Estela de Carlotto: "Abuelas ainda tem muito o que fazer"

Estela de Carlotto:

Uma mensagem ao governo eleito

Estela de Carlotto: "Abuelas ainda tem muito o que fazer"

"A vida continua, nada vai nos parar e vamos procurar os netos que estão desaparecidos", disse o referente de Direitos Humanos na AM750.

 
 (Fonte: Guadalupe Lombardo)
. Imagem: Guadalupe Lombardo
 

A presidente das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, confirmou que a organização pedirá uma reunião com Javier Milei, embora lamente os ataques recebidos pelo presidente eleito e sua vice, Victoria Villarruel: "A Secretaria de Direitos Humanos deve continuar", disse ela em declarações ao AM750.

Além disso, anunciou que pedirá uma reunião com o presidente eleito após ele assumir o cargo para falar sobre o trabalho realizado por organizações de direitos humanos e saber qual será seu futuro com o novo governo.

 

"Temos que esperar, (Milei) ainda não assumiu. Ele está fazendo o que acha que precisa ser feito. A partir do dia seguinte, começamos a pensar no futuro e em quais atividades vamos fazer. A vida continua. Nada vai nos parar. Vamos procurar os netos desaparecidos. As pessoas já nos conhecem, nos amam, nos recompensaram", disse.

 
 

E acrescentou: "O povo soberano votou a favor e você tem que respeitar, embora eu ache isso perigoso. Mas, enfim, aqui estamos. Organismos, sempre unidos. Abuelas ainda tem muito o que fazer."

Ainda assim, o responsável pelos direitos humanos apontou que "o bom senso vai prevalecer neste Governo", embora "se houver algo que contradiga o que fazemos, procuraremos os meios para refutar isso".

"A Secretaria de Direitos Humanos deve continuar"

Um dos pontos que Estela de Carlotto e organizações de direitos humanos vão abordar com o novo chefe de Estado é se a Secretaria de Direitos Humanos vai ou não continuar, já que, segundo ela, "é necessário".

Ele também criticou as declarações da vice-presidente eleita, Victoria Villarruel, sobre a antiga ESMA: "Ela acredita que é dona da antiga ESMA e queria transformá-la em um campo de não sei o quê. É um lugar convertido para a memória e reconhecimento dos culpados e para trabalhar com o mundo das escolas secundárias e primárias, que às vezes não dá a história como foi, e nós, respeitosamente e com os termos necessários, queremos que saibam o que aconteceu, o que não deve acontecer e que comportamento devemos ter nesta situação".

Por fim, lembrou que o ex-presidente Mauricio Macri nunca quis receber as Avós da Praça de Maio. "Pedimos uma audiência com Macri para falar sobre necessidades institucionais e eles responderam com uma carta dizendo que ele não estava disposto a nos receber e que a partir de agora deveríamos conversar com outra pessoa, como se dissesse 'não me incomode, eu não tenho tempo'."

"Temos uma forma de nunca desistir, somos muito poucos e há netos que são formados para nos representar", concluiu.

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