“Os ex militares cabeças do golpe” de 8 de janeiro, voltam com as fake news do comunismo

“Os ex militares cabeças do golpe” de 8 de janeiro, voltam com as fake news do comunismo

“Os ex militares cabeças do golpe” de 8 de janeiro, voltam com as fake news do comunismo

Tema que interessa muito as Forças Armadas, para falar de seu falso créditos de 1964 e recuperar credibilidade. Triste e mentiroso engano.

Arte: Clker-Free-Vector-Images/Pixabay

Os militares para justificarem o golpe de 1964, usam a desculpa que salvaram o Brasil do comunismo. Mas o que fizeram quando foram direcionados pelo governo ianque – foi colocar o país dentro de regime de exceção que durou 21 anos, – com torturas, mortes, censura, AI 5 e outros gigantescos prejuízos ao desenvolvimento da indústria nacional.

Nesta opinião demostrarei que o primeiro e principal motivo do golpe que derrubou João Goulart, foi a defesa das indústrias americanas em território brasileiro, tudo o mais foi só “para inglês ver”.

Este ditado que se originou das “leis de mentiras” que o governo brasileiro criou para permanecer com a escravidão no século 19, sabendo que elas não teriam efeito algum, apenas para os ingleses pararem de pressioná-los. Continua em grande uso, dois séculos depois, e foi muito bem aproveitado pela língua inglesa praticada pelo Tio Sam.

Os EUA trouxeram suas industrias montadoras de veículos para o Brasil, durante o governo de Juscelino Kubitschek, e usaram a ameaça do comunismo como cortina de fumaça, para não diminuíssemos os seus lucros e seu expansionismo na área.

Sobre os nossos militares terem livrado o país da ameaça comunista:
Para começar tenho que dizer que João Goulart nunca foi um comunista. Ele era um dos maiores latifundiário do Brasil e o próprio embaixador Lincoln Gordon dos EUA, que morou e trabalhou aqui de 1961 até 1966, disse em entrevistas que João Goulart, não era comunista.

Gordon lançou seu livro “Brasil’s Second Chance”, veio à São Paulo, no ano de 2003, deu entrevistas à Folha de São Paulo e outros jornais. Disse o embaixador que Jango não era nem um pouco comunista, e que conversava muito com o Jango.

É obvio que ele não podia ser o delator de sua pátria, para relatar no livro, sobre as verdadeiras razões – de como ele foi o maestro aqui no Brasil do golpe – cujo maior interessado era o povo americano, na sua centenária história de explorar as nossas riquezas e venderem seus produtos.

Menciona no livro apenas telegramas nos dias 30 e 31 de março de 1964, para deixar a impressão que foi um golpe 100% brasileiro.

Conseguiram fortalecer esta mentira, sobre o perigo comunista, também porque no curto período do governo de Jânio Quadros, a crise econômica do Brasil, obrigava abrir novos parceiros de negócios. Assim Jânio abriu relações com a URSS comunista, condecorou Guevara, para ter negócios com a nova Cuba e enviou seu vice João Goulart à Pequim, para iniciar negócios com a China. Tudo que o governo JFK não podia permitir.

Assim derrubaram Jânio com ajuda da maçonaria e dos militares, e não queriam deixar que Jango que ainda estava em Pequim, assumisse o governo, na sua volta para o Brasil.

Philip Agee agente da CIA – Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, que atuou entre 1957 e 1969, conta nas 650 páginas de seu livro “Diário da CIA”, – publicado no mundo inteiro em 1975, – muitos dos passos do que a CIA fez no Brasil, até chegarmos em 1964.

O próprio governo americano em 2014, cinqüenta anos apos1964, também abriu parcialmente os arquivos da CIA, para o que foi feito aqui no Brasil e revela em parte o quanto e como fez o governo americano para provocar a derrubada de Jango.

Não é segredo o que foi a Operação Brother Sam e como a CIA e a forças armadas dos EUA, deram suporte para ser implantada ditadura militar no país, sempre usando o avanço comunista, que em 1959 havia dominado Cuba. O controle americano nas Américas, para proteger seus “eternos países reféns”, era tamanho que o próprio presidente Kennedy tinha um grampo nos telefones do Jango, que eram gravados em dispositivos e controlados pela CIA, em uma sala ao lado do salão oval da Casa Branca.
Eles já faziam, isto 60 anos antes da ABIN de Bolsonaro, General Heleno, Coronel Marcelo Camara, Major Rafael Martins, e do delegado Alexandre Ramagem, usarem aqui também. Isso tudo é, muito comum no ambiente que sempre viveu Bolsonaro e ele acredita, que é algo tão natural que até realizou reuniões ministeriais para tratar do seu golpe.

