Manchetes de domingo 17-04-2022  

Manchetes de domingo 17-04-2022  

Edição de Chico Bruno  

 

Manchetes de domingo 17-04-2022  

 

 

Valor Econômico – Não circula hoje

 

FOLHA DE S.PAULO – Discurso anticorrupção do governo definha em eleição 

 

CORREIO BRAZILIENSE – O que você vai ser quando você crescer?

 

O ESTADO DE S.PAULO – Guerra gera desabastecimento e inflação e fragiliza governos

 

O GLOBO – Inimigo inédito Jovens encaram pela 1ª vez desafio da inflação

 

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia 

 

Papo está furado - A revelação de um balcão de negócios no Ministério da Educação e de suspeitas em contratos e na distribuição das bilionárias verbas das emendas parlamentares enfraquecem cada vez mais o discurso eleitoral repetido por Jair Bolsonaro (PL) e aliados de que o governo federal está há três anos sem registrar casos de corrupção. Os recentes escândalos que derrubaram Milton Ribeiro da Educação se somam a suspeitas antigas, à aliança com o outrora execrado centrão e à metódica ação nesses três anos para barrar investigações e esvaziar órgãos de fiscalização e controle. Bolsonaro se elegeu em 2018 na esteira do estrago político provocado pela Lava Jato e conseguiu se colocar como um dos que empunhavam a bandeira anticorrupção, mesmo com fortes suspeitas de desvio de dinheiro público já atingindo ele e familiares. Nada disso impediu que Bolsonaro mantivesse a pregação anticorrupção. Um dos exemplos de ações concretas de Bolsonaro no sentido contrário ao combate à corrupção foi a indicação de Augusto Aras para a chefia do Ministério Público Federal, em setembro de 2019. Bolsonaro ignorou a lista tríplice elaborada pelos procuradores e nunca escondeu que buscava um aliado para a Procuradoria-Geral da República, que tem como uma de suas principais atribuições investigar e denunciar políticos, incluindo o presidente da República. Procurado, o Palácio do Planalto não se manifestou.

 

No futuro - Profissões do futuro e um mercado de trabalho em constante mutação ampliam dúvidas de jovens, como Débora Cristina, sobre a carreira a seguir. Pesquisa mostra que 82% deles sofrem com a indefinição. Sem saber bem o que querem, muitos experimentam diferentes cursos em busca de um rumo. Especialistas dão dicas de como evitar erros na hora de tomar essa decisão tão difícil.

 

Desabastecimento na guerra - A invasão da Ucrânia pela Rússia é bem mais que um confronto no Leste Europeu. A guerra tem provocado o desabastecimento de alimentos e matérias-primas, inflação e instabilidade política e econômica em todo o mundo. O conflito afetou um quarto do comércio mundial de trigo, um quinto do mercado de milho e 12% de todas as calorias comercializadas globalmente. Também mexeu com os mercados de petróleo, gás, carvão, cobre e alumínio. Como muitos países já enfrentavam desequilibríos por causa da pandemia, o quadro da crise política e inflação se agravou.  

 

Encarando o desafio - Em março, quando o IPCA bateu 11,3% em 12 meses, o Brasil completou sete meses com o indicador acima de dois dígitos. A última vez que houve inflação tão prolongada foi há quase duas décadas. O desconforto com os preços de vários produtos e serviços do cotidiano é experimentado pela primeira vez por jovens entre 20 e 30 anos, como Maria Bezerra, de 26, e Leonardo Moura, de 25, que acabaram de ter gêmeos. O casal tem dificuldades para planejar o orçamento da família aumentada. A coincidência do surto inflacionário com o alto desemprego, ainda maior entre os jovens, obriga muitos dessa geração a adiar os primeiros passos de uma vida independente.  

