Manchetes de domingo, 16 janeiro 2022

Sempre as mais importantes notícias de domingo para sua leitura.

Manchetes de domingo, 16 janeiro 2022

Resumo de domingo, 16 janeiro de 2022 

 

Edição de Chico Bruno 

Manchetes de domingo, 16 janeiro 2022

O ESTADO DE S.PAULO – Novas técnicas avançam na detecção e combate ao câncer

 

FOLHA DE S.PAULO – População que diz ter contraído Covid é o dobro da conta oficial

 

O GLOBO – Ômicron exige acelerar vacinação de uma parcela maior da população

 

CORREIO BRAZILIENSE – Começa hoje a vacinação de crianças com 11 anos

 

Destaques de primeiras páginas e do editor 

 

Combate ao câncer - A ciência está avançando na luta contra o câncer. As novidades incluem um “bafômetro” capaz de detectar tumores no aparelho digestivo, a evolução da técnica de imunoterapia e a infusão de linfócitos T geneticamente modificados, a alteração das bactérias que povoam o intestino e também uma série de novos medicamentos, informa Cristiane Segatto. Esses avanços podem suprir as principais necessidades e trazer esperança aos cerca de 625 mil brasileiros que, a cada ano, descobrem ter a doença, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Nos estudos iniciais, a capacidade de detectar tumores pelo “bafômetro” superou os 70%.

 

É o dobro - Um em cada quatro brasileiros com 16 ou mais anos de idade diz ter recebido diagnóstico de Covid desde o início da pandemia, o que representa cerca de 42 milhões de pessoas infectadas, segundo pesquisa do Datafolha. O número é quase o dobro do total de casos registrados oficialmente no país. A pesquisa foi feita por telefone nos dias 12 e 13 de janeiro, com 2.023 pessoas de 16 anos ou mais em todos os estados do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo o levantamento, 25% dos entrevistados disseram ter feito teste que confirmou a infecção pelo vírus, o que significa 41,95 milhões de pessoas contaminadas desde março de 2020. Os registros oficiais, coletados pelo consórcio de imprensa, somaram, até esta quinta (13), 22,8 milhões de casos confirmados para a doença em todo o período da pandemia. Os dados oficiais de casos positivos reunidos pelo consórcio se referem a todas as idades. Já os do Datafolha só indicam as infecções em quem tem mais de 16 anos, o que aponta para uma subnotificação ainda maior nas estatísticas do país.

 

É preciso acelerar - Um ano após o início da vacinação contra o Covid, o Brasil está colhendo benefícios positivos da vacinação, reduzindo casos graves e óbitos. Mas o surgimento do Ômicron, com uma das maiores taxas de transmissão entre os vírus, ampliou a necessidade de cobertura vacinal, dizem os cientistas. Estima-se que a circulação do coronavírus seria contida com entre 60% e 70% da população vacinada. Agora acredita-se que é necessário se aproximar da vacinação total dos brasileiros. Isso inclui completar a vacinação com duas doses, ainda em 68%, ampliar o reforço, acelerar a vacinação entre 5 e 11 anos e desenvolver vacinas para crianças mais novas.

 

Insuficiente - A quantidade de imunizantes enviados pelo Ministério da Saúde (16.300) é insuficiente para atender a faixa etária no DF. Novas remessas devem chegar no meio da semana, com pelo menos 23.634 doses. Ainda este mês, outras 16.300 vacinas estão previstas. 

 

Covid abalou democracia em boa parte dos países da região - A pandemia aprofundou a incerteza e a instabilidade na América Latina pelo segundo ano seguido, sendo usada por governos para restringir as liberdades civis. No último ano, mais da metade dos países da região tiveram piora nos índices de democracia, acendendo um sinal de alerta para o futuro. A constatação é do Índice de Risco Político da América Latina, do Centro de Estudos Internacionais da Universidad Católica de Chile (Ceiuc). O documento aponta que a região vive uma crise tripla: de governabilidade, de expectativas e de certezas – todas agravadas pela pandemia. A América Latina concentra um terço das mortes por covid no mundo. A pandemia, porém, foi uma “oportunidade para governos concentrarem mais poder e usarem indevidamente os estados de emergência”, diz o relatório. “Novos autoritarismos surgiram em sociedades impacientes, desconfiadas e atingidas pela emergência sanitária.” Como exemplo de deterioração democrática, o índice cita problemas de governabilidade no Peru e no Equador, os ataques contra organismos eleitorais no Brasil, El Salvador e México, e escândalos de corrupção no Chile e na Colômbia. Além disso, o texto fala em “tendências populistas em El Salvador e no Brasil”. “Durante a pandemia, embora o número de democracias tenha se mantido, mais da metade dos países experimentaram erosão em suas características elementares, levando regimes híbridos a se tornarem autocráticos e ditaduras a se consolidarem”, informa o texto.