Voltando para as ações dos EUA , em nosso território, o General Vernon Walters, que foi adiado militar no Suez, lá com as tropas da ONU, no Canal Suez e que ficou amigo do General Golbery do Couto e Silva, quando era ministro do departamento de segurança do John Kennedy, mandou dinheiro da “Aliança para o Progresso”.

Usaram essa fantasia da – “Aliança para o Progresso” -, sendo o Brasil a primeira vítima dos EUA, para financiar o primeiro golpe na américa do Sul e que aconteceu no Brasil, em 1964.

Parte deste dinheiro o General Golbery, que era o controlador de confiança do General Walters, direcionou para as senhoras da liga das Senhoras Católicas do Rio de Janeiro, cuja presidente era, não menos que, a sua esposa. Essa grana comprou a tese, da chegada do comunismo e as damas católicas junto com a igreja, saíram as ruas naquela passeata “Deus família e Propriedade”, que validou o golpe para proteger o país contra o comunismo.

Mais uma vez, alguns anos depois, já dentro da ditadura militar Bolsonaro tenente, era obediente as ordens destas bestas, não é por nada que ele é até hoje admirador do torturador “Brilhante Ustra”. Não será surpresa para mim, que algum dia ele, o cadete nº 531, e depois tenente em 1974/75 que ficou conhecido entre os colegas pelo apelido Cavalão, graças à disposição física, seja revelado como um dos torturadores daquele período.

Também não é segredo para muitos que um outro General, recebeu 5 milhões de dólares para dividir com seus pares, para atender os ianques.

O que a aconteceu de verdade, entenderão melhor, a partir de agora, da forma que construí este relato, dentro de um raciocínio logico dos fatos. Está cronologia não encontrará em livros, mas é só ver o que aconteceu nos anos que antecederam o 31 de março 1964, somar os fatos, e concluirá o que eu vou dizer que é a verdadeira história que os militares não contam.

O golpe que derrubou Joao Goulart foi 90% exclusivamente para proteger e ampliar as indústrias americanas não permitindo o crescimento da indústria brasileira. Tudo o mais que tem sido escrito e dito é cortina de fumaça que pretendem deixar no limbo, ocultando a verdade e o restantes 10% da índole militar brasileira golpista (CLIQUE E VEJA MINHÁ OPINIÃO DE “A Noite da Agonia”: O primeiro golpe militar em 1823 , no mais, entraram na onda ianque oportunistas políticos, das oposições contra Jango e outros inocentes uteis.

DIRETO NO PONTO:

O governo dos EUA trabalhou muito para tentar impedir a aprovação de uma lei que reduzia consideravelmente as remessas de lucros das firmas estrangeiras no Brasil. Um projeto de lei que não era de Jango, e que começou ainda no governo Vargas, fase a criação da Petrobrás, contra o mando no Brasil de um grupo conhecido como as Sete Irmãs do Petróleo. A história teve início em 1928, quando as sete empresas firmaram o acordo Achnacarry. O grupo era composto pelas empresas: Exxon; Shell; BP; Mobil; Texaco; Gulf e Chevron.

Esse projeto, da Lei de Remessa de Lucros ganhou mais força nos governos JK e Jânio que também como Jango não eram comunistas. Jânio era da UDN e JK do PSD. O autor do projeto foi – o deputado Celso Brandt do PR mineiro – e virou lei aprovada com o numero Lei 4.131/1962 e sancionda por Jango em setembro.

O embaixador Gordan, dos EUA, deu uma declaração a imprensa, na época da aprovação, que era um recado de alertava ser um “fator perturbador para os Estados Unidos a aprovação da lei”.

Agente da CIA. Philip Egee, relatou em 650 páginas de seu livro “Diário da CIA , em 1975, muito sobre este golpe de 1964 e tudo o que vivenciou aqui. Também na década de 2010 quando venceram os 50 anos do golpe de 64, muitos documentos foram revelados pelo próprio governo americano.