 

Projeção indica que Lula lidera em 15 Estados e Bolsonaro em 8 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de votos para o Palácio do Planalto, se enfrentam como “padrinhos” em disputas diretas de pré-candidatos ao governo de 14 Estados, número que deve aumentar nas próximas semanas com a oficialização de novos apoios. Juntos, esses palanques estaduais representam 72,4% do eleitorado brasileiro. Em oito deles, lulistas ou bolsonaristas disputam uma das três primeiras colocações nas pesquisas. São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia – primeiro, terceiro e quarto maiores colégios eleitorais do País, respectivamente – já anteciparam o confronto e consolidaram pré-candidaturas dos dois lados. Os eleitores de Tocantins, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Piauí, Sergipe e Espírito Santo devem encontrar um cenário parecido nas urnas, com candidatos do PT e do PL se apresentando na disputa. A dobradinha entre os presidenciáveis e os postulantes aos governos estaduais também é dada como certa no Paraná, em Pernambuco, na Paraíba, no Maranhão e em Minas Gerais. Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, o desempenho dos presidenciáveis nas pesquisas não se transfere automaticamente para as disputas locais. Porém, o voto para presidente costuma ter impacto nas escolhas regionais do eleitor e pode empurrar disputas dadas como certas para o segundo turno. “É o candidato a governador que precisa do apoio do presidente e não o contrário, ainda que exista o outro lado”, disse a cientista política Graziella Testa, professora da FGV. Em 2018, por exemplo, o apoio de Bolsonaro, no primeiro ou no segundo turno, ajudou a eleger 16 dos 27 governadores.

 

Petroleiras médias têm lucro recorde e investem em expansão - Enquanto a Petrobras sofre com a pressão política em razão da alta do preço da gasolina, que já custou o cargo de dois presidentes da estatal, outras petroleiras que atuam no Brasil só têm a celebrar a cotação do petróleo acima dos US$ 100 por barril. Empresas como PetroRio, 3R Petroleum, Enauta e PetroReconcavo estão batendo recordes de lucro e programando investimentos bilionários e aquisições. O mercado de petroleiras médias no Brasil se desenvolveu exatamente após a decisão da Petrobras, na década passada, de se desfazer de campos de extração mais maduros para focar a exploração do pré-sal, o que é mais rentável para a companhia. Com isso, as petroleiras médias passaram a disputar os ativos da estatal. Essa missão ficou mais fácil nos últimos anos. Após o preço do petróleo ter chegado a níveis negativos em 2020, no início da pandemia de covid-19, o barril da commodity já é negociado há mais de um ano a valores superiores ao patamar prépandemia. E a guerra entre Rússia e Ucrânia veio para consolidar o movimento de elevação da commodity. O atual nível de preços – o maior em sete anos – faz essas petroleiras de menor porte registrarem valorizações de suas ações na Bolsa bem acima do índice Ibovespa e dos registrados pela própria Petrobras. “Estamos em um cenário animador e de grandes perspectivas com a demanda crescente para as companhias. O mercado está atribuindo um risco menor a essas empresas em relação aos papéis da Petrobras”, afirma Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos. A maior dessas companhias é a PetroRio, que vem sendo apontada por analistas como a empresa mais eficiente do setor na América Latina. 

 

General Newton Cruz morre aos 97 anos - Ogeneral de divisão reformado do Exército Newton Cruz morreu anteontem aos 97 anos no Hospital Central do Exército, no Rio. O militar foi chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI) durante a ditadura militar, entre 1977 e 1983, e um dos acusados pelo atentado do Riocentro, em 1981. Ele deixa quatro filhos. Newton Cruz nasceu em 24 de outubro de 1924, no Rio. Entrou no Exército em 1941, sendo promovido a general-de-brigada em abril de 1976. Naquele ano, foi nomeado comandante da Artilharia Divisionária, em Pouso Alegre (MG) e, um ano depois, deixou o regimento para assumir o cargo de chefe da Agência Central do SNI. Considerado um dos principais defensores da ditadura, o general ficou conhecido não apenas por não ter impedido o atentando no Riocentro – o mais emblemático de uma série de explosões provocadas por agentes da repressão, insatisfeitos com o processo de abertura política –, mas por falas polêmicas e jeito agressivo. Em 1983, ao conceder uma entrevista coletiva, pegou um jornalista pelo pescoço depois de mandá-lo calar a boca e o arrastar pelo braço. No mesmo ano, teve o nome envolvido no assassinato do jornalista Alexandre von Baumgarten, ex-diretor da extinta revista O Cruzeiro. Antes de deixar o SNI, teria sido um dos responsáveis pela destruição de milhares de documentos do regime. Em 1994, filiou-se ao PSD e concorreu ao governo do Rio – ficou em 3º lugar.