 

Fundo Partidário bancou itens de luxo, avião e reforma de imóvel - De cada R$ 10 recebidos pelos partidos de dinheiro público em 2015, R$ 1 foi gasto de forma questionável. Esse foi o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao julgar as prestações de contas das siglas. Entre as despesas que a Justiça Eleitoral reconheceu como irregulares estão compras de itens de luxo, festas, reforma em imóveis de dirigentes, viagens injustificadas, pagamentos em duplicidade e honorários para advogados de réus da Lava Jato, além de indícios de falsidade ideológica. Embora as despesas sejam de quase sete anos atrás, esse é o período mais recente analisado pela Justiça Eleitoral. Toda a movimentação do Fundo Partidário desde então ainda está passível de apreciação pelo TSE. O tribunal prioriza a avaliação de gastos eleitorais, principalmente dos vencedores, mas as despesas dos derrotados e dos partidos não seguem o mesmo ritmo, até porque os prazos são menos exíguos. Dos R$ 811 milhões disponíveis para os partidos em 2015, R$ 76,8 milhões foram considerados irregulares pelo TSE. Naquele ano, nenhuma sigla passou incólume pelo crivo. Tiveram as contas reprovadas 20 legendas. Outras 13 foram aprovadas com ressalvas. As informações sobre o Fundo Partidário foram reunidas pela iniciativa Freio na Reforma, composta por entidades da sociedade civil, diante da discussão no Congresso de projetos que modificam os sistemas de prestação de contas. As propostas estão em tramitação no Senado – inclusive a que acaba com o prazo de cinco anos para a apresentação de documentos referentes às despesas do Fundo Partidário. 

 

De parques a aeroportos, Brasil tem 58 projetos de concessão e PPPs - Os governos federal, estadual e municipal prometem licitar neste ano 58 projetos de infraestrutura, parques e unidades de ensino. No total, as concessões e Parcerias Público Privadas (PPPs) vão representar investimentos de R$ 219,7 bilhões ao longo dos contratos. Mas, apesar de incluir projetos cobiçados, como os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont e o Porto de Santos, a atratividade das concessões pode ser comprometida pelo cenário mais conturbado provocado pelas eleições. Dos 58 ativos a serem concedidos, 29 são estaduais, 20 federais e 9 municipais, segundo levantamento da consultoria Vallya, que mapeia todos os projetos de infraestrutura no País. Em termos de investimentos, há uma concentração nos empreendimentos federais, que respondem por 74% do total. Outra constatação do estudo é que mais da metade dos recursos virá das rodovias. Apesar dos números bilionários, o montante é insuficiente diante das necessidades do País, diz João Pedro Cortez, sócio da Vallya. Por limitações orçamentárias, boa parte dos investimentos do setor é feita pela iniciativa privada. “Para suprir a necessidade do País, esse número de projetos deveria mais do que triplicar.” Pelo levantamento, 11 projetos já estão em processo de licitação, 2 em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) e outros 45 em consulta pública e estruturação de projeto e modelagem. Para Cortez, a expectativa é de que os governos consigam licitar os ativos, sobretudo aqueles ligados a setores mais maduros, como rodovias, aeroportos e terminais portuários. Outros, como parques e iluminação pública, podem sentir algum reflexo das incertezas de 2022, diz ele.

 

Pré-Bolsonaro, obra de d’Avila aponta rumos ao Brasil de hoje - Pré-candidato à Presidência, o cientista político Luiz Felipe d’Avila (Novo) relançou neste mês seu “guia” de diretrizes para mudar o País. Editado pela primeira vez em 2017, o livro 10 Mandamentos – do País que Somos para o Brasil que Queremos revela parte dos pensamentos de d’Avila sobre os motivos pelos quais a economia e a sociedade brasileira estagnaram nos últimos anos. E aponta soluções que devem permear sua campanha eleitoral, como a defesa de reformas estruturais, a necessidade de engajar os cidadãos e a busca por melhores serviços públicos. Fundador do Centro de Liderança Pública (CLP), grupo interessado em promover boas práticas de gestão, o presidenciável divide a obra em três partes. A proposta tem por objetivo primeiro situar o leitor sobre os problemas atuais e seu contexto histórico, para depois apresentar soluções encontradas dentro da lógica liberal. Para d’Ávila, o Brasil vive três grandes crises – de cidadania, de liderança política e de gestão pública – que vêm debilitando o Estado e ameaçando minar a democracia. Escrito antes das eleições de 2018, o livro não aborda o governo Jair Bolsonaro nem a pandemia, mas se mantém atual ao citar desafios que ainda não foram enfrentados. “A democracia liberal requer a existência de uma esfera pública na qual as relações institucionais se sobrepõem às relações pessoais, o interesse público ao privado, a soberania do Estado e da lei aos laços familiares e domésticos.”

