Covid-19: "Já temos imunidade de rebanho", diz Ibaneis

O governador Ibaneis Rocha (MDB) defendeu, nesta sexta-feira (25/9), que haja uma redução no número de leitos disponíveis para pacientes diagnosticados com covid-19. 

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Covid-19: "Já temos imunidade de rebanho", diz Ibaneis

Segundo Secretaria de Saúde, taxa de ocupação dos 643 leitos destinados a pacientes com a doença é de 58,26%

 

Washington Luiz

Correio Braziliense

Segundo o governador Ibaneis Rocha, o DF não precisa mais de tantos leitos -

O governador Ibaneis Rocha (MDB) defendeu, nesta sexta-feira (25/9), que haja uma redução no número de leitos disponíveis para pacientes diagnosticados com covid-19. Segundo o chefe do executivo local, o Distrito Federal já tem imunidade de rebanho e os hospitais, capacidade para retornarem os atendimentos que foram suspensos por conta da pandemia. No início do mês, a Secretaria de Saúde divulgou que começaria a desmobilizar esses leitos neste sábado (26/9). O Correio procurou a pasta para confirmar se a previsão está mantida, mas ainda não obteve resposta.

“Dizem os estudiosos que, para cada caso que você tem de covid, você tem outros dez que não foram detectados. Isso nos coloca hoje em torno de mais de um milhão de pessoas que tiveram contato com a doença. Então, temos o que se chama imunidade rebanho, o que não nos deixa numa condição de relaxar nas medidas de proteção, mas que já faz com que a rede de saúde passe a sentir muito menos. Tanto nos hospitais privados quanto nos hospitais público, hoje nós já temos uma quantidade de leitos maior que está sobrando”, disse.

Dados atualizados pela Secretaria de Saúde mostram que a taxa de ocupação dos 643 leitos destinados à covid-19 na rede pública - incluindo adulto, pediátrico e neonatal - é de 58,26%. Destes, 314 estão ocupados, 225 vagos e 104 bloqueados ou aguardando liberação. Na avaliação do governador, esse cenário possibilitaria a volta de cirurgias e consultas.

“Nós temos que atender todos aqueles que ficaram prejudicados. Essa é nossa preocupação agora, por conta da mobilização que foi feita através da covid. Temos que começar nos nossos hospitais a atender pessoas que ficaram sem atendimento no período da pandemia, colocando (os pacientes com covid) para serem atendidos nos hospitais de campanha e regularizar toda fila de cirurgias que ficou parada, principalmente as cirurgias eletivas e de pequeno porte”, defendeu Ibaneis.

Nesta semana, a Secretaria de Saúde prorrogou, novamente, a suspensão das cirurgias eletivas. Os procedimentos, suspensos desde 29 de junho, só poderão ser retomados a partir de 28 de setembro.