 

Empresas voltam a ocupar e até aumentam espaços de escritórios - Com a redução de casos de covid-19 na esteira do avanço da vacinação, os escritórios de São Paulo estão voltando, aos poucos, a serem ocupados. Há empresas que já viraram a chave e começaram a expandir seus espaços após dois anos repletos de dúvidas sobre a volta ao trabalho presencial. E, pela primeira vez desde que a pandemia foi decretada, em março de 2020, os números de ocupação de lajes corporativas na capital paulista começam a apresentar uma recuperação – ainda que tênue. No primeiro trimestre deste ano, segundo a consultoria Buildings, houve uma melhora na taxa de vacância, que mostra a quantidade de edifícios corporativos desocupados. Em relação ao fim do ano passado, esse índice recuou de 21,3% para 21%. Parece pouco, mas é um alento que o setor está celebrando. Essa visão positiva tem razão de ser: o total de espaços vagos caiu a despeito da entrega de novos prédios comerciais, o que pode apontar para novas recuperações ao longo de 2022.

 

Atraso na liberação de verba extra para o Plano Safra irrita agronegócio - Afalta de articulação do governo no Congresso tem atrasado a liberação de recursos complementares do Plano Safra e irritado o agronegócio, setor apoiador de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro. A aprovação de um crédito extra de R$ 868 milhões para reduzir a taxa de juros dos agricultores depende da garantia de que haverá dinheiro em caixa. Mas como ele ainda não está disponível, as contratações de crédito rural subvencionado pelo Tesouro estão suspensas desde 7 de fevereiro. O prazo de suspensão ia até sexta, mas foi prorrogado, porque o projeto de lei que libera verba extra ainda não foi votado. Ruralistas prometem intensificar a pressão sobre senadores nesta semana. Os recursos adicionais para o Plano Safra são necessários para compensar o aumento da taxa básica de juros no último ano, que saiu de 2,75% para 11,75% ao ano. Isso faz aumentar os gastos do governo para subsidiar juros mais baixos aos agricultores.

 

Bolsonaro diz que vai questionar WhatsApp - O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado, 16, que vai exigir explicações do WhatsApp a respeito do acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que evita a instalação de novas funcionalidades na plataforma antes das eleições de outubro. “Vou buscar o CEO do WhatsApp essa semana e quero ver que acordo é esse”, afirmou, em entrevista à CNN. Uma das principais novidades da plataforma para os próximos meses é o recurso de “Comunidades”, que vai permitir a criação de grupos com milhares de pessoas dentro do aplicativo. No entanto, no acordo firmado com a Corte eleitoral, o WhatsApp se comprometeu a aguardar o fim do segundo turno das eleições para lançar o novo recurso, com o objetivo de conter a disseminação de notícias falsas. O aplicativo de mensagens foi considerado um dos principais vetores de desinformação na eleição de 2018 e vem tomando medidas para reduzir o impacto. Bolsonaro afirmou que já conversou com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que deve entrar em contato com o representante do WhatsApp no Brasil para questionar a decisão. “Se ele (WhatsApp) pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, disse.

