Renda revolucionária, lucro e o espírito do socialismo
O projeto está aberto e vamos aqui apenas indicar caminhos de forma que as pessoas em geral, não necessariamente estudiosos, possam compreender o conceito.
Renda revolucionária, lucro e o espírito do socialismo
By Carta Campinas /
.Por Susiana Drapeau.
No final do texto anterior, em que buscamos iniciar a discussão do conceito de rendrev (renda revolucionária), indicamos que um bom weberiano (Max Weber) poderia dar conta do entendimento de uma ética econômica e financeira de rigor superior à ética protestante para que ocorra a materialização e massificação da renda revolucionária.
O projeto está aberto e vamos aqui apenas indicar caminhos de forma que as pessoas em geral, não necessariamente estudiosos, possam compreender o conceito. Óbvio que é necessário um estudo longo e mais complexo para desenvolver de forma bem estruturada esse entendimento.
Weber fez parte dos sociólogos que tentaram responder e contestar, de certa forma, o materialismo histórico formulado por Marx, que coloca as relações dos modos de produção como o elemento determinante das estruturas sociais e culturais. No texto anterior, procuramos demonstrar como a proeminência dos modos de produção são fundamentais para o conceito de renda revolucionária, até pelas próprias contradições da teoria marxista. Mas para não nos fecharmos em uma abordagem limitada, vamos tentar mostrar que é importante também a compreensão da rendrev dentro do entendimento de um ‘espírito do socialismo’.
Neste momento, vale ressaltar uma passagem de Weber, quando diz que o que interessa não é o bom senso comercial dos protestantes da formação do capitalismo, mas um ‘ethos’ específico, visto que a exploração e acumulação já existiam em vários momentos da história.E será que existe um ‘ethos’ específico, um espírito do socialismo, capaz de consolidar uma renda revolucionária? Bom, aqui também é inevitável a necessidade de estudos aprofundados. Seria interessante fazer uma análise baseada na própria história centenária das concepções socialistas. Mas vamos apenas tentar entender inicialmente esse espírito socialista.
Na natureza humana, esse ‘ethos’ weberiano pode ser entendido como uma hegemonia cultural consolidada que baliza as atitudes humanas e que permite o desenvolvimento do capitalismo. Nesse sentido, inegável dizer que também há um ‘ethos’ socialista nos inúmeros cidadãos que dedicam a vida, de forma obstinada e pragmática, à construção de melhores condições de vida não só para sua família (mundo privado), mas também para sua classe, seu grupo, seu país, de forma solidária e cooperativa. Muitas vezes esse espírito do socialismo leva pessoas a tomar atitudes extremas, que põem em risco a própria vida.
.Por Susiana Drapeau.
No final do texto anterior, em que buscamos iniciar a discussão do conceito de rendrev (renda revolucionária), indicamos que um bom weberiano (Max Weber) poderia dar conta do entendimento de uma ética econômica e financeira de rigor superior à ética protestante para que ocorra a materialização e massificação da renda revolucionária.
O projeto está aberto e vamos aqui apenas indicar caminhos de forma que as pessoas em geral, não necessariamente estudiosos, possam compreender o conceito. Óbvio que é necessário um estudo longo e mais complexo para desenvolver de forma bem estruturada esse entendimento.
Weber fez parte dos sociólogos que tentaram responder e contestar, de certa forma, o materialismo histórico formulado por Marx, que coloca as relações dos modos de produção como o elemento determinante das estruturas sociais e culturais. No texto anterior, procuramos demonstrar como a proeminência dos modos de produção são fundamentais para o conceito de renda revolucionária, até pelas próprias contradições da teoria marxista. Mas para não nos fecharmos em uma abordagem limitada, vamos tentar mostrar que é importante também a compreensão da rendrev dentro do entendimento de um ‘espírito do socialismo’.
Neste momento, vale ressaltar uma passagem de Weber, quando diz que o que interessa não é o bom senso comercial dos protestantes da formação do capitalismo, mas um ‘ethos’ específico, visto que a exploração e acumulação já existiam em vários momentos da história.
E será que existe um ‘ethos’ específico, um espírito do socialismo, capaz de consolidar uma renda revolucionária? Bom, aqui também é inevitável a necessidade de estudos aprofundados. Seria interessante fazer uma análise baseada na própria história centenária das concepções socialistas. Mas vamos apenas tentar entender inicialmente esse espírito socialista.
Na natureza humana, esse ‘ethos’ weberiano pode ser entendido como uma hegemonia cultural consolidada que baliza as atitudes humanas e que permite o desenvolvimento do capitalismo. Nesse sentido, inegável dizer que também há um ‘ethos’ socialista nos inúmeros cidadãos que dedicam a vida, de forma obstinada e pragmática, à construção de melhores condições de vida não só para sua família (mundo privado), mas também para sua classe, seu grupo, seu país, de forma solidária e cooperativa. Muitas vezes esse espírito do socialismo leva pessoas a tomar atitudes extremas, que põem em risco a própria vida.