Como a inflação dos alimentos se volta contra Lula 

Como a inflação dos alimentos se volta contra Lula 

Como a inflação dos alimentos se volta contra Lula 

Isadora Rupp

 

Fala do presidente da República sugerindo boicote a produtos caros atinge discurso central de campanha. Grupo de alimento e bebidas teve alta nos preços novamente no primeiro mês de 2025 

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FOTO: Ricardo Stuckert/Presidência da República 30.01.2025Luiz Inácio Lula da Silva em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Ele usa terno em gravata e fala em um púlpito cheio de microfones. Ao fundo, logo do governo federal nas cores vermelho, azul, verde, amarelo e branco

Luiz Inácio Lula da Silva em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto

A inflação de alimentos virou a dor de cabeça do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva: embora o índice oficial de inflação divulgado na terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) tenha desacelerado para 0,16% em janeiro, o grupo de alimentos e bebidas subiu 0,96% no primeiro mês do ano. Em algumas capitais, a alta chega a dois dígitos.

Foi o quinto aumento consecutivo do grupo alimentação e bebidas, segundo o IBGE. A alta em janeiro foi influenciada pelo aumento no preço da cenoura (36,16%), do tomate (20,27%) e do café moído (8,56%). 

O preço mais caro no supermercado virou o motor da desaprovação de Lula, que sugeriu na quinta-feira (6) que as pessoas boicotem produtos caros, o que deu munição para que a extrema direita use o tema a seu favor. 

Neste texto, o Nexo mostra como a promessa de alimentos mais baratos entrou no discurso de Lula antes da sua eleição, o que moveu o encarecimento da comida ao longo do seu terceiro mandato e o que o governo quer fazer para mitigar os preços.