 

Após vaias, Paulinho rediscute aliança com o PT - O presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, disse neste sábado, 16, que não há qualquer possibilidade de ele e seu partido apoiarem a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Zero”, afirmou o deputado federal, que deve se reunir com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na próxima semana para rediscutir os termos da aliança em torno do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encontro é exigência de Paulinho, que quer saber qual papel caberá ao Solidariedade na futura aliança depois que ele foi vaiado em ato que reuniu militantes e sindicalistas com Lula na quinta, 13, em São Paulo. “Diante do ocorrido, queremos saber o que pensa o PT. O Solidariedade não quer ser o patinho feio dessa aliança, queremos discutir uma aliança ampla entre aqueles que estão descontentes com o governo Bolsonaro e não apenas entre partidos de esquerda, mas de centro. Ou seja, uma aliança muito maior do que pensa talvez uma parte do PT.” Depois da vaia, o Solidariedade cancelou a reunião da Executiva do partido, inicialmente marcada para o dia 3 de maio. A data seria usada justamente para oficializar o apoio a Lula, antes do lançamento oficial da pré-candidatura petista, planejada para ocorrer no dia 7 de maio. “Foi só isso que mudou. O Solidariedade quer a aliança, mas não só com os partidos centro.” A decisão de Paulinho de adiar o anúncio do apoio a Lula levou o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), a tentar atrair o Solidariedade. Em áudio revelado pelo O Antagonista neste sábado, o aliado de Bolsonaro afirma a Paulinho que ele será muito melhor tratado pelos apoiadores da reeleição.

 

Mulheres buscam em quem votar - A senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB à Presidência da República, não se impressionou com o encontro entre um grupo de correligionários e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada. Primeiramente, porque os senadores que estiveram com o petista jamais esconderam que o apoiarão ainda no primeiro turno por questões regionais. Em segundo lugar, porque ela assegura ter apoio majoritário do partido para a disputa ao Palácio do Planalto. Simone acha que assim que o chamado “centro-democrático” tiver um nome — que pode ser o dela —, a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro sofrerá um abalo. Além disso, lembra que a rejeição aos dois nomes mais bem colocados nas pesquisas de opinião vem das mulheres, algo que a senadora considera que a favorece. Ela assegura, ainda, que não tem qualquer entendimento com o ex-governador gaúcho Eduardo Leite para que seja seu vice na chapa — salienta que o candidato tucano é o também ex-governador João Doria. 

 

Ninguém tasca - No papel de pré-candidato oficial do PSDB à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo, João Doria, ocupará o horário gratuito do partido que vai ao ar na tevê a partir de 26 de abril. Só tem um probleminha: com o presidente do partido, Bruno Araújo, afastado da coordenação da pré-campanha, aliados de Eduardo Leite dentro do PSDB já estão em campo para aproveitar a situação e tentar dar fôlego ao nome do ex-governador gaúcho. A ordem é espalhar a ideia de que haverá uma chapa única dos partidos de centro em 18 de maio. E não será Doria o escolhido. Da parte dos aliados de Doria, a avaliação é a de que a pré-candidatura de Leite não existe, porque foi derrotada na prévia, realizada democraticamente pelo partido. Essa situação, segundo a turma do ex-governador paulista, só muda se ele abrir mão de concorrer ao Planalto. Ou seja, os tucanos viverão 30 dias de muito empurra-empurra.

 