Ficou cristalino – depois de várias revelações, dos documentos da CIA – que os EUA financiaram no Brasil 8 candidatos a governador, 15 candidatos a senador, 250 candidatos a câmara federal e mais de 500 candidatos a assembleis legislativas nos estados, tudo para atuarem em favor dos americanos quando induzidos por algo como a ameaça comunista. Também soubemos dos recursos de milhares de dólares que entraram no Brasil através dos Royal Bank off Canada, Bank OF Boston e Firt Nacioal City Bank, a partir de 1.962, para financiar o golpe em curso. Igual a este momento, estamos vendo hoje o STF buscar os financiadores do 8 de janeiro, onde deve ter dinheiro até do fundo partidário, partido do PL de Valdemar e Bolsonaro.

E também naquele período da história aconteceu o envio para o Brasil, de mais de 5.000 cidadãos dos EUA, entre eles militares e agentes da CIA. Estiveram aqui infiltrados, entre os anos de 1961 e 64, em volta de todas as grandes instituições para agirem como informantes e controladores, e também serem os maiores alimentadores de notícias sobre o Jango pretender infiltrar o comunismo.
Essa história de comunismo, além das de seus ídolos torturadores, com quem viveu o “Cavalão”, um deles o Brilhante Ustra, parece ter sido o principal ensinamento que o tenente aposentado como capitão, aprendeu nos seus 15 anos dentro da caserna. Assim conseguiu ficar imune para ser aposentar sem pagar pelos atos terroristas, um deles o plano de explodir a Adutora Guandu. Certamente não foi castigado para não denunciar seus pares com seus incríveis e os poucos 33 anos de vida, aposentado com todas as regalias do cargo de capitão. Muito estranho tudo isso, quando sabemos que 30 anos depois, ele volta apoiado pelos militares para ser o presidente do Brasil.

VOLTANDO PARA DAR MAIS ELEMENTOS DAS AMEAÇAS SOBRE AS FAKES NEWS DO COMUNISMO QUE SERIA IMPLANTADO POR JOÃO GOULART, SEGUNDO OS MILITARES E OS EUA

Depois de 1956 que Fidel, desembarca em Cuba no iate Granma, com Che Guevara e mais 80 revolucionários que culminou derrubada de Fulgêncio Batista em 1959, tudo tinha de ser feito para proteger os EUA, do comunismo. Eles mal haviam passado pelo macarthismo, do senador Joseph Raymond McCarthy – que foi o pavor dos cidadãos americanos na década de 1950, durante da Guerra Fria – e a nova Cuba de Fidel, acabava de fazer convênios de cooperação com antiga URSS.

Essa entrada nas américas do comunismo via Cuba, com a instalação, em 1961, dos mísseis da URSS em Cuba, na Baía dos Porcos, – ameaçava os interesses americanos – e o que estava firmado na Doutrina Monroe, há quase 200 anos, batizada com a frase “América para os Americanos”.

Assim os capitalistas das industriais dos EUA, que durante o governo do JK, tinham implantado montadoras de veículos no Brasil – e que junto com elas, também vieram as indústrias satélites, – o presidente John F. Kennedy estava sendo cobrado pelo povo para proteger os interesses da América.
O Brasil até então só exportava café, e derrubava madeira e extraia minerais para vender, não ameaçava em nada as indústrias dos EUA.

Nossas indústrias estavam gatinhando. Assim surgiu uma guerra entre os capitalistas dos EUA (industriais) e os capitalistas brasileiros filiados a FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
Foi quando por volta de 1957/58 que a FIESP começo a fazer um lobby no congresso nacional para aprovar uma nova lei da remessa de lucros de firmas estrangeiras aqui instaladas. A Lei proposta limitava a remessa e apenas 10% do lucro o resto tinha que ficar aqui, investido em solo brasileiro.

Isso os EUA, junto com a OTAN, fizerem com o
Muammar al-Gaddafi, na Líbia, o maior produtor de petróleo da África, quando ele criou dispositivos contra as irmãs do petróleo no mundo, instaladas na região da Cirenaica. Gaddafi pretendia a exemplo do Iraque, de Saddam Hussein, liberar-se do petrodólares e trabalhar com moeda própria, o que faz o Irã já há algum tempo e sofre perseguição e sanções dos EUA. E foi por isso que pagaram milicianos, para invadir a Líbia e matarem o Gaddafi.

Então aqui no Brasil os EUA compravam deputados de um lado e a FIESP, do outro lado fazia pagava lobby , com o apoio da esquerda brasileira se uniram para também envolver deputados. Uma guerra – que não chegou totalmente esclarecida para a imprensa, pois todos estavam comprando e muitos deputados estavam se vendendo. Isso dificilmente vaza.

