Governo Bolsonaro está destruindo a capacidade técnica do Estado brasileiro, diz historiador

,... principalmente a estrutura técnica que foi conquistada pela população ao longo da história republicana.

Governo Bolsonaro está destruindo a capacidade técnica do Estado brasileiro, diz historiador

Governo Bolsonaro está destruindo a capacidade técnica do Estado brasileiro, diz historiador

By Carta Campinas / in Economia e Política

Em entrevista exclusiva para a Rede Carta, parceria entre a Plataforma Carta Campinas e o canal Rede Popular, o historiador Marcos Napolitano afirmou que o governo atual está destruindo o Estado brasileiro, principalmente a estrutura técnica que foi conquistada pela população ao longo da história republicana.

(foto de vídeo)

“Estamos hoje diante de um fenômeno que é difícil de compreender. Temos uma extrema-direita no poder, sem dúvida (…) que, na prática as políticas do governo estão destruindo o Estado brasileiro, destruindo inclusive a capacidade técnica do Estado brasileiro (…) O Estado regula áreas importantes, que são importantes para o interesse de todos(…) O curioso desse processo, que é difícil de entender, é que certas políticas estão destruindo o Estado brasileiro. Se você vai na Educação, na Saúde, na Cultura, na área de Direitos Humanos, não dá… Nós temos uma burocracia técnica importante no Brasil, você pode criticar de diversas maneiras, mas ela é uma conquista da República brasileira. Por exemplo, nós teríamos capacidade de vacinar 3 milhões de pessoas por dia, graças ao funcionalismo público, graças a nossa expertise em política de vacinação. No entanto, uma cúpula equivocada contamina tudo, destrói tudo”, afirmou. Acompanhe esse trecho a partir dos 45 minutos

Mas durante toda a entrevista, Napolitando falou sobre negacionismo, salvacionismo, revisionismo ideológico, história republicana e os militares, ausência de uma direita republicana e outros temas. Ele também relatou como agem os negacionistas e que Olavo de Carvalho encarna bem esse papel. “Quer se passar como um interlocutor legítimo do mundo intelectual, acadêmico, da ciência, e muito do seu ressentimento vem de ele se achar uma pessoa muito brilhante que não é reconhecida”, afirmou.