Há 57 anos Jango fazia seu discurso, na Central do Brasil, em defesa do povo brasileiro

Denize Goulart, filha do ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe de estado que instaurou a ditadura militar no país, lembrou que neste sábado, há 57 anos, ele estava fazendo seu discurso na Central do Brasil, para 200 mil pessoas.

Há 57 anos Jango fazia seu discurso, na Central do Brasil, em defesa do povo brasileiro

Há 57 anos Jango fazia seu discurso, na Central do Brasil, em defesa do povo brasileiro

Denize Goulart, filha do ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe de estado que instaurou a ditadura militar no país, lembrou que neste sábado, há 57 anos, ele estava fazendo seu discurso na Central do Brasil, para 200 mil pessoas. “Ele proclamou a necessidade de mudanças na Constituição que, até então, legalizava uma estrutura econômica ‘superada, injusta e desumana’"

 Atualizado em 13 de março de 2021, 11:23

 

(Foto: Fundação Leonel Brizola)

 247 - Denize Goulart,  filha do ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe de estado que instaurou a ditadura militar no país, lembrou que neste sábado, há 57 anos, ele estava fazendo seu discurso na Central do Brasil, para 200 mil pessoas. “Ele proclamou a necessidade de mudanças na Constituição que, até então, legalizava uma estrutura econômica  ‘superada, injusta e desumana’".

 

Veja seu relato:

No dia 13 de março de 1964, no comicio da Central do Brasil, meu pai, o Presidente João Goulart, perante 200.000 pessoas, proclamou a necessidade de mudanças na Constituição que, até então, legalizava uma estrutura econômica  "superada, injusta e desumana".

Naquele momento anunciou importantes  medidas que eram as chamadas Reformas de Base, sendo a reforma agrária o núcleo delas, pois para ele estava no latifúndio e na má distribuição da terra a principal causa da miséria do povo, o que era visto com horror pelos latifundiários e todos que a eles se associavam.

"A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia antipovo, do anti-sindicato, da anti-reforma, ou seja, aquela que melhor atende  aos interesses dos grupos a que eles servem ou representam.

 

A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobrás; é a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais, é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício"

O nosso lema, trabalhadores do Brasil, é “progresso com justiça, e desenvolvimento com igualdade”.

Trecho do discurso do presidente João Goulart no dia13 de março de 1964.