 

‘O denuncismo é muito danoso à vida brasileira’ - O ex-governador de Minas Eduardo Azeredo, de 73 anos, diz não sentir mágoas do PSDB, apesar de “alguns” correligionários terem evitado mantê-lo “muito perto” durante o processo que culminou com sua prisão, em maio de 2018, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro no caso que ficou conhecido como mensalão mineiro. Em entrevista ao Estadão, Azeredo evita nomear os tucanos que lhe faltaram com amparo, reconhece dificuldades na corrida ao Planalto para João Doria – atual presidenciável do partido que ajudou a fundar, comandou e do qual se desfiliou em 2019. Ele também diz lamentar a possibilidade de Geraldo Alckmin compor chapa com Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-governador reforça a avaliação de que sua condenação a 20 anos de prisão serviu como um “contraponto” ao “mensalão do PT” e se diz vítima de um “denuncismo” muito “danoso à vida brasileira”. Nos 18 meses em que permaneceu no 1.º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Belo Horizonte, Azeredo começou a redigir o livro autobiográfico O X no Lugar Certo, que será lançado em março.

 

Rede social de ex-assessor de Trump mira brasileiros - Rede social muito usada por bolsonaristas, a Gettr começou a investir pesado no público brasileiro. Criada por Jason Miller, ex-assessor de Donald Trump, a plataforma tem enviado e-mails em português para conquistar adeptos no país. "Enquanto o Twitter dá mais um passo para se tornar uma plataforma autoritária, o Gettr trabalha dia após dia para preservar seu direito à liberdade de expressão", diz o texto, que começa com a saudação "querido patriota". Miller disse que em breve pretende ter uma equipe baseada no Brasil, já que por enquanto o e-mail é produzido pelo time instalado nos EUA. "Ainda não contratamos funcionários permanentes no Brasil nem abrimos escritório, mas prevejo que faremos isso assim que começarmos a monetizar a plataforma no país", afirma. Segundo ele, a rede social tem registrado "crescimento considerável" por aqui, com mais de 600 mil usuários. O Gettr passou a fazer propaganda no grupo Jovem Pan, que tem linha editorial pró-Bolsonaro. Entre os que aderiram recentemente estão o influenciador Allan dos Santos e o presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo. Miller esteve no Brasil em setembro do ano passado, quando participou da Cpac, conferência conservadora promovida pelo Instituto Conservador-Liberal, presidido pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

 

PT desiste de festa - O PT desistiu de fazer uma grande celebração em praça pública por ocasião do aniversário do partido, em 10 de fevereiro. A ideia era montar um palco e encher uma praça em Belo Horizonte de apoiadores de Lula, que estaria presente. A direção do partido tomou a iniciativa após Lula elogiar evento em que discursou na Plaza de Mayo e dividiu o palco com Alberto Fernández, Cristina Kirchner e Pepe Mujica. O motivo para a desistência foi o novo pico da pandemia de Covid. No entanto, está sendo estudada uma alternativa em Minas Gerais, como uma transmissão virtual com a presença do ex-presidente. A escolha por MG não é fortuita. O prefeito de Belo Horizonte é Alexandre Kalil, do PSD, partido que o PT deseja ter ao seu lado nas eleições.

 

Moro quer integrar meio ambiente e agro - Sergio Moro (Podemos) pediu à equipe que formula seu programa de governo que trate de forma unificada as propostas para o agronegócio e o meio ambiente. O ex-juiz entende que essa é uma das maneiras de se diferenciar de Jair Bolsonaro (PL) e negar exclusividade sobre o tema para a esquerda. "O agro está sendo penalizado por causa da questão ambiental, como se os produtores fossem meros incendiadores de floresta. Temos no ambiente uma oportunidade, e não um problema", diz o ex-deputado Xico Graziano, especialista no tema e que faz parte do grupo de colaboradores criado pelo presidenciável do Podemos.

