Milei decreta intervenção nas mídias públicas da Argentina

Milei decreta intervenção nas mídias públicas da Argentina

Milei decreta intervenção nas mídias públicas da Argentina

Federação Argentina dos Trabalhadores da Imprensa chama o ato do presidente de "absolutamente autoritário"

Isadora Costa[email protected]

Foto: TwitterX @jmilei

 

O presidente da Argentina, Javier Milei, decretou intervenção da mídia pública no país. A medida é uma das promessas da campanha do ultradireitista, que, mesmo sem a maioria no parlamento, pode acabar gerando a privatização dessas empresas.

Para que as empresas de mídia pública da Argentina sejam privatizadas, é necessária aprovação legislativa. No entanto, a aprovação pode ser consolidada, uma vez que os meios de comunicação públicos não tem tanta força no país.

Como justificativa para a intervenção, o governo argentino disse que é “necessário otimizar a eficácia e eficiência das ações” da mídia pública. O decreto de Milei exonerou a direção colegiada que dirigia as emissoras e veículos públicos e colocou interventores no lugar. Entre os poderes dos interventores, está o de “operar e manter as sociedades de modo a manter a gestão administrativa com objetivo de tornar sustentáveis ditas empresas”.

Protesto dos trabalhadores da mídia

A Federação Argentina dos Trabalhadores da Imprensa (Fatpren) publicou uma declaração a respeito da intervenção de Milei. De acordo com o documento, o ato do presidente “viola a legislação vigente” e “passa por cima do Congresso e da Nação”.A F

Ainda na declaração, a Fatpren afirma que os veículos públicos funcionam de acordo com a legislação e através de um “controle democrático do parlamento e do povo”, que a intervenção é “absolutamente autoritária” e que fica clara a intenção do Poder Executivo de privatizar as mídias “para fazer com eles um negócio”.