Alguns dos dados apresentados durante a entrevista pelo presidente do Conass – e secretário de Saúde do Maranhão – destacam-se. O primeiro, o gráfico reproduzido acima, expõe o déficit de atendimentos acumulado pelo SUS, durante a pandemia. O número de cirurgias realizadas no país, por exemplo, cresceu gradualmente, desde 2016, do patamar de 350 mil para 450 mil. Mas após a covid, despencou, para praticamente voltar à faixa das 300 mil operações – uma queda, portanto, de mais de 30% em doze meses. Em outros gráficos, Lula mostra, em números, as desigualdades que prejudicam as regiões em termos de atendimento à saúde no Brasil. Vale conferi-los.
Em alguns casos, esta ausência de atendimento gera mortes. Em um ano, o número de óbitos por doenças cardiovasculares cresceu entre 7% e 19%, nos primeiros seis meses de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado. Em situações menos dramáticas, surgem filas, que se manifestarão mais claramente após a pandemia. Mas, então, o SUS não terá condições de enfrentá-las, prosseguem os dados do presidente do Conass. É que, embora o orçamento da Saúde tenha crescido um pouco, em termos nominais, ele na verdade declinou expressivos 7% (veja linha em cinza claro), desde a aprovação do “teto de gastos sociais”, em 2018. A queda fica clara num outro gráfico encaminhado por Lula a Outra Saúde.
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