Kissinger: um sicário americano reverenciado por aqueles que não deveriam - por João Vicente Goulart

Kissinger: um sicário americano reverenciado por aqueles que não deveriam - por João Vicente Goulart

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HENRY KISSINGER

Kissinger: um sicário americano reverenciado por aqueles que não deveriam - por João Vicente Goulart

Artigo defende uma postura diferente frente a Kissinger, figura crucial da diplomacia estadunidense

 

A visita de Kissinger à China, recebido como “bom amigo” por Xi Jinping, pegou de repentina surpresa toda a imprensa americana, e também da maioria dos países do ocidente. O encontro nos traz questionamentos históricos e de como, com repulsa, em um sentimento latino-americano, se pode entender este “amigo” de governos ditos progressistas da atualidade.

Rendem a ele deferências políticas, mesmo no uso diplomático, sabendo ser este ser um sicário assassino, conivente com golpes de Estado, e mais, genocida em vários países.

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Falamos em sentimento latino-americano, pois não esqueçamos da visita de nossa presidenta Dilma Rousseff, no exercício do mandato e o beija-mão ocorrido quando de sua visita oficial aos EUA, reino do imperialismo mundial.

Este é o homem que dirigiu o Comitê 40, responsável por derrubar a democracia na América Latina. Este é o homem envolvido no golpe do Chile, no golpe da Argentina, no Uruguai, no Golpe da Bolívia nos anos 70.

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Este homem é responsável pela omissão, que se tornou impunidade da Operação Condor, operada pelos serviços secretos das ditaduras Latino-americanas, que exterminou, assassinou, desapareceu, sequestrou mais de 40.000 pessoas entre argentinos, brasileiros, chilenos bolivianos, uruguaios e outros irmãos da nossa América Latina, nossa Pátria Grande.

Está requerido em vários processos de assassinatos em países que sofreram ditaduras por ele orientadas, que produziram as vítimas até hoje ocultas e sem resposta.

Documento do Ministério da Justiça, sem nunca haver tido um retorno para a investigação - Reprodução

A submissão de certos países a este homem, a quem chamam de “estadista do mundo”, é uma excrescência intolerável.

Inclusive de nosso Brasil e de nosso Ministério da Justiça, que até hoje, apesar de haver pedido a oitiva deste agente americano, em 2016, através da Secretaria de justiça deste ministério, para depor sobre a participação americana na morte do presidente João Goulart, através de seu embaixador americano Siracusa, no Uruguai, nosso país sequer teve resposta do Departamento de Estado, ficando por isso mesmo.

Para exercer soberania, deve-se enfrentar diplomaticamente o equilíbrio entre grandes e pequenos. O Brasil não é pequeno. Atitudes são necessárias.