Mas o esforço da FIESP e esquerda valeu e em agosto de 1963 a lei foi aprovada no Congresso Nacional limitando a remessa em 10%. Lei que não foi proposta pelo Jango e que ele até relutou em sancionar. Jango na época estava debruçado em suas “Reformas de Base”‘. Ele demorou para sancionar lei, porque sabia que os americanos iriam derruba-lo usando o “glorioso de araque” exército nacional. Mas diante de muita pressão tanto da direita como da esquerda, ele teve para sancionar a lei. Cuja lei cumpriria o plano de desestimular os estrangeiros a terem indústrias no Brasil, assim a nossa indústria entraria como fornecedora de peças para as montadoras.
Meu pai, também Guilhobel, que era assessor do Amaury Silva Ministro do Trabalho, de Jango, e estava do lado da mesa quando o Jango sancionou a lei, ele ouviu o ministro Amaury dizer para o Jango:
” O senhor acaba de assinar a sua deposição do cargo de presidente da República”
E o batom “na cueca dos milicos” que estavam junto com os EUA, está em que :
A primeira lei revogada pelos militares, foi está lei a da remessa de lucros.

A queda de Jango a partir deste momento, da sanção da lei limitando a remessa de lucros, era só questão de tempo.

EUA precisavam colocar os militares – como outro elo de ligação – para o governar o Brasil. Assim o comunismo também não entraria aqui, coisa que Jango também não faria, e poderiam proteger a suas indústrias, após também derrubarem a lei, e foi o que fizeram. No início de março de 1964 o então secretário assistente de Estado para Negócios Interamericanos dos EUA, Thomas Mann, declarou, que “os Estados Unidos não mais procurariam punir as juntas militares por derrubassem regimes democráticos”. Estava dada a autorização para o golpe militar contra Goulart

Os ianques prevendo uma possível guerra civil, em uma divisão das nossas forças armadas, estariam prontos a participar do conflito por meio da Operação Brother Sam. Autorizaram o envio de cem toneladas de armas leves e munições, navios petroleiros, uma esquadrilha de aviões de caça, um navio de transporte de helicópteros com 50 unidades a bordo, tripulação e armamento completo, um porta-aviões, seis destróieres, um encouraçado, um navio de transporte de tropas e 25 aviões para transporte de material bélico.

Não foi desnecessário enviar tudo, não houve qualquer resistência de Jango, que se retirou para o Uruguai. Mas enviaram um porta aviões o porta-aviões USS Forrestal, que tinha mais aviões que toda a aeronáutica brasileira, que ficou ancorado em aguas do estado do Espirito Santo por alguns dias.

Enfim as duas gotas d’agua para os EUA foi o 13 março de1964 , para derrubarem de vez o governo de Jango. Quando em discurso para 350 mil pessoas na praça em frente a Central do Brasil, Jango anunciou, dois decretos.

Um deles Estatizando as Refinarias particular e derivados de petróleo, dentro do Brasil e o segunda foi uma reforma agraria desapropriando em terras vizinhas de ferrovias, de rodovias e de açudes.

Sobre esta pequena reforma agraria, que o povão foi convencido que é coisa de comunista e de malandro e sem terras, não é nada diferente do que fizeram os americanos, para ocuparem com estrangeiros as terras tomada dos mexicanos e índios.

Em 20 de maio de1862, o presidente Abraham Lincoln promulgou a Lei de Homestead act, ou Lei de Terras, que foi aprovada pelos congressistas americanos, um ano depois do início da Guerra Civil.

Você certamente assistiu filmes da conquista do oeste, onde saiam em corridas de carroças, com as famílias geralmente de emigrantes europeus, para receber de terras de graça. Quem chegasse e a ocupasse até 160 acres de terra, aproximadamente 65 hectares , no oeste americano teria o documento, depois de 5 anos desde que: demonstrasse ter feito uso produtivo da terra.

Essa lei, Lei de Terras grátis, permitiu o governo dos EUA entregar mais de 600.000 títulos de terras, foi a base da riqueza agro pecuária dos EUA, que é líder no mundo. No ano de 1.900 mais de 75% dos americanos tinham propriedade próprias a maioria produzindo, quando que no Brasil no mesmo ano não passavam de 17% os proprietários de terras.

Por Guilhobel A. Camargo – Gazeta de Novo