Bolsonaro e seu sadismo reprimido pela tortura

A declaração de Bolsonaro, mais uma vez nefasta, ao referir-se à prisão e torturas sofridas pela ex-presidente Dilma Rousseff, indubitavelmente nos mostra a falta de caráter e a grande dose de sadismo que habita nesse ...

Bolsonaro e seu sadismo reprimido pela tortura

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Bolsonaro e seu sadismo reprimido pela tortura

 Por   Publicado em 29 de dezembro de 2020

Reprodução

JOÃO VICENTE GOULART (*)

A declaração de Bolsonaro, mais uma vez nefasta, ao referir-se à prisão e torturas sofridas pela ex-presidente Dilma Rousseff, indubitavelmente nos mostra a falta de caráter e a grande dose de sadismo que habita nesse deplorável ser humano sem absolutamente nenhuma empatia pelo sofrimento, dor, tragédia, desesperança que podem atingir o ser humano ou uma coletividade inteira de duzentos e quinze milhões de brasileiros que constituem nossa Nação.

Tanto faz, a dor de um indivíduo ou de milhões.

Próprio dos nazistas que exterminaram milhões de pessoas nos campos de concentração e ainda arrancavam-lhes os dentes, quebrando seu maxilares, mortos nas câmara de gás à procura de oro, não entendendo isso como tortura, assim é este ser desuhumano.

Esse ser, impregnado com essa perversão, maldade e perseguição que carrega Bolsonaro só pode ser advindo de uma falta de hombridade de algum trauma de infância ou de um sadismo introspectivo, que defende a tortura, defende torturadores, elogia a ditadura dizendo que tinha mais é ter matado e não torturado.

Esse homem, que depois de quase duzentos mil brasileiros mortos diz, “E DAÍ”, ironiza com a morte, brinca com a vida, dança com o Crivella, se batiza no Rio Jordão com o Pastor Everaldo, presidente do PSC, preso em outubro pela PF, incendeia a Amazônia, tripudia sobre a vacina contra a Covid-19 e não providencia sequer seringas e agulhas para nossa Nação brasileira, chega perto do seu curralinho de fanáticos na saída do Palácio do Alvorada e quer uma radiografia da tortura a que Dilma Rousseff foi submetida, só tem um nome, canalha.

Não estamos aqui falando sequer de sermos politicamente contra ou a favor de Bolsonaro, estamos falando em desequilíbrio emocional que não pode estar presente em um dirigente nacional, presidente da República, que deveria ter um mínimo de compostura, pois o Brasil não é o Maracanã e a democracia muito menos um Fla-Flu.

Ficam aqui meus sinceros desagravos à Presidente Dilma Rousseff, mas com a certeza que, hoje, ser blasfemado pelo porta-voz da covardia não é nada mais além do que currículo de resistência e luta!

(*) Diretor do IPG – Instituto João Goulart