Notícias: Resumo de domingo - 18 de dezembro de 2022 

Notícias: Resumo de domingo - 18 de dezembro de 2022 

Notícias: Resumo de domingo - 18 de dezembro de 2022 

Edição de Chico Bruno  

 

Manchetes 

 

Valor Econômico – Não circula aos sábados, domingos e feriados

 

O GLOBO – Aliados disputam ministérios com R$ 300 bi para gastar

 

O ESTADO DE S.PAULO – Startup bilionária vira raridade no Brasil com crise no setor

 

FOLHA DE S.PAULO – Lula soma entraves políticos a 2 semanas de voltar ao Planalto

 

CORREIO BRAZILIENSE – Lei de Cotas transforma a realidade dos jovens

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Ministérios em jogo - No intricado xadrez de montagem do governo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva enfrentada disputa acirrada dos aliados por quatro ministérios: Integração Nacional, Cidades, Desenvolvimento Social e Minas e Energia. PT, MDB, União Brasil e PSB cobiçam as chamadas "joias da coroa" de olho em seus planos eleitorais: as pastas têm orçamento de R$ 300 bilhões em 2023, capilaridade por municípios, estatais e órgãos com infoinidade de cargos nos estados e um cardápio de programas de forte apelo, como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida. O futuro chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou ontem que a Esplanada de Lula terá 37 ministérios.

 

Escafederam-se - As grandes rodadas de investimento em startups de tecnologia, que se popularizaram em 2020 e 2021 e alavancaram diversas "techs" ao status de unicórnio (empresas com avaliação de nercado acima de US$ 1 bilhão) desaparecem neste ano. Várias empresas unicórnios viram também seu valor despencar e foram obrigadas a cortar custos e a fazer demissões. Em 2021, no mundo, 529 empresas viraram unicórnios, sendo 6 delas no Brasil. Neste ano, porém, o número global de unicórnios caiu para 238, com apenas dua brasileiras no clube.

 

Entraves de Lula - A duas semanas de tomar posse, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá que correr contra o tempo para concluir a montagem do governo e garantir, no Congresso Nacional, fonte de recursos para suas principais promessas de campanha. Entre elas, a manutenção do valor de R$ 600 mensais do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) e o reajuste do salário mínimo. O principal problema está no impasse para aprovação da chamada PEC da Gastança, que libera R$ 168 bilhões em despesas para o novo governo. As negociações patinam em meio a disputas por ministérios - serão 37, disse ontem o futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) - e incertezas sobre o futuro das emendas de relator, que estão sob análise de constitucionalidade em um julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal). Para consolidação da base de governo, o petista terá também que acomodar ainda em seu ministério legendas como MDB, PSD e União Brasil. No entanto, ele ainda não concluiu as conversas com aliados de primeira hora, como PC do B, PV e até mesmo o PSB de seu vice, Geraldo Alckmin.

 

Cotas - Ao completar dez anos, a Lei de Cotas deu início a uma revolução silenciosa no Brasil. A regra que determina uma reserva de vagas no ensino superior a estudantes de escolas públicas, de baixa renda, a negros, pardos e outras parcelas da população, abriu caminho para reduzir a desigualdade social. Em pesquisa realizada pela Box1824 e Empodera, 78% dos cotistas entrevistados disseram que não cogitariam ingressar em uma universidade se não houvesse ações afirmativas. O estudo revelou também que o acesso ao ambiente universitário amplia a rede de contatos dos cotistas, estimula parentes e amigos a se dedicar aos estudos e representa melhores chances de emprego.

 

Mortes - Morreu, neste sábado (17/12), aos 85 anos, a escritora Nélida Piñon. Mundialmente reconhecida pelo trabalho literário, Nélida era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e foi a primeira mulher a ser presidente da instituição, ainda em 1996. O jornalista Carlos Brickmann morreu neste sábado (17), aos 78 anos. Em outubro, ele foi internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, com um quadro infeccioso. Emprestou ao jornalismo 59 anos de sua história —muitos dedicados à Folha, onde iniciou a carreira, em 1963, aos 18 anos, no copidesque. Em 1983, foi o primeiro repórter a cobrir a campanha das Diretas, pela Folha.

