Tensão por crise ucraniana volta a aumentar entre EUA e Rússia
Jornal revelou possíveis sanções;Moscou diz não fazer concessões
Tensão por crise ucraniana volta a aumentar entre EUA e Rússia
Jornal revelou possíveis sanções;Moscou diz não fazer concessões
A tensão entre Estados Unidos e Rússia por conta da crise ucraniana voltou a aumentar neste fim de semana às vésperas dos novos encontros entre as duas partes nesta semana.
Crise na fronteira ucraniana se arrasta há meses
Foto: EPA / Ansa - Brasil
Após ser confirmado por expoentes da União Europeia que um novo pacote de sanções está sendo criado contra os russos por conta da situação, o jornal "The New York Times" fez uma matéria neste domingo (8) informando que Washington também está trabalhando com os europeus sobre o tema.
Conforme a publicação, essas medidas "muito duras" entrariam em vigor imediatamente no caso de uma invasão russa ao território ucraniano. Entre as sanções, estariam tirar as principais instituições financeiras da Rússia de todas as transações globais - o chamado sistema Swift - e impor um embargo no uso de tecnologias norte-americanas nos setores de defesa, aeroespacial e de consumo em geral.
Segundo o "NYT", a administração de Joe Biden quer dar uma resposta rápida para não se repetir o que ocorreu em 2014, quando os russos anexaram a Crimeia e foram punidos um tempo depois.
Por outro lado, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serghei Riabkov, afirmou às agências estatais de notícias que está "decepcionado" com os "sinais" vindos dos EUA e da UE sobre a questão ucraniana.
"E nós não vamos fazer nenhuma concessão. Está fora de discussão. Estamos decepcionados com os sinais vindos nesses últimos dias de Washington, mas também de Bruxelas", acrescentou.
Os ocidentais continuam a acusar Moscou de deslocar milhares de soldados russos para as fronteiras com a Ucrânia, o que faz temer por uma invasão militar.
Já o governo de Vladimir Putin nega as informações, diz que o deslocamento de tropas é comum e faz parte da proteção da segurança do país, pois acredita que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está se espalhando pela região.
Para tentar solucionar a crise, a partir desta segunda-feira (10) serão realizadas diversas reuniões de alto nível entre EUA e Rússia, algumas com participação da Otan e da UE.
A única manifestação europeia neste domingo veio do alto representante para a Política Externa, Josep Borrell, que afirmou por meio de sua conta nas redes sociais que é necessário haver uma desaceleração da crise.
"Na última semana, eu visitei Kiev e a linha avançada na região do Donbass. Eu destaquei a necessidade de uma desaceleração e o fato de que a UE continuará a ser envolvida em qualquer discussão sobre a segurança europeia: nada que nos atinge será decidido sem nós", afirmou. .