‘Crise militar’ é destaque na imprensa mundial

A CNN dos EUA, por exemplo, deu destaque à demissão do ministro e dos três comandantes das Forças Armadas na chamada "reforma ministerial" no Brasil.

‘Crise militar’ é destaque na imprensa mundial

‘Crise militar’ é destaque na imprensa mundial

Por Altamiro Borges

A queda do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica repercutiu com força na imprensa internacional. Vários veículos falam em "crise militar" e preveem novos embaraços para o presidente Jair Bolsonaro, que já afunda devido à tragédia da Covid-19 e ao caos na economia.

A CNN dos EUA, por exemplo, deu destaque à demissão do ministro e dos três comandantes das Forças Armadas na chamada "reforma ministerial" no Brasil. "A relação ficou tensa nas últimas semanas e em sua carta de demissão, Azevedo e Silva disse claramente que preservou as Forças Armadas como instituições de Estado".

"A súbita e dramática fissura"

 

Já o jornal britânico The Guardian realçou o rápido agravamento da crise política no Brasil com a "súbita e dramática fissura entre o presidente de extrema direita e os militares que ajudaram a levá-lo ao poder em 2018". Para o diário, a divergência entre o capitão e os generais ainda precisa ser melhor explicada.

O jornal conservador Le Figaro, da França, deu como manchete que "Bolsonaro tenta reprimir as Forças Armadas" e argumentou que a atitude do presidente brasileiro é o início de uma crise inédita com a instituição – que é marcada na história pelas práticas durante a ditadura militar no país.

Outros veículos da Europa, EUA e América Latina também deram destaque para a chamada "reforma ministerial" e a "crise militar" no país. O Brasil deixou as reportagens preocupantes sobre o epicentro mundial da pandemia da Covid-19 para ingressar nas especulações sobre o fim do reinado do fascista Jair Bolsonaro.