Decisão do Iraque isola ainda mais os EUA no Oriente Médio
Sociólogo, Professor (aposentado), Escritor e Analista Internacional. Foi professor de Sociologia e Métodos e Técnicas de Pesquisa da UNIMEP e presidente da Federação Nacional dos Sociólogos – Brasil
Lejeune Mirhan
Sobre a resolução aprovada neste domingo (5) no Parlamento iraquiano, que obriga os Estados Unidos a retirarem suas tropas do Iraque, o professor e escritor Lejeune Mirhan vê como "uma derrota fragorosa dos EUA que já estavam cada dia mais isolados na região, pois perderam a guerra na Síria"
Notícias em primeira mão e muito importante: há menos de dez minutos, segundo a rede de TV e jornais Al Manar, do Líbano, o parlamento Iraquiano acaba de aprovar, por recomendação do ministro da defesa e do próprio primeiro Ministro do Iraque, o fim - encerramento - do acordo de segurança mútua existente desde 2012, quando da retirada da maior parte das tropas de ocupação que estavam estacionadas no país desde a invasão de 2003. No entanto, muitas tropas e várias bases ainda permaneceram. Esse acordo, permitia a presença, com limitações de movimentação e a garantia de julgamento pelas cortes iraquianas de eventuais crimes cometidos por soldados estadunidenses.
O Parlamento iraquiano, com apoio de todos os partidos e forças políticas do país com representação naquela casa (não tenho ainda o resultado da votação final), decidiu então encerrar esse acordo. Dito de outra forma, todas as tropas estadunidenses e bases militares dos EUA precisam ser imediatamente desmanteladas, desmontadas e as tropas voltarem ao seu país de origem. Os detalhes sobre prazos e condições vamos ficar sabendo logo.
Ainda dito de outra forma: o não cumprimento da decisão soberana do Iraque implicará no fato que as tropas estrangeiras lá estacionadas de qualquer nacionalidade serão imediatamente consideradas tropas de ocupação.
Essa é uma, das primeiras, consequências - talvez das mais importantes, por certo - mas virão muitas outras ainda. Uma derrota fragorosa dos Estados Unidos que já estavam cada dia mais isolados na região, pois perderam a guerra na Síria, o governo libanês não lhes dá mais ouvidos e o Iraque agora eles não têm mais interlocução alguma. Também pudera, o ataque terrorista por drone efetivada n noite do dia 2 de janeiro, quinta-feira passada, por decisão do maior terrorista de terra, Donald Trump, chefe de todos os terroristas, violou completamente o espaço aéreo iraquiano.
Uma vitória dos povos, dos muçulmanos, dos que foram martirizados. Os vermes pagarão caro pela ato bárbaro cometido contra homens que lutavam contra o terrorismo.
General Suleimani, sua memória está presente e será vingada!