Manchetes dos jornais   de domingo - 19/01/2025  

Manchetes dos jornais   de domingo - 19/01/2025  

Resumo de domingo - 19/01/2025  

Edição de Chico Bruno  

Manchetes dos jornais   de domingo - 19/01/2025  

 

O GLOBO – Fintechs e Pix incluem 60 milhões nos serviços bancários 

 

FOLHA DE S.PAULO – Volta de Trump leva incerteza a brasileiros e imigrantes nos EUA 

 

O ESTADO DE S.PAULO – No Nordeste, grupos que controlam o jogo do bicho migram para bets 

 

CORREIO BRAZILIENSE – O drama da diarista baleada por delegado 

 

Destaques de primeiras páginas e fatos mais importantes 

 

Injeção - A crise na esteira da medida da Receita de ampliar seu poder de fiscalização sobre o Pix evidenciou a ampliação do uso de serviços bancários no Brasil, viabilizada pelo surgimento de fintechs e do sistema de transferências instantâneas criado pelo Banco Central. Nos últimos dez anos, 60 milhões de pessoas físicas empreendedores, número que concentra mais da metade de toda a força de trabalho do país, foram bancarizados pelas startups financeiras. A inclusão traz consigo o alerta de um grande contingente de pessoas à margem do radar do Fisco, já que as fintechs não estão sob as mesmas regras dos bancos tradicionais. 

 

 

Incertezas com Trump - A palavra incerteza passou a ser uma constante entre brasileiros e outros imigrantes nos Estados Unidos às vésperas da posse de Donald Trump, que ocorre nesta segunda-feira (20). O republicano foi eleito com a bandeira de fazer a maior deportação da história do país e de restringir alguns tipos de vistos a cidadãos estrangeiros. A promessa gera receio em quem está em situação irregular, mas também em quem está com os papéis em dia. Pesquisa da Pew Research Center divulgada em julho passado aponta que, em 2022, eram cerca de 11 milhões os imigrantes em situação irregular no país. Desse total, 230 mil saíram do Brasil. A grande maioria dos imigrantes não legalizados é proveniente do México: 4 milhões. Chefes da diplomacia de dez países da América Latina e Caribe, entre eles o Brasil, expressaram "grave preocupação" sobre a deportação maciça de imigrantes, medida que consideram incompatível com os direitos humanos, em uma declaração conjunta publicada nesta sexta (17). Na capital americana, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra Trump. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste sábado (18) esperar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ajude com sua inelegibilidade no Brasil. Ele, contudo, não detalhou como isso poderia ser feito. Bolsonaro falou com jornalistas no aeroporto de Brasília, após deixar Michelle Bolsonaro. A ex-primeira-dama embarcou para a posse do presidente americano, que ocorre na segunda-feira (20). 

 

Migração - Apesar da ação policial que mirou personalidades como a influenciadora Deolane Bezerra e o cantor Gusttavo Lima, o jogo do bicho segue integrado no dia a dia de Recife e migra de forma legal ou não, para o negócio das bets. Em Pernambuco, são seis os principais grupos do jogo do bicho: Caminho da Sorte, Aliança, Aky Loterias, Monte Carlos, Sonho Real e A Paraibana. Em geral são controladas por grupos familiares. Os negócios funcionam há décadas e têm braços no Maranhão, Alagoas e Paraíba. Pelo menos dois dos seis grupos do jogo do bicho estão em processo de transição para as apostas esportivas online, segundo a Polícia. A Monte Carlos ganhou autorização do Ministério da Fazenda. Já a Sonho Real aparece em um relatório de inteligência “por fazer recentemente apostas nos jogos de futebol, o que não fazia antes”. 