“Lugar de militares é no quartel, não no governo” - A atual militarização do governo, com excesso de fardados ocupando cargos estratégicos, é um atraso para o país e ajuda a minar a credibilidade das Forças Armadas. É o que diz a economista Zeina Latif, que vê a volta dos militares ao poder como reflexo, em grande parte, da falta de organização das elites, que deixam um vácuo para as interferências históricas das Forças Armadas. “Ao fazerem isso, enfraqueceram a nossa democracia. E as escolhas feitas vão cobrando seu custo”, afirma a especialista. Para ela, “os militares têm que voltar para os quartéis”. “O regime militar, em boa medida, foi responsável pela década perdida de 1980. Não que não tenhamos cometido os nossos próprios erros”, enfatiza. Doutora em economia pela Universidade de São Paulo (USP), com passagens por algumas das maiores instituições financeiras do país, Zeina ressalta que o país tem vários nós a desatar, sendo o principal deles, o da educação pública. No entender dela, da forma como está estruturado hoje, o sistema educacional agrava as desigualdades sociais. Ela ainda chama a atenção para a visão corporativista dos professores, que estão mais interessados em obter vantagens pessoais do que preocupados com a melhoria do ensino. Esse “pecado original”, acredita, trava o crescimento econômico e compromete o futuro. “O Brasil não investe pouco em educação, o problema é que continua aplicando mal os recursos”, diz. Apesar dos percalços, Zeina demonstra um certo otimismo com o país, mas ressalva que é preciso olhar para os erros do passado para não cometê-los novamente nas eleições de 2022. “Essa questão da educação básica gratuita é um consenso na literatura econômica, pela importância na formação do capital humano, no exercício da cidadania e da construção democrática de um país”, frisa. “Houve avanços ao longo do tempo e a redemocratização foi um passo muito importante para a universalização, mas o fato é que pecamos muito na qualidade da nossa educação”, acrescenta. Zeina está lançando o livro Nós do Brasil, nossa herança e nossas escolhas, no qual ressalta a fragilidade da democracia brasileira, que “nasceu como nação outro dia” e teve períodos prolongados de ditaduras, cujos custos estão sendo pagos até hoje. Ela detalha ainda a falta de uma identidade nacional e de capital cívico, que limita o desenvolvimento da sociedade, já que não exerce seus direitos e deveres, exigindo serviços públicos melhores. Na opinião da economista, muitos cidadãos não gostam de cumprir regras mínimas de civilidade, retrato de uma sociedade violenta e desigual. 

 

Bolsonaro acumula casos sob suspeita de corrupção - Jair Bolsonaro (PL), familiares e o seu governo acumulam uma série de casos de suspeita de corrupção, além de colecionarem ações no sentido de barrar investigações e esvaziar instituições de fiscalização e controle. Veja abaixo uma lista de episódios envolvendo o presidente da República e pessoas próximas a ele: Funcionários fantasmas e rachadinhas nos gabinetes da família; O caso Queiroz e o cheque na conta da primeira-dama; A multiplicação do patrimônio na política; As candidaturas laranja; Chefe da Secom recebia dinheiro de emissoras e agências contratadas pelo governo; Obras suspeitas e sem licitação no Ministério da Saúde, no Rio; Ministério do Meio Ambiente e madeireiras suspeitas; Importação da vacina Covaxin para a Covid-19; Compra de outras vacinas contra a Covid-19; Suspeitas contra os líderes do governo na Câmara e no Senado; Emendas sem transparência; A aliança com o centrão e a blindagem a processos de impeachment; Dinheiro na cueca e maços de dinheiro supostamente desviados da saúde; O balcão de negócios do MEC; O kit de robótica com ágio de 420%; Empreiteira campeã de recursos na Codevasf ganhou licitações usando empresa de fachada; Compra de ônibus escolares sob suspeita de superfaturamento; Jair Renan e a suspeita de tráfico de influência; Ciro Nogueira indiciado por corrupção;  Contratos com ONGs de prateleira.

 

'Chamar de secreto é insensatez. R$ 16 bi é insuficiente' - Com boas relações com a oposição, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), liderou durante anos o PP na Casa Legislativa. Hoje, o partido é dono do posto mais importante da Esplanada, a Casa Civil, e dá as cartas em órgãos com caixa bilionário como o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), sobre o qual pairam suspeitas de irregularidades — que Lira prefere chamar de possível “erro administrativo”. Em entrevista exclusiva ao Globo, Lira critica a Petrobras, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que incitou o seu séquito a procurar a casa de parlamentares para fazer cobranças, e as big techs por terem feito um “jogo sujo” no lobby para a rejeição da urgência do projeto das Fake News. Influente no governo Bolsonaro e sobre a destinação das emendas de relator, verba utilizada sem transparência pelo Palácio do Planalto para arrebanhar apoio no Congresso, Lira nega a existência do orçamento secreto e diz que R$ 16,5 bilhões reservados nas contas públicas para esse tipo de despesa são insuficientes para atender às demandas de investimentos do Brasil.