 

Caminhando apesar dos entraves - Aliados do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) avaliam que a construção da chapa conjunta está pavimentada e que a união demonstrou, nesta semana, resistir a desafios de ordem programática e partidária. Mesmo com as linhas gerais do plano econômico de Lula divulgadas na Folha em um artigo do ex-ministro Guido Mantega e a ampliação do debate no PT sobre a revogação da reforma trabalhista, interlocutores de Alckmin afirmam que diferenças pontuais nas propostas do petista e do ex-tucano não serão entraves para a aliança. A leitura de quem acompanha as conversas entre Lula e Alckmin é a de que ambos querem fazer a chapa acontecer e, para isso, estão dispostos a superar diferenças –a união pode ser anunciada em fevereiro.

 

Todos têm que aceitar resultado - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas para a disputa ao Palácio do Planalto, disse em rede social neste sábado (15) que a população rejeita autoritarismo e que todo mundo terá que respeitar os resultados das eleições de 2022. A declaração, que rememora posicionamento anterior dele, ocorre após novos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral e aos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). "Eu disse nesse começo de ano ao jornal britânico The Telegraph que a democracia brasileira sairá mais forte de 2022, e todos terão que aceitar o resultado das eleições. A maioria dos brasileiros rejeita o autoritarismo e o desastroso desgoverno atual", escreveu Lula em sua conta no Twitter. Na última quarta (12), Bolsonaro acusou Barroso e Moraes de ameaçar e cassar "liberdade democráticas" com o objetivo, segundo ele, de beneficiar a candidatura de Lula.

 

Ministro positiva para Covid 3 dias após evento com Bolsonaro - O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, escreveu em suas redes sociais neste sábado (15) que recebeu resultado positivo em exame realizado para detectar a Covid-19. O titular da pasta teve agenda com o presidente Jair Bolsonaro na quarta-feira (12), no Palácio do Planalto. A Presidência da República foi procurada, mas ainda não informou se Bolsonaro está ciente da infecção do ministro, se vai realizar exame para detectar a doença ou se sentiu sintomas recentemente. Gilson Machado escreveu em suas redes sociais que está sem sintomas e que vai seguir o protocolo de recuperação do Ministério da Saúde. "Testei positivo para Covid. Estou assintomático. Seguirei o protocolo de recuperação do Ministério da Saúde e do meu médico", escreveu o ministro, que vai cumprir o protocolo no Recife. O último contato de Gilson Machado com Bolsonaro foi na quarta-feira. A audiência entre os dois está registrada na agenda desse dia do presidente da República, das 16h às 16h30.

 

Weintraub volta ao Brasil para pré-campanha em SP - Ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub aterrissou na madrugada deste sábado em São Paulo para dar início à sua pré-campanha a governador do estado. Desde 2020, ele trabalhava como diretor executivo no Conselho do Banco Mundial nos Estados Unidos. O ex-ministro estava acompanhado do irmão, Arthur, que trabalhou como assessor na Presidência da República e também havia se mudado do país. Eles foram recepcionados com cartazes e bandeiras do Brasil por um grupo de apoiadores que se organizou por WhatsApp e Telegram nos últimos dias para recebê-los. Na área de desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos, Weintraub se recusou a responder a um jornalista se mantinha sua opinião sobre a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A pergunta se referia a uma declaração dada pelo então ministro numa reunião ministerial de abril de 2020, tornada pública por decisão da Corte. O episódio contribuiu para acelerar sua saída do cargo, dois meses depois, em meio a um acirramento da crise entre Executivo e Judiciário. Em seguida, foi indicado pelo governo federal a uma vaga no Banco Mundial. A partir de agora Weintraub deve começar a rodar o estado de São Paulo para esquentar a campanha eleitoral. A previsão é dar o pontapé inicial pelo Vale do Paraíba na segunda-feira, segundo aliados. Seus aliados já vinham preparando o terreno ao desembarcar no PTB e conseguir a garantia de uma candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. O partido está hoje nas mãos da ex-vice-presidente Graciela Nienov após a prisão de Roberto Jefferson, preso desde agosto passado por atacar ministros do STF. O projeto político de Weintraub, no entanto, pode se chocar com o de Bolsonaro, que quer lançar ao mesmo pleito seu ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Weintraub e Bolsonaro não estão publicamente rompidos, mas o entorno do ex-ministro tem críticas ao governo federal, em especial à aproximação com o Centrão.