 

Drama - Oscelina Moura, atingida pelo delegado Mikhail Rocha Menezes, segue na UTI do Hospital de Base (HBDF) em estado crítico e precisa de uma nova cirurgia para a reconstrução do estômago. Lika, como é chamada pelos amigos, recebeu ontem a visita do marido, Davi, e dos três filhos. Os pais da doméstica devem chegar hoje da Bahia. A moradora do Jardim ABC, na Cidade Ocidental, levou um tiro nas costas, na última quinta-feira, disparado pelo homem para quem trabalhava havia quatro anos. O atirador acertou ainda a esposa, Andréa, e a enfermeira Priscila Pessoa, que também estão hospitalizadas. Inter nado na ala psiquiátrica do HBDF, Mikhail teria se recusado a tomar os medicamentos. 

 

Imprensa repercute retenção de passaporte - A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de negar a devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi repercutida pelos principais jornais internacionais nos últimos dias. O jornal americano The New York Times repercutiu a proibição com uma análise das semelhanças entre Bolsonaro e Trump, e por qual razão os dois políticos traçaram caminhos diferentes desde o momento em que deixaram o poder. O jornal The Wall Street Journal, dos Estados Unidos, mostrou que Bolsonaro não irá à posse de Trump mesmo sendo um dos “mais próximos aliados” do presidente eleito na América Latina e com um convite para o evento. O jornal americano The Washington Post destacou os argumentos da decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, como o de que Bolsonaro não detém posição que lhe confira a representação oficial do Brasil na posse de uma autoridade estrangeira. O britânico The Guardian afirmou que, após a negativa da Suprema Corte brasileira, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) representará o pai na posse de Trump. O jornal afirmou que o deputado federal é um potencial candidato para a eleição presidencial de 2026.O El País, da Espanha, relembrou que o bolsonarismo celebrou “com euforia” a vitória de Trump em novembro de 2024. A proibição da viagem de Bolsonaro também foi repercutida pela Al Jazeera, do Qatar, e pelo francês Le Figaro. Enquanto o principal jornal do Oriente Médio destacou que o ex-presidente brasileiro se sente vítima de “lawfare”, termo em inglês para “perseguição judicial”, o jornal francês citou que, além da investigação por golpe de Estado que retirou seu passaporte, Bolsonaro foi condenado em uma ação eleitoral que o torna inapto a concorrer a cargos eletivos até 2030. 

 

O papel de Michelle no jogo eleitoral - O destaque à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como representante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na posse do republicano Donald Trump, nesta segunda feira, em Washington, é visto por aliados do ex-presidente como uma mensagem clara de consolidação de um protagonismo político dela para compor o portfólio eleitoral de 2026. Inicialmente, o plano era uma candidatura ao Senado pelo Distrito Federal. Mas, nada impede que ocupe uma vaga de vice numa chapa presidencial para fortalecer a posição do marido, caso Bolsonaro continue inelegível. Há, inclusive, uma avaliação interna de que os filhos de Bolsonaro, volta e meia, se envolvem em polêmicas que afastam grupos de eleitores mais ao centro, em especial, as mulheres. Não é o caso de Michelle. O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, tem dito a amigos que Michelle tem traquejo e carisma para a política. Bolsonaro, porém, vai se manter no papel de pré-candidato enquanto puder, a fim de ter o poder de definir o nome do PL para o Planalto no ano que vem. 

 

Amigos, amigos... - ...negócios à parte. Por mais que Jair Bolsonaro se apresente como um “best friend forever” de Donald Trump e aposte nessa relação para ganhar mais respaldo em busca de elegibilidade, o Brasil não está nas principais preocupações de Trump. A economia dos Estados Unidos, a guerra em Gaza, a relação com a China e o conflito Rússia-Ucrânia já são problemas suficientes para este início do segundo governo do empresário. 

 

562 presos por crimes ambientais - Um total de 562 pessoas foram presas em ope rações contra crimes ambientais coordena das pelo Ministério da Justiça em 2024. Os dados se referem à Operação Protetor de Biomas, que foi realizada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública em 11 estados de janeiro a outubro do ano passado. Além das detenções, equipes federais atuaram em 7,4 mil focos de incêndio. Os números fazem parte de um levantamento sobre as ações da pasta coordenada pelo ministro Ricardo Lewandowski e foram obtidos pelo Correio junto ao órgão. 

