação dos novos gastos incomuns com alimentação se soma a outras polêmicas envolvendo a aquisição de outros gêneros alimentícios - e até a compra de bonecos do Rambo - pela corporação.
No final do ano passado, o Ministério da Defesa gastou R$ 535 mil destinados ao combate à Covid-19 em itens como filé mignon e picanha. Em março, o Exército Brasileiro também anunciou gastos de cerca de R$ 730 mil em brindes e materiais para fotografia, incluindo bonecos em miniatura do filme Rambo, sucesso do cinema protagonizado pelo ator Sylvester Stallone, além de 110 kits para churrasco, acondicionados em maletas de alumínio com gravação a laser na tampa e o brasão da corporação.
Em 2020, o governo federal gastou R$ 15,6 milhões com a aquisição de leite condensado. O custo foi avaliado em R$ 162 por cada lata do produto. Na ocasião, o Ministério da Defesa justificou o gasto alegando que o leite condensado "é um dos itens que compõem a alimentação (dos militares) por seu potencial energético".