Em discurso para 100 mil mulheres, Lula diz que o fascismo não se criará no Brasil
Em discurso para 100 mil mulheres, Lula diz que o fascismo não se criará no Brasil
Por Hora do Povo Publicado em 16 de agosto de 2023
Lula fala no encerramento da Marcha das Margaridas em Brasília (Fotomontagem HP)
O presidente agradeceu às mulheres pela ajuda na luta contra o obscurantismo e o retrocesso e disse que eles “podem matar uma margarida ou duas, mas eles não podem impedir a chegada da primavera”
O presidente Lula discursou para mais de 100 mil mulheres no encerramento da Marcha das Margaridas, realizada nesta quarta-feira (16) em Brasília, e anunciou medidas de apoio à economia rural, especialmente dirigidas às mulheres. Lula agradeceu às mulheres pela ajuda na luta contra o fascismo e disse que “podem matar uma margarida ou duas, mas eles não podem impedir a chegada da primavera”.
“O Brasil voltou. Voltou para dar atenção à mulher do campo e cuidar das brasileiras e dos brasileiros que mais precisam. O Brasil voltou com ajuda das mãos de cada uma de vocês!”, disse Lula. “A economia vai continuar crescendo e nós vamos dividir o resultado desse crescimento. Só faz sentido um país crescer se a riqueza desse crescimento for distribuída, chegar às mãos de vocês, fizer a roda da economia girar e melhorar a vida das pessoas”, afirmou o mandatário.
Lula anunciou medidas de apoio às mulheres do campo e para avançar na reforma agrária. “Minha felicidade é ainda maior por poder assinar na frente de todas vocês esses atos que convergem para a autonomia econômica e inclusão produtiva das mulheres rurais. A retomada da reforma agrária, com atenção especial a famílias chefiadas por mulheres”, anunciou.
Ele destacou “os quintais produtivos para segurança alimentar e nutricional. O estímulo maior à Agroecologia, para produção de comida de verdade, saudável, sem agressão ao meio ambiente. O acesso à terra, à titulação, ao crédito, aos equipamentos e a todo apoio necessário para plantar e produzir cada vez mais”.
“Que bom estar de mãos dadas com tantas margaridas na reconstrução do Brasil. O Brasil voltou para retomar a rota de crescimento, gerar emprego, mudar a vida dos mais pobres”, disse o presidente da República. Ele também condenou a discriminação salaria das mulheres. “Não é possível achar normal que, exercendo a mesma função, uma mulher ganhe menos do que um homem. A mulher não é e não pode ser tratada como cidadã de segunda categoria”, afirmou.