Lula vai deixar a Avibrás ser vendida?, por Luís Nassif

Lula vai deixar a Avibrás ser vendida?, por Luís Nassif

Lula vai deixar a Avibrás ser vendida?, por Luís Nassif

Avibras foi uma das primeiras empresas nacionais no setor aeroespacial e ficou conhecida por seus lançadores de foguetes

Luis Nassif[email protected]

 

 

Lula encantou os comandantes militares em sua primeira conversa. Em vez de cobrar, preferiu discutir sobre a indústria de defesa, a importância das pesquisas na área, do submarino nuclear, dos aviões adquiridos na licitação FX.

Enquanto encantava os militares com seu conhecimento de defesa, uma das grandes empresas nacionais da área, a Avibrás, está sendo vendida a um pequeno grupo italiano, amparado em fundos de investimento.

Há tempos a Avibras vinha passando por crise profunda, esmagada pelo governo militar de Jair Bolsonaro, o mesmo que permitiu a venda da Embraer. Com Lula, o quadro não melhorou.

A Avibrás é um fenômeno, criado pelo engenheiro João Verdi de Carvalho Leite. Era uma empresa de engenheiros.

Dia desses, em uma reforma na casa onde moro, o engenheiro responsável tinha vindo da Avibras. Começou como office boy e foi estimulado por Verdi a estudar e a se formar em engenharia. Com a crise da empresa, saiu.

A Avibras foi uma das primeiras empresas nacionais a atender o setor aeroespacial e ficou conhecida por seus lançadores múltiplos de foguetes Astros II, utilizados por diversos países. Desenvolveu o míssil MCT, uma obra prima da engenharia nacional, desenvolvida com recursos nacionais e que, agora, será utilizada para equipar seu próprio submarino.

Há uma vaga esperança que Lula acorde para o que está ocorrendo, impeça a venda e ajude na reestruturação da empresa.