 

Mudança indefinida - Luiz Inácio Lula da Silva não deve ocupar a Granja do Torto, que tradicionalmente  abriga os presidente eleitos antes da posse. Apesar de o imóvel estar desocupado, é preciso uma visita técnica. “Uma equipe irá à Granja para verificar as condições em que se encontra”, disse o futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa. Como faltam poucos dias para a posse, o mais provável é que Lula continue instalado no hotel no centro de Brasília.

 

PSol formaliza apoio a petista no Congresso - Após reunião do Diretório Nacional, o Psol decidiu manter a aliança fechada ainda na corrida presidencial com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e decidiu, ontem, entrar oficialmente para a base do futuro governo no Congresso. Já a participação no governo, ocupando cargos nos escalões decisórios ou em autarquias e estatais, dependerá da posição que o filiado ocupe na estrutura do partido.

 

Sem lua de mel - Os tropeços na negociação da PEC da Transição e a demora em acomodar os partidos aliados no futuro governo, ameaçam tirar do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a janelinha para a lua de mel com o mercado, a trégua com a parcela da população que não votou nele e com uma parcela expressiva dos congressistas. De quebra, ainda não houve demonstrações claras de que ele caminhará na direção da união nacional propalada aos quatro ventos no discurso de campanha. Lula está mais para 2002, quando optou por atender primeiramente ao PT e suas tendências. Pelo menos essa é a leitura do meio político, depois de constatar que o Ministério da Educação, um dos principais da área social, ficará para o ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT), e o Trabalho para Luiz Marinho (PT) — sem mencionar Fernando Haddad na Fazenda. Não houve convites (ainda) aos integrantes de fora da órbita petista que deram a Lula a vitória nas urnas por uma pequena diferença de votos. No mercado, a avaliação é de que ainda há tempo para tentar corrigir rotas e “descer do palanque”. Mas, até aqui, o que se vislumbra é um futuro governo mais petista e uma PEC da Transição com muito além do necessário para o Bolsa Família. Vale lembrar: no dia da eleição, esta coluna publicou o alerta do diretor do Instituto de Democracia e Assistência Eleitoral para América Latina e Caribe, Daniel Zovatto, de que “os ciclos políticos estão cada vez mais curtos” e quem vencesse teria a missão de unir o país. Se Lula reservar todo o filé do governo para o PT, essa união não virá.

 

E o Cabral, hein? -  Os bolsonaristas se preparam para ir à tribuna, nesta última semana de funcionamento do Congresso do governo, para dizer que bastou Lula vencer para Sergio Cabral passar o Natal em liberdade. Obviamente, as duas coisas não estão relacionadas. Réu confesso da Lava-Jato depois de desfrutar de uma vida nababesca com dinheiro público, Cabral cumpria prisão preventiva há seis anos. Se alguém tem culpa por essa situação, é um sistema judiciário que abre brechas para essas decisões. Por falar em Lava-Jato...O senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) foi às redes sociais para se posicionar a respeito da soltura do ex-governador do Rio: “Sergio Cabral solto, a responsabilidade fiscal abandonada, estatais ameaçadas pela volta do loteamento político. Vivemos tempos desafiadores, nos quais a honestidade parece ter sido banida. Lutaremos no Senado para restabelecer a verdade e a justiça”. Moro não parece ser um personagem a ser esquecido.

 

Barroso nega liberdade para pivô de balbúrdia - O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou dois pedidos de liberdade apresentados pela defesa do indígena José Acácio Serere Xavante, preso na última segunda-feira. Na decisão, o magistrado aponta que o habeas corpus não apresenta os argumentos necessários para esclarecer as controvérsias que levaram à prisão do bolsonarista. “Além disso, o Supremo Tribunal Federal consolidou orientação no sentido do descabimento da impetração de habeas corpus contra ato de ministro, turma ou do Plenário do Tribunal”, salienta a decisão de Barroso. O indígena foi preso na última segunda-feira pela Polícia Federal (PF) por participação em atos antidemocráticos. A detenção, prevista por um prazo inicial de 10 dias, foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, atendendo à solicitação da Procuradoria-Geral da República.

 

Estratégia arriscada do PL - Apesar das seguidas derrotas no Judiciário, o PL — partido do presidente Jair Bolsonaro — está disposto a manter a estratégia de confronto com a Corte e com o ministro Alexandre de Moraes. Integrantes da legenda defendem ingressar com um habeas corpus coletivo no Supremo Tribunal Federal para evitar que parlamentares bolsonaristas sejam afetados por operações de busca, apreensão e prisões como a de quinta-feira, que atingiu extremistas acusados pela Procuradoria Geral da República (PGR) de organizar atos antidemocráticos. As incursões foram autorizadas por Moraes.