 

Dos 23 ministros, apenas 6 não informaram ter contraído Covid-19 - A maioria dos ministros do governo de Jair Bolsonaro já teve diagnóstico positivo para a Covid-19 desde o início da pandemia. Dos 23 ministros, 17 já informaram ter contraído a doença em algum momento. O último a ter contraído o vírus foi o ministro do Turismo Gilson Machado, que anunciou em uma rede social neste sábado ter testado positivo para o novo coronavírus. Na última semana, a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) também anunciou ter contraído Covid-19 e disse estar com sintomas leves. Além de Machado e Damares, já contraíram a doença Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Marcelo Queiroga (Saúde), Tereza Cristina (Agricultura), Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União), Fábio Faria (Comunicações), Braga Netto (Defesa), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Milton Ribeiro (Educação), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia). Os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça) tiveram Covid-19 em agosto de 2020, quando ocupavam, respectivamente, os cargos de senador e secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Dentre os ministros que não foram diagnosticados ou não anunciaram publicamente estão Carlos Alberto França (Relações Exteriores), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), João Roma (Cidadania), Joaquim Álvaro Pereira Leite (Meio Ambiente), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Paulo Guedes (Economia).

 

Recurso gera medo de um impulso às notícias falsas - A possível criação de um mecanismo, dentro do WhatsApp, que derrubará os limites existentes hoje para a publicação de mensagens em grupos vem alertando especialistas, em função do potencial de alavancar a disseminação de conteúdos falsos na plataforma em pleno ano eleitoral. A funcionalidade, ainda em fase de testes internos, foi apresentada a seis representantes de setores estratégicos no Brasil em uma videoconferência, em 9 de dezembro. Um dos objetivos é tornar o aplicativo mais parecido com o Discord (usado para interação entre gamers) e o Telegram, visto com preocupação pela Justiça Eleitoral pela ausência de barreiras — não há limite para número de inscritos em canais, por exemplo. A novidade, segundo relataram os especialistas presentes no encontro, deve incluir no WhatsApp “comunidades” compostas por diversos grupos, por meio das quais administradores conseguiriam maior alcance na circulação de mensagens ao operar como um “grupo de grupos” — os estudos estão em andamento, e a empresa não detalha qual será o limite de participantes. Hoje, tanto nos grupos quanto nas listas de transmissão — as duas formas possíveis de alcançar mais de um usuário com um disparo —, a capacidade é limitada a 256 pessoas. A circulação em massa de mensagens com conteúdos falsos, especialmente em ambientes fechados, como o WhatsApp, foi apontada como um fator grave da eleição de 2018, o que levou autoridades a se mobilizarem para evitar o mesmo cenário este ano. O GLOBO conversou com três participantes do encontro, marcado por meio de uma empresa de pesquisa de mercado, e dois deles manifestaram preocupação com a hipótese da implementação de um recurso que pode turbinar a circulação de desinformação. O WhatsApp está presente em 99% dos smartphones no Brasil, segundo levantamento da Opinion Box, e figura como a principal fonte de informação dos brasileiros, de acordo com pesquisa realizada pelo Congresso em 2019. O Telegram, que estava em 53% dos aparelhos em agosto de 2021 (o índice era de 15% três anos antes), tem uma filosofia de mínima moderação e possibilidade de compartilhamento irrestrito de mensagens e, por isso, virou terreno fértil não apenas para desinformação. Como o GLOBO mostrou, a plataforma abriga grupos que negociam venda de armamentos e distribuição de pornografia infantil e vídeos de tortura e execuções. Não há representação no Brasil, o que tira a plataforma do alcance da Justiça. Para os técnicos ouvidos pelo GLOBO, a nova funcionalidade do WhatsApp vai na contramão da postura adotada pelo aplicativo nos últimos anos, quando restringiu o compartilhamento de mensagens encaminhadas mais de cinco vezes — uma resposta a eventos que provocaram danos à reputação, como os disparos em massa no Brasil e correntes falsas que desembocaram em violência na Índia.

