“Vão ficar chorando até quando?”, fala de Bolsonaro diante de recorde de mortos repercute no mundo
Dos EUA ao Oriente Médio, mídia repercutiu discurso de Bolsonaro pedindo para brasileiros "pararem de choramingar" em meio a recorde de mortos
“Vão ficar chorando até quando?”, fala de Bolsonaro diante de recorde de mortos repercute no mundo
Dos EUA ao Oriente Médio, mídia repercutiu discurso de Bolsonaro pedindo para brasileiros "pararem de choramingar" em meio a recorde de mortos
Por Plinio Teodoro
“Bolsonaro diz aos brasileiros para “pararem de choramingar” enquanto as mortes aumentam”, diz a rede britânica BBC na chamada de reportagem, que destaca que “seus comentários foram feitos um dia depois que o Brasil viu um aumento recorde de mortes em um período de 24 horas.Dos Estados Unidos ao Oriente Médio, passando pela Europa, o mundo se mostrou estarrecido mais uma vez com a declaração de Jair Bolsonaro (Sem partido), que nesta quinta-feira (4), após o Brasil bater pela segunda vez o recorde de mortes pela Covid-19, mandou os brasileiros pararem de “choramingar” e que a doença seria “frescura” e “mimimi”.
O site Sky News, também do Reino Unido, foi na mesma linha e afirmou que o presidente ressaltou que “ninguém aguenta mais” a pandemia, depois que um toque de recolher foi imposto no Rio de Janeiro junto com outras restrições.
O jornal The Independent, um dos mais tradicionais da Inglaterra, afirmou ainda que as declarações de Bolsonaro foram ditas “enquanto o sistema de saúde do Brasil está à ‘beira do colapso'”.
No continente europeu, o site France 24 afirma em sua reportagem que Bolsonaro disse aos brasileiros que “parassem de “reclamar” e seguissem em frente, em suas últimas declarações atacando medidas de distanciamento e minimizando a gravidade da pandemia”.
A agência Reuters e a alemã Deutsche Welle traduziram como “choramingar” a declaração de Bolsonaro.
No Oriente Médio, a rede Al Arabiya, também traduziu como “choramingo” a declaração do presidente e destacou que “enquanto o surto nos EUA está diminuindo, o Brasil enfrenta sua pior fase da epidemia, levando seu sistema hospitalar à beira do colapso”.
A revista Business Insider classificou Bolsonaro como “presidente populista do Brasil presidindo um dos piores surtos de COVID-19 do mundo”.
Nos EUA, a rede ABS CBN também deu destaque para a declaração do presidente brasileiro, ressaltando que Bolsonaro “ataca as medidas de distanciamento e minimiza a gravidade da pandemia”.