 

Bolsonaro teve recaída - Após ensaiar movimentos de saída da reclusão em que mergulhou desde a derrota para Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL) afundou novamente na tristeza com a proximidade de sua saída dos palácios da Alvorada e do Planalto, dizem aliados mais próximos que estiveram com ele nos últimos dias. Eles afirmam que Bolsonaro tem planejado ficar longe da política nos três primeiros meses do ano. Além de deprimido e inconformado com a derrota, que ele atribui à interferência do STF (Supremo Tribunal Federal), ele tem reclamado de cansaço acumulado da campanha eleitoral.

 

Cabral vai cumprir prisão domiciliar - O ex-governador do Rio Sergio Cabral vai cumprir prisão domiciliar em um apartamento da família em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. A expectativa, porém, é que ele não deixe o presídio antes de segunda-feira (19). Preso preventivamente há seis anos em razão das investigações da Operação Lava Jato, Cabral será solto por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que considerou em votação nesta sexta (16) haver excesso de prazo na prisão preventiva do ex-governador. Responsável pela defesa do ex-governador, o advogado Daniel Bialski, diz, porém, que trâmites burocráticos devem retardar a soltura do seu cliente. O STF precisa emitir ofício para a Justiça do Paraná, que depois pedirá a liberação à Justiça do Rio.

 

SP com o caixa gordo - Último de uma dinastia de tucanos à frente de São Paulo em três décadas, Rodrigo Garcia pretende tirar um período de férias após anos como deputado, secretário de estado, vice-governador e, finalmente, governador. Desde abril à frente do Palácio dos Bandeirantes, após João Doria (PSDB) renunciar, Rodrigo diz que deixa um estado com dinheiro em caixa para seu sucessor, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem apoiou no segundo turno contra Fernando Haddad (PT). Rodrigo afirma que acabou engolido pela polarização na campanha e seguiu seu histórico ao se posicionar contra o PT. Apesar de até agora o governador eleito ter deixado o PSDB fora do futuro governo, Rodrigo nega qualquer frustração e diz que cabe a Tarcísio decidir se quer os tucanos na sua base aliada. Ele afirma, inclusive, que faria tudo de novo —apoiar Jair Bolsonaro (PL) contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem dirige as críticas mais pesadas. Para Rodrigo, o presidente eleito começou muito mal ao promover "gastança desenfreada". O atual governador destaca que deixa R$ 30 bilhões em caixa e o menor endividamento da história. Questionado sobre problemas que a administração não conseguiu resolver, como grandes obras de infraestrutura e a cracolândia, ele sustenta que a situação melhorou.

 

Janja influencia na transição e ensaia papel no futuro governo - Ao despachar com a equipe de transição no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, a futura primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, ensaia o protagonismo que terá no futuro governo. Além de ser a responsável pela organização da cerimônia de posse, ela tem influenciado na escolha de nomes e na discussão de políticas públicas das futuras pastas da Cultura, Mulheres e Direitos Humanos. Até mesmo a definição da nova diretoria da Itaipu Binacional, estatal na qual trabalhou por 15 anos, deve passar pelo crivo da mulher do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. O movimento mais recente com as digitais de Janja foi a indicação do secretário nacional de Cultura do PT, Marcio Tavares, para ser o número dois do Ministério da Cultura. Tavares ganhou a confiança da futura primeira-dama após os dois se aproximaram durante a organização de atos da campanha eleitoral com a presença de artistas. A cantora Margareth Menezes, escolhida para comandar a pasta, tinha outros nomes em mente. No caso de Itaipu, Janja tem amigos, conhece os servidores de carreira, as demandas da empresa e, de acordo com auxiliares, costuma ser consultada por Lula quando o assunto se refere à hidrelétrica. De 2005 a 2020, a socióloga trabalhou nas áreas de Assistência da Diretoria-Geral, Assessoria de Energias Renováveis, Assessoria de Responsabilidade Social e Divisão Regional de Recursos Humanos em Curitiba. Cargos na diretoria e no conselho da estatal, porém, costumam ser usados para contemplar aliados políticos. E é de Itaipu também uma das apostas da futura primeira-dama para o Ministério da Mulher. A professora paranaense e ex-diretora da hidrelétrica Maria Helena Guarezi, filiada ao PT, trabalhou com Janja em 12 dos 15 anos em que a socióloga esteve na empresa. A professora integrou o grupo de trabalho de Mulheres durante a transição.