 

PT aposta na divisão da centro-direita em SP e tenta acordo com Boulos - Convicto da viabilidade eleitoral de Fernando Haddad na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, o PT-SP tentará uma composição com Guilherme Boulos. Uma das ideias é convencer o pré-candidato do PSOL a desistir de concorrer ao governo em troca de receber o apoio de Lula e dos petistas em 2026, na eleição para a Prefeitura. Segundo apurou a Coluna, o PT nunca se sentiu tão bem posicionado na luta pela inédita vitória no Estado de São Paulo como se sente agora: a estratégia, porém, passa pela (difícil) unificação total da esquerda e pela divisão da direita, que já tem as pré-candidaturas de Rodrigo Garcia (PSDB), Arthur do Val (Patriota) e Tarcísio Gomes de Freitas (ainda sem partido). No final do ano passado, o PSOL reafirmou o compromisso com a pré-candidatura de Boulos ao Bandeirantes. Em 2020, ele foi derrotado no segundo turno da disputa pela Prefeitura da capital. Quem defende a ideia de Boulos ficar fora este ano para receber o apoio do PT em 2026 avalia que ele só tem a ganhar com a proposta.

 

De olho em uma vaga no Senado - Novos nomes começam a despontar para concorrer a uma cadeira no Congresso em 2022. O apresentador José Luiz Datena, apresentador da TV Bandeirantes, confirmou que vai concorrer a uma vaga no Senado em outubro. A afirmação foi feita durante o Brasil Urgente, programa apresentado por ele na emissora. Durante a participação do novo contratado da emissora, Fausto Silva, o Faustão, em seu programa, Datena confirmou e acrescentou: “Não posso falar mais nada, mas vou ser candidato ao Senado. Isso com certeza”. Pela quarta vez consecutiva, o apresentador afirma que será candidato, mas este será de fato seu primeiro pleito. Em resposta, Faustão expressou apoio ao colega de emissora: “Olha esse aqui. Não sei quanto tempo ele fica lá, porque ele não é de hipocrisia. Conchavo não é com ele”, disse. Datena ainda confessou que, na verdade, seria candidato a presidente — o que não se concretizará porque lhe “deram uma rasteira”. Comentou que deu entrevistas em que afirmava ser candidato à Presidência. “Depois os caras fizeram uma fusão e eu me fusão”, ironizou o apresentador.

 

Sem espaço para Alckmin ser vice de Lula pelo PSD - Com otimismo e confiança na candidatura do senador Rodrigo Pacheco ao cargo de presidente da República em 2022, Gilberto Kassab, presidente do Partido Social Democrático (PSD), falou com exclusividade ao Correio sobre o que se desenha para o plano de governo. Kassab, que é ex-prefeito de São Paulo, ex-deputado federal e ex-ministro, adiantou que educação e saúde terão prioridade na pauta do PSD. No último levantamento da Ipespe, divulgado na sexta-feira (14/1), o pré-candidato do PSD aparece com apenas 1% das intenções de voto. O cenário não preocupa Kassab: “Na minha campanha eleitoral para prefeito de São Paulo, no mês de junho eu tinha 3%, e eu ganhei as eleições do Geraldo Alckmin e da Marta Suplicy. Hoje, com os meios de comunicação ágeis, com as redes sociais, nós conseguimos mandar uma proposta a todo o Brasil em um espaço muito curto de tempo”, argumenta. Quanto à possível candidatura de Alckmin como vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kassab afirma que seria “leviandade comentar sem saber as circunstâncias”, e, por isso, prefere aguardar as cenas dos próximos capítulos. Apesar disso, garantiu que não há vaga no PSD para que Alckmin entre como candidato a vice com Lula.

 

A guerra interna do PSDB - Pelo menos três movimentos dos tucanos nesta largada de 2022 indicam dificuldades para o governador de São Paulo, João Doria, fazer valer o resultado da prévia que fez dele pré-candidato do PSDB à Presidência da República. O novo líder do PSDB, Adolfo Viana (BA), escolhido para ajudar a pacificar o partido, ainda não fez um gesto nesse sentido. Em segundo, vem o jantar organizado por Tasso Jereissati em São Paulo, onde tucanos que se opuseram ao nome de Doria avaliaram a conjuntura desta largada de 2022 e falou-se inclusive em candidatura ao governo de São Paulo para buscar uma disputa com o vice-governador Rodrigo Garcia na convenção. Por último, veio a entrevista do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, à rádio O Povo CBN, defendendo que Doria se disponha a abrir mão da disputa ao Planalto, caso a candidatura não se viabilize nos próximos meses. Para quem acompanha a política interna dos tucanos com total atenção, tudo isso significa que, até o fim de março, muita gente vai tentar balançar o galho da candidatura de João Doria para ver se ele despenca. Amigos do governador lembram que, além do “João trabalhador” e do “João vacinador”, Doria terá que adotar o “João equilibrista” para escapar das armadilhas que seus adversários do PSDB começam a colocar pelo caminho.