 

Lula chega à metade do mandato com 28% das promessas concluídas e 17% paralisadas - O presidente Lula (PT) chegou à metade do mandato concluindo 28% das 103 promessas feitas na campanha eleitoral de 2022 e catalogadas pela Folha. Em 2023, este número era de 20%. Além disso, são 29% as que estão em andamento, 25% as que já foram iniciadas, mas andam em ritmo lento, e 17% paradas (a soma dos percentuais chega a 99% devido ao arredondamento dos índices). Com este total, o mandatário conseguiu cumprir um compromisso a cada 26 dias de mandato, ritmo mais lento do que a média hipoteticamente ideal, de 14 dias, para completar todos os itens em quatro anos de administração. Em 2023, a velocidade foi de uma a cada 19 dias. 

 

No coração da classe média - Preocupado com os reflexos negativos na própria popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou de ministros a definição de estratégias para reduzir danos diante das crises provocadas pelas mudanças no Pix e a inflação dos alimentos. Os efeitos atingem justamente setores que o Palácio do Planalto vê como essenciais na tentativa de reeleição em 2026, como os trabalhadores informais e parcelas da classe média. A criação às pressas de uma campanha publicitária e a ampliação na oferta de crédito para produtores rurais, com o objetivo de estimular a oferta, são algumas das medidas já em desenvolvimento ou em estudo no governo.  

 

Bolsonaro chora e se diz ‘abalado’ por não ir aos EUA - Impedido de sair do país, o ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhou a mulher, Michelle Bolsonaro, até o aeroporto de Brasília, onde ela embarcou para participar da cerimônia de posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, na segunda-feira. Bolsonaro chorou ao falar da impossibilidade de participar do evento, afirmou estar "abalado" e disse ser "perseguido". — Obviamente seria muito bom a minha ida lá. O presidente Trump gostaria muito, tanto é que ele me convidou. Estou chateado, abalado ainda, mas eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa. 

 

Tribunais usam ‘dezembrada’ para pagar penduricalhos - No último mês de 2024, tribunais estaduais e ramos do Ministério Público tiraram proveito das sobras em caixa para aprovar benefícios extras para magistrados que elevam os salários em até R$ 463 mil líquidos, ou R$ 524 mil brutos. No total, só nos Tribunais de Justiça, em dezembro, foram pagos valores que somam pelo menos R$ 1,5 bilhão, conforme dados divulgados no Painel de Remuneração dos Magistrados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os valores excluem as estimativas com o pagamento de 13º salário. A prática de conceder benefícios, vantagens e penduricalhos no final do ano tem se repetido. Em alguns casos, as medidas autorizadas nesses meses têm validade durante o ano todo. Esses gastos são conhecidos como “dezembrada”, como explica a diretora-executiva da Transparência Brasil, Juliana Sakai. 

 

Decisão da Meta expõe viés de Zuckerberg - A decisão anunciada pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg, de encerrar o programa de combate à desinformação em suas plataformas nos Estados Unidos deu força a uma concepção equivocada sobre o trabalho de verificação jornalística. A atividade não é censura. Não é um cabo de guerra entre opiniões discordantes. Verificação é simplesmente o clássico trabalho jornalístico de sobrepor narrativas sem lastro com fatos apurados com rigor e profissionalismo – e de fazê-lo com respeito às diferenças, sem ofensas pessoais ou a grupos. Zuckerberg disse que baseou sua decisão na necessidade de “restaurar a liberdade de expressão”, livrando assim os conteúdos publicados do “viés político” dos checadores. O executivo ignorou, porém, que grande parte das verificações ajudaram os usuários das redes sociais a se proteger de notícias falsas com impacto ruinoso sobre suas finanças e de conselhos desastrosos para a saúde. No Facebook, no Instagram e no Threads, profissionais de checagem em 115 países evitaram golpes financeiros e combateram desinformações que levantaram dúvidas sobre a eficácia de vacinas e de outros tratamentos para enfermidades graves.