 

Lula escala veteranos do PT para tratar com Centrão - Com uma oposição fortalecida no Congresso após a eleição de outubro, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, escalou um time de parlamentares experientes para comandar a articulação política do novo governo. A tropa de choque será formada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA) e pelos deputados José Guimarães (PT-CE) e Alexandre Padilha (PT-SP) — que deve ser nomeado para o Ministério das Relações Institucionais. Um dos nomes mais próximos a Lula, Wagner já assumiu esse papel antes mesmo de o novo governo começar, tomando a frente das negociações da chamada "PEC da Transição", que passou pelo Senado, mas empacou na Câmara. Ex-governador da Bahia e já tendo ocupado diversos ministérios, incluindo a Casa Civil e a pasta da articulação política, Wagner é conhecido pela capacidade de diálogo e a boa relação com partidos e lideranças. Para garantir os 64 votos de senadores para a PEC — 15 a mais do que o necessário —, falou em nome de Lula com cada um deles, até mesmo com aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL). Recebeu Romário (PL-RJ) e o líder do governo, Carlos Portinho (PL-RJ), em seu gabinete e conversou com Flavio Bolsonaro (PL-RJ) sobre a PEC. De acordo com petistas, Wagner teve aval do presidente eleito para tratar com parlamentares sobre eventuais espaços no futuro governo. Na quarta-feira passada, por exemplo, esteve no gabinete do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que já indicou a necessidade de Lula entregar cargos ao Centrão para que a PEC avance. No dia seguinte, recebeu os senadores Alexandre Silveira (PSD-MG), cotado para assumir o Ministério da Infraestrutura, e David Alcolumbre (União Brasil-AP). Mesmo com a confiança que Lula lhe deposita, Wagner deve ficar de fora da escalação da Esplanada dos Ministérios. A nomeação do primeiro escalão deve tirar da base do Senado alguns aliados importantes de Lula, como os senadores eleitos Flávio Dino (PSB-MA), já anunciado para a Justiça, e Camilo Santana (PT-CE), cotado para chefiar o Ministério da Educação no futuro governo, além do senador Alexandre Silveira. Jaques Wagner tem dito que acredita ser mais útil a Lula no Senado, onde deve ocupar a posição de líder do governo.

 

Após derrota, o 'limbo' de candidatos sem mandato - Candidatos a governos estaduais que foram derrotados e ficarão sem mandato, como Alexandre Kalil (PSD), em Minas, ACM Neto (União), na Bahia, e Rodrigo Garcia (PSDB), em São Paulo, perderam espaços políticos e partidários e encaram a possibilidade de iniciar 2023 em uma espécie de “limbo”. Outros nomes que verão o mandato expirar no início do ano que vem, caso dos deputados federais Marcelo Freixo (PSB-RJ) e Marília Arraes (Solidariedade-PE), aspiram a uma vaga no governo Lula (PT). Kalil, que renunciou à prefeitura de Belo Horizonte para concorrer contra Romeu Zema (Novo), viu o grupo político que apoia o governador avançar no controle da Câmara Municipal da capital mineira. O movimento aumentou a instabilidade no mandato de seu sucessor na prefeitura, Fuad Noman (PSD), que já era alvo de pedidos de impeachment em análise pelos vereadores. Em São Paulo, o atual governador, Rodrigo Garcia, chegou a apoiar no segundo turno o governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas viu seu grupo político ter portas fechadas na futura gestão devido a atritos antigos com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Segundo interlocutores, Garcia declarou apoio ciente dos entraves com Kassab, e buscava se posicionar para um posto na máquina federal numa eventual reeleição do presidente Jair Bolsonaro, que acabou não ocorrendo. Agora, a tendência é que o governador passe um semestre com a família nos Estados Unidos após transmitir o cargo em janeiro, de acordo com aliados. Na Bahia, ACM Neto vem sendo aconselhado a assumir a presidência da Fundação Índigo, órgão dentro da estrutura do União Brasil, como alternativa para recursos e máquina administrativa à disposição no período sem cargos públicos. Neto, atual secretário-geral do partido, disputa influência no União com o presidente da legenda, o deputado federal reeleito Luciano Bivar (PE). Bivar sinalizou apoio a Lula no segundo turno presidencial, enquanto Neto travava uma disputa estadual com o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